terça-feira, maio 31, 2005

 

RELEMBRANDO ZECA AFONSO


JOSÉ Manuel Cerqueira AFONSO dos Santos, filho de Maria das Dores e José Nepomuceno Afonso, nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929. Durante a sua infância percorreu diversos lugares que passaram desde logo a constituir referências e constantes memórias - Aveiro, Angola, Moçambique, Belmonte. No início dos anos 40, e até 1953, Coimbra foi a cidade onde permaneceu, aí frequentando o liceu e a Faculdade de Letras. Integrou o Orfeão Académico e a Tuna Académica da Universidade, começando também a interpretar o Fado de Coimbra.Entre 1953 e 1955 cumpriu o serviço militar em Mafra. Após o que voltou a Coimbra iniciando então a sua actividade no ensino, leccionando em Mangualde, Aljustrel, Lagos, Faro e Alcobaça.Em 1958, no claustro do Mosteiro de Ceira perto de Coimbra, gravou o seu primeiro disco.Após uma breve permanência em Faro, partiu para Moçambique onde ficou entre 1964 e 1967, ensinando em Lourenço Marques e na Cidade da Beira.Voltou para Portugal em 1967, fixando-se em Setúbal.Foi expulso do ensino oficial por razões políticas. A partir daí a sua actividade dividiu-se entre as explicações particulares e o canto, apoiando numerosas colectividades e associações populares, a par de uma cada vez mais comprometida actividade política. Depois do 25 de Abril de 1974, José Afonso partilhou e entregou-se por inteiro à liberdade, à solidariedade, à fraternidade.Entre 1979 e 1987 viveu em Azeitão.Percorreu centenas de quilómetros cantando sempre e para sempre, porque afinal há silêncios que não existem
Posted by Hello

Comentários:
Temos em casa toda a antologia do Zeca Afonso e, os seus sons são aqui muito assíduos...

Deixo-lhe este...

Àguas
E pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão
Acordar
Àguas
Das fontes
calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Àguas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar


Àguas
Do rio correndo
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Àguas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Àguas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar


Poema de José Afonso

Um abraço ;-)
 
Daqui a mais uns dias vou transcreve-lo no blog, com a devida vénia.Quando estou em baixo só tenho três remédios que me tornam a pôr fino : sofá, Zeca Afonso no Coliseu e Fernão Capelo Gaivota.
 
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