sábado, setembro 17, 2005

 

QUEM É O MESTRE SALA ?



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LEITÃO À BAIRRADA


Este transporte condizia com a minha cidade !
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COMO NASCE UM PARADIGMA


Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de àgua fria sob os que estavam no chão.
Passado algum tempo, outro macaco tentou subir a escada, mas os restantes imediatamente se atiraram a ele, encendo-o de pancada( com receio, certamente, do jacto de àgua fria).

A partir daí nenhum outro macaco tentou subir a escada apesar da tentação das bananas.
Os cientistas, então, substituiram um dos cinco macacos que, a primeira coisa que faz, dentro da jaula, foi tentar subir a escada, dela sendo répidamente retirado, pelos outros, que lhe bateram a valer. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo, desistiu de subir a escada.
Os cientistas substituiram um dos outros macacos e a cena repetiu-se, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na sovs do novato.
Um terceiro foi trocado e tudo se repetiu.
E foi a vez do quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi também substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que queria ir às bananas.
Se fôsse possível perguntar a qualquer um por que batia em quem tentava apanhar as bananas, a resposta seria, com certeza:
-Não sei ! as coisas sempre foram assim, por aqui..."
AMIGO: Não deves perder a oportunidade de passar esta históriapara que os teus amigos, de vez em quando, se questionem porque fazem certas coisas sem pensar...!

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SANTO DO DIA



S. Roberto Belarmino
São Roberto Belarmino nasceu de uma rica e numerosa família toscana, em Montepulciano no ano de 1542. Sobrinho de um Papa (sua mãe era irmã de Marcelo II), Roberto Belarmino ingressou em 1560 na Companhia de Jesus. Estudou teologia em Pádua e Lovaina e em 1576 tornou-se o primeiro titular da cátedra de apologética isto é, de defesa da ortodoxia católica na Universidade Gregoriana, que naquela época se chamava Colégio Romano.
Foi professor de São Luiz Gonzaga. Eleito cardeal e arcebispo de Cápua em 1599. Era teólogo oficial da Igreja, com a sua doutrina e com o exemplo de sua caridade e simplicidade de vida, que o povo admirava. Foi um homem muito discutido durante a Reforma Católica. Escreveu muitas obras exegéticas, pastorais e ascéticas.
Nos três primeiros anos de vida religiosa sofreu horríveis dores de cabeça que não o impediram de estudar teologia e defender sua própria tese por três dias consecutivos, diante de um público literalmente fascinado. Os compromissos escolásticos nunca o distraíram da oração. De volta a Roma, entre outros encargos teve também o de director espiritual, e esteve ao lado de São Luís Gonzaga conduzindo-o até os últimos instantes de vida.
Sua vigorosa dialética postas a serviço da doutrina católica valeram-lhe o título de martelo dos hereges, uma obra simples, mas rica de sabedoria como o seu Catecismo mereceu-lhe o título de mestre de tantas gerações de crianças que, nesse livrinho em forma de diálogo, têm aprendido as verdades fundamentais da fé professadas no batismo. (foi traduzido em mais de cinqüenta línguas).
Dentre várias obras teológicas, escreveu A arte de bem morrer, isto é, o modo de despedir-se da vida com serenidade e desapego.
Morreu a 17 de Setembro do ano 1621 em Roma.
Em 1930 teve a tríplice glorificação: bem-aventurado, santo e doutor da Igreja.
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ANÚNCIOS ANTIGOS



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PAPA EUSÉBIO


Hoje nós lembramos o testemunho de santidade de Eusébio, que nasceu no 17 de Setembro de 309 d.c., na Sardenha e não tinha este nome, até ir para Roma em procura de lucro com a Política e o Direito.
Encontrado por Jesus, converteu-se e recebeu as águas do Batismo e o novo nome de Eusébio, pois foi Batizado.
De simples leitor da Igreja de Roma, Eusébio foi ordenado sacerdote e depois em 345, Bispo em Vercelli, onde exerceu seu Ministério com zelo, muito amor às Almas e à Verdade.
Dentre tantas inspirações para a Diocese Eusébio vivia comunitariamente com seus sacerdotes, e desta comunhão conseguiu forças para vencer os bons combates do dia-a-dia.
Santo Eusébio de Vercelli por opor-se ao Arianismo que buscava erroneamente negar a divindade de Cristo, foi exilado com outros santos bispos pelo imperador Constâncio. Despachado com algemas para a Palestina, Eusébio sofreu torturas e sobreviveu por seis anos fechado numa prisão; quando liberto aproveitou para visitar Igrejas os grandes ortodoxos do Oriente.
Ao voltar foi acolhido como vencedor pelos irmãos no episcopado, clero e todo o povo, e até entrar no Céu em 370, venceu o Arianismo com Santo Hilário e unificou as Igrejas.
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" BOCA " ESPANHOLA


Numa recente visita a Espanha, deparou-se a uma pessoa amiga, a seguinte inscrição na parede de um cinema de Madrid:

PUTAS AL PODER

PORQUE VUESTROS HIJOS

YA LA ESTAN !


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DAMON HILL


Damon Graham Devereux Hill, nascido em Londres
em 17 de Setembro de 1960, é filho do falecido campeão mundial de Fórmula 1 Graham Hill. Damon Hill chegou tarde a Fórmula 1 depois de uma carreira anterior em corridas de motocicleta, não fazendo sua estréia até 1984.
Ele lentamente subiu pela Fórmula 3 e Fórmula 3000, mostrando ocasionalmente relances de velocidade.
Em 1992 ele entrou em algumas corridas de Fórmula 1 pela equipe Brabham conseguindo se qualificar para 2 meias temporadas. Hill também foi piloto de testes para a dominante equipe Williams-Renault e quando Nigel Mansell deixou a equipe para pilotar na IndyCars em 1993, Hill foi promovido para pilotar ao lado de Alain Prost.
Depois de alguma má sorte, Hill venceu três corridas sucessivas na sua primeira temporada completa de F1, desta maneira, ele se tornou o primeiro piloto filho de um Campeão de Fórmula 1 a também vencer.
Em 1994 ele foi companheiro de Ayrton Senna, e tornou-se o primeiro piloto depois da morte de Senna.

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GUERRA JUNQUEIRO


Abílio de Guerra Junqueiro nasceu no dia 17 de Setembro de 1850 em Freixo de Espada à Cinta, formando-se em Direito na Universidade de Coimbra.
Foi funcionário público e deputado, aderindo em 1891, com o Ultimatum inglês, aos ideais republicanos.
Influenciado por Baudelaire, Proudhon, Victor Hugo e Michelet, iniciou uma intensa escrita poética com o fim último de, pela crítica, renovar a sociedade portuguesa.
Retirou-se para uma quinta no Douro, regressando à política com a implantação da República, tendo sido nomeado Ministro de Portugal em Berna.
Obras: A Morte de D. João (1874), A Musa em Férias (1879), A Velhice do Padre Eterno (1885), Finis Patriae (1890), Os Simples (1892), Pátria (1896), Oração ao Pão (1903), Oração à Luz (1904), Poesias Dispersas (1920).
Em colaboração com Guilherme de Azevedo, escreveu Viagem à Roda da Parvónia.
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PENSAMENTO MACHISTA


Sempre que um homem bate em sua mulher, ele sabe a razão por que o faz...quando ele não sabe - sabe ela...!
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JEREMY IRONS


Jeremy John Irons, de nacionalidade britânica, nasceu no dia 17 de Setembro de 1948, prestigiado actor que fez a sua educação na Sherborne Escola Dorset.
É casado com Sinead Cusack, também actriz desde o dia 28 Março de 1978, sendo filho de Paul Dugan Irons e de Barbara Anne Irons, e tem dois filhos: Samuel Irons e Maximillian Paul Diarmiud.

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JOSÉ RÉGIO


Escritor português, natural de Vila do Conde, onde nasceu no dia 17 de Setembro de 1901 e viveu até completar o quinto ano do liceu, após o que continuou a estudar no Porto.
José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, publicou, em Vila do Conde, nos jornais O Democrático e República, os seus primeiros versos.
Aos 18 anos, foi para Coimbra, onde se licenciou em Filologia Românica (1925), com a tese «As Correntes e As Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa».
Esta foi pouco apreciada, sobretudo pela valorização que nela fazia de dois poetas então quase desconhecidos, Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.
Esta tese, refundida, veio a ser publicada com o título Pequena História da Moderna Poesia Portuguesa (1941). Com Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões fundou, em 1927, a revista Presença (cujo primeiro número saiu a 10 de Março, vindo a publicar-se, embora sem regularidade, durante treze anos), que marcou o segundo modernismo português e de que Régio foi o principal impulsionador e ideólogo. Para além da sua colaboração assídua nesta revista, deixou também textos dispersos por publicações como a Seara Nova, Ler, O Comércio do Porto e o Diário de Notícias. No mesmo ano iniciou a sua vida profissional como professor de liceu, primeiro no Porto (apenas alguns meses) e, a partir de 1928, em Portalegre, onde permaneceu mais de trinta anos.
Só em 1967 regressou a Vila do Conde, onde morreu dois anos mais tarde.
Participou activamente na vida pública, fazendo parte da comissão concelhia de Vila do Conde do Movimento de Unidade Democrática (MUD), apoiando o general Nórton de Matos na sua candidatura à Presidência da República e, mais tarde, a candidatura do general Humberto Delgado. Integrou ainda a Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), nas eleições de 1969. Como escritor, José Régio dedicou-se ao romance, ao teatro, à poesia e ao ensaio. Centrais, na sua obra, são as problemáticas do conflito entre Deus e o Homem, o indivíduo e a sociedade, numa análise crítica das relações humanas e da solidão, do dilaceramento interior perante a relação entre o espírito e a carne e a ânsia humana do absoluto.
Levando a cabo uma auto-análise e uma introspecção constantes, a sua obra é fortemente marcada pelo tom psicologista e, simultaneamente, por um misticismo inquieto que se revela em motivos como o angelismo ou a redenção no sofrimento.
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IMAGEM DO DIA



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CONSTITUIÇÃO DOS E.U.A.


Proclamada no dia 17 de Setembro de 1787, representa um compromisso entre a tendência republicana, liderada por Jefferson e responsável pela grande autonomia dos Estados membros da federação, e a tendência federalista, defensora de um poder central forte.
No geral, os princípios constitucionais de 1787 continuam em vigor, como a adopção da república federativa presidencialista como forma de governo; a separação dos poderes em Executivo (administração), Legislativo (elaboração das leis) e Judiciário (aplicação da justiça); e o estabelecimento de direitos civis e políticos, como as liberdades de expressão, de imprensa, de crença religiosa e de reunião, a inviolabilidade do domicílio e da correspondência e o direito a julgamento.
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sexta-feira, setembro 16, 2005

 

NAVAL 1º DE MAIO


Parabéns pelo empate !
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A PAZ




  1. A pomba é o pássaro da paz ;
  2. A mulher é a paz do pássaro ;
  3. O velho tem o pássaro em paz ;
  4. A solteirona não conhece nem o pássaro nem a paz ;
  5. O solteiro não deixa o pássaro em paz ; e
  6. A viúva não pode ficar em paz sem o pássaro.
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O QUE É UMA AVÓ


Uma avó é uma mulher que não tem filhos e por isso gosta dos filhos dos outros.
As avós não teem nada para fazer, é só estarem ali.
Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartixas.
Nunca dizem " Despacha-te ! ".
Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos.
Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.
As av´s usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes.
Quando nos contam histórias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes.
As avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo.
Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma avò, principalmente se não tiver televisão.
Guida, 8 anos
in Jornal do Cartaxo.
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MICKEY ROURKE


Antes de dedicar suas energias ao Actor's Studio ade Nova York e se tornar um actor, Mickey Rourke queria ser um jogador de beisebol profissional e lutador de box. Rourke se lançou na carreira de actor com pequenos papeis em Heaven's Gate (1981) antes de chamar a atenção em Body Heat (1981) e Diner (1982).
Seguiu-se um papel admirável em Rumble Fish (1983) e The Pope of Greenwich Village (1984), e então teve uma performance cheia de bravura como o capitão de policia determinado Stanley White em Year of the Dragon (1985).
Quando o filme foi arrasado pelos críticos, Rourke defendeu o director Michael Cimino e se recusou a dar entrevistas aos críticos.
Ganhou imediatamente uma reputação de perfeccionista, concordando apenas em trabalhar com directores ou em projectos que estivessem de acordo com seus padrões. Suas performances de 1987, em Angel Heart, A Prayer for the Dying e Barfly foram um atestado dessa postura, mas seus papeis principais no infame 9 1/2 Weeks (1986) e Wild Orchid (1990) deram a ele uma ‘camada de lixo europeu’ que apenas aumentou com seu temperamento e natureza de estilo próprio.
Essas qualidades, contudo, embora tenham envenenado sua carreira nos EUA não fizeram nada para sua reputação na França, onde sempre foi querido. Do final dos anos 80 e ao longo da década de 90 a carreira desse actor desiludido, com potencial de ser um Robert De Niro, sofreu uma queda violenta. Ele escreveu, produziu e estrelou Homeboy (1988), um filme sobre um lutador premiado, mas que quase tem uma morte cerebral.
O filme não teve lançamento nos cinemas, e foi directo para o vídeo. A conexão masoquista entre esse filme e sua subseqüente “nova carreira” como um lutador de boxe foi inegável, embora continuasse a aparecer esporadicamente em filmes menores e em papeis coadjuvantes.
Em 1997 Rourke reprisou seu papel de sexual sádico em Another 9 1/2 Weeks, um remake virtual do original, apenas sem a presença redentora de Kim Basinger.
Embora a carreira de Rourke se consistiu principalmente de filmes ‘directo-para-o-vídeo’, ele teve amigos o suficiente e respeito entre seus pares para fazer aparições ocasionais em filmes de alto orçamento.
Em 1997 teve um pequeno papel na adaptação de Francis Ford Coppola da novela de John Grisham, The Rainmaker.
No ano seguinte Vincent Gallo, fanático por Rourke, o colocou como o cara mau em sua estréia como director, Buffalo '66.
Rourke mostrou flashes de seu antigo brilho no filme de Steve Buscemi, Animal Factory (2000), e foi uma das participações especiais impressivas no filme de Sean Penn, The Pledge.
Rourke também teve um dos papeis mais importantes em uma estréia de Hollywood importante, no filme de Robert Rodriguez, o terceiro sobre os Mariachi, em Once Upon a Time in Mexico (2003).
Casou-se com Debra Feuer, actriz de quem se divorciou para se casar novamente com Carre Otis em 1992 de quem também se divorciou no ano seguinte.

Nasceu no dia 16 de Setembro de 1950, nos Estados Unidos da America.
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D.PEDRO V


Nasceu no dia 16 de Setembro de 1837, em Lisboa no Palácio Real das Necessidades, onde também faleceu no dia 11 de Novembro de 1861, sendo baptizado na capela do mesmo paço a 1 de Outubro seguinte pelo cardeal patriarca de Lisboa D. Fr. Patrício da Silva, capelão-mor da rainha D. Maria II.
Era filho desta soberana, e de seu marido, el-rei D. Fernando. Chamava-se D. Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio.
Educado primorosamente, assim como seus irmãos, pelos melhores professores de Lisboa, e principalmente por sua mãe, que teve sempre a justíssima reputação de excelente educadora, revelou desde muito novo as brilhantes qualidades que o ornavam, a sua notável inteligência, a sua tendência para um perseverante estudo, e as mais nobres e mais elevadas qualidades de espírito e de coração.

Foi jurado e reconhecido príncipe real e herdeiro da coroa pelas cortes gerais a 26 de Janeiro de 1838, tendo de idade pouco mais de 4 meses. Contava 16 anos quando faleceu sua mãe, a 15 de Novembro de 1853, a quem sucedeu no trono.
Marcando-se aos 18 anos a maioridade dos reis de Portugal, D. Pedro V era ainda menor, e nesse mesmo dia foi convocado o conselho de Estado, que deliberou confiar a regência do reino, durante a menoridade do jovem monarca, a seu pai, el-rei D. Fernando, visto não haver disposição alguma a tal respeito na Carta Constitucional, deliberação que foi depois confirmada pelas cortes gerais, e de que prestou juramento na sessão de 19 de Dezembro de 1853.
D. Pedro V e seu irmão D. Luís, que mais tarde lhe sucedeu no trono, empreenderam uma viagem de instrução e recreio pela Europa. Em Maio de 1854 saíram a barra de Lisboa a bordo do vapor Mindelo, indo directamente a Londres, passando de. pois à Bélgica, Holanda, Prússia, Áustria, França e Saxe-Coburgo-Gotha, voltando a Londres, donde regressaram a Lisboa.
Em todas estas cortes granjearam os régios viajantes as maiores provas de consideração e de simpatia. No ano seguinte, 1855, empreenderam nova viajem, visitando outra vez algumas das terras já citadas, e também a Itália, Suiça, etc.
No seu regresso, completando D. Pedro V, 18 anos a 16 de Setembro, foi nesse dia declarada a sua maioridade, e prestou juramento em sessão solene das cortes. Realizaram-se grandes e entusiásticas festas em Lisboa, para solenizar o novo rei que ia assumir o pesado e espinhoso cargo da governação do reino. Grandes infortúnios começaram desde logo a assinalar o seu reinado. Em 1856 desenvolveu se em Lisboa a cholera morbus, e em muitos outros pontos do país, fazendo consideráveis vítimas, e no ano seguinte, 1855, outro flagelo, que se tornou ainda mais devastador, a febre-amarela, veio assolar a capital.

Foram dois anos de tristíssima memoria, que enlutaram milhares de famílias, extinguindo-se muitas delas completamente, deixando muitas crianças na orfandade.
A cidade de Lisboa, principalmente em 1857, apresentava um aspecto tristíssimo. Com especialidade. na cidade baixa, viam-se encerrados numerosos estabelecimentos; uns, por seus proprietários terem falecido, outros por terem saído de Lisboa fugindo ao terrível contagio.
O terror geral era indescritível; por ordem do governo foram os jornais proibidos de darem longas noticias sobre os falecimentos, e o número e nomes das vítimas, que chegavam a ocupar diariamente muitas colunas; os enterros passaram a fazer-se de noite, observando-se a maior simplicidade, não sendo permitidas as pompas fúnebres, apenas uma sege conduzindo o morto e o padre para o acompanhar. Não sendo suficientes os hospitais que existiam, para abrigarem o número enorme de atacados, organizaram-se alguns provisórios em certos pontos da cidade; numerosas procissões de penitência percorriam as ruas, e nas igrejas todos os dias se entoavam preces. Os teatros e outros divertimentos públicos fecharam.
A consternação era geral; as ruas viam-se desertas, o terror via-se estampado em todas as fisionomias. Abandonaram a cidade, indo viver para os arredores e para outras terras distantes, altos funcionários e outros empregados públicos, capitalistas, negociantes, o próprio patriarca, e no meio desta pavorosa e angustiosa situação sobressaía a figura do jovem monarca que, apesar dos conselhos de quantos o rodeavam, não quis abandonar Lisboa, e qual outro apóstolo do bem e da resignação, se dirigia aos hospitais, sentando-se junto dos leitos dos enfermos, a quem dirigia palavras de conforto e de esperança.
Quando os ajudantes que o acompanhavam nestas piedosas visitas lhe pediam que não se expusesse assim tão temerariamente ao terrível contágio, respondia secamente que se tinham medo o deixassem, que ele podia ali estar só. Este acto de abnegação e caridade causou a maior impressão em toda a gente e a admiração até dos estrangeiros.
Um rapaz que apenas contava 20 anos de idade, dando um exemplo tão grandioso de amor pelos que sofriam, procurando suavizar-lhes o sofrimento, ao menos animando-os com a sua presença.
D. Pedro V tornou-se muito popular; o povo adorava-o, e chamava-lhe o rei santo. A sorte protegia-o, porque expondo-se com tanta afoiteza, com tanta coragem ao perigo do tenebroso contágio, não teve o menor sinal de doença naqueles meses de Agosto, Setembro, Outubro e Novembro de 1857, em que mais se pronunciaram os efeitos da epidemia. Pouco a pouco foram rareando os casos, que até então eram numerosos todos os dias, e quando chegou o fim de Dezembro estava a febre amarela completamente debelada, restando os choros e os lamentos das pessoas que tinham perdido parentes queridos, e crianças órfãs, que se viam sós entregues à mais profunda tristeza e saudade.

Chegou depois o ano de 1858, que trouxe para Portugal dias mais sossegados e mais felizes. Para suavizar as angústias dos dois anos anteriores, tratou-se do casamento do jovem monarca, que se tornara o ídolo do povo. Essa notícia foi recebida com o maior entusiasmo sendo a esposa escolhida a princesa de Hohenzollern-Sigmaringen, D. Estefânia Josefina Frederica Guilhermina Antónia, segunda filha do príncipe soberano do Hohenzollern-Sigmaringen, Carlos António Joaquim, e de sua mulher D. Josefina Frederica. O casamento realizou-se por procuração em Dresde a 29 de Abril de 1858, e em pessoa, em Lisboa, a 18 de Maio, na igreja de S. Domingos, um formoso dia de primavera, que parecia vir também saudar os régios noivos, reunindo-se ao entusiasmo que se notava por toda a parte, à alegria e satisfação que reflectia em todos os semblantes.
As aclamações e os vivas, que o povo soltava durante o trânsito do Terreiro do Paço, onde a jovem rainha desembarcou, até à igreja de S. Domingos, chegaram ao delírio.
A rainha D. Estefânia granjeou logo também as maiores simpatias; o seu carácter, por um acaso que poucas vezes se encontra nestas uniões monárquicas, estava em perfeita harmonia com o carácter de seu marido. Os régios esposos amaram-se extremosamente. Passaram em Sintra a lua-de-mel durante o Verão desse ano de 1858, e muitas vezes se encontravam passeando sozinhos de braço dado pelos caminhos mais solitários da serra, passeios que muitas vezes repetiam. em Lisboa, e que inspiravam ao povo a mais profunda simpatia, porque davam um exemplo não muito frequente de amor no casamento e de amor no trono, e o exemplo das virtudes domésticas mais elevadas com a pureza do seu viver, com o afecto que os unia, o qual se manifestava a cada instante.
Foi nesse ano de 1858 que. D. Pedro V teve a nobre ideia de fundar em Lisboa os altos estudos literários que não existiam em Portugal, e que depois da morte dele pouco desenvolvimento tiveram. Cedeu uma parta da sua lista civil para se comprarem inscrições, que constituíssem a dotação de um novo estabelecimento de instrução superior, o Curso Superior de Letras, onde se criaram as cadeiras de história, de literatura antiga, de literatura moderna, de filosofia da história e de filosofia transcendente, cadeiras que foram regidas por Lopes de Mendonça, Rebelo da Silva, Jaime Moniz, etc. Era essa a fundação querida de D. Pedro V, e muitas vezes o estudioso monarca que amava as letras e a ciência, ia ouvir as lições dos professores, escutando de preferência a palavra inspirada e eloquente do grande Rebelo da Silva.
Mas ainda não estavam completas as provações por que tinha de passar o infeliz rei, no seu tão curto reinado de 6 anos. Sucederam um ao outro dois factos que profundamente o feriram, um como rei, e o outro como esposo dedicado e carinhoso. Como rei, foi a questão com o governo imperial de França, em 1859, que por causa do apresamento da barca Charles et Georges, mandou uma esquadra às águas do Tejo tomar aquele navio e afrontar a bandeira portuguesa; como esposo, viu nesse mesmo ano, a 17 de Julho, sucumbir, vítima duma angina que em tão pouco tempo roubou a Portugal uma rainha bondosa e altamente simpática, deixando D. Pedro inconsolável com tão infausta perda. Ficou memorável a sentida carta que o monarca escreveu ao duque da Terceira, então presidente do conselho de ministros, carta repassada de tão profunda melancolia e escrita com eloquente singeleza. «Eu e os meus povos temos sido companheiros de infortúnio, diz-me a consciência que os não abandonei.» Assim era efectivamente, e o povo também o não desamparou nessa angústia suprema «Era um coração para a terra e um espírito para o céu» acrescentava D. Pedro V referindo-se à esposa que perdera. Essa carta é uma verdadeira obra-prima e não foram esses os únicos primores que D. Pedro V legou dispersos pelas folhas oficiais. D. Pedro V folgava de fazer as alocuções que tinha de proferir em cumprimento das suas funções majestáticas. Esses discursos eram sempre: cheios de ideias elevadas, e escritos num estilo nervoso de uma grande concisão, que ás vezes descaía em obscuridade. Os críticos acusavam esse estilo de sibilino, e diziam que el-rei, que sabia a fundo o alemão, se comprazia nos nevoeiros da filosofia germânica. A verdade é que ele procurava apenas consubstanciar no mais pequeno número de palavras possível o maior número possível de ideias. Não se limitava só a discursos a actividade intelectual do rei. Na Revista Contemporanea escreveu com o pseudónimo de Azonbolos um estudo acerca da tomada de Gaeta pelas tropas piemontesas. Muitos fragmentos de estudos filosóficos e morais ficaram misturados com os seus papéis depois da sua morte. A instrução popular foi sempre a sua grande preocupação. Fundou a Escola Real das Necessidades em 16 de Setembro de 1856, num edifício próximo do paço, e no paço de Mafra havia instalado uma escola, no ano anterior. Folgava em distribuir livros em prémios às crianças, encarregara o seu secretário Joaquim Pinheiro Chagas, pai do falecido estadista e distinto escritor Pinheiro Chagas, de traduzir e adaptar às escolas portuguesas a Clef de la science, do Dr. Brewer. Esta tradução ficou interrompida com a morte do tradutor, sucedida em 3 de Dezembro de 1859. Era com ele que D. Pedro V muitas vezes desabafava as suas dores mais íntimas e cruciantes. Fora o seu companheiro de vigília nas horas que se seguiram à, morte de D. Estefânia, em que o triste rei, depois de alguns minutos de sono agitado, acordava em grandes acessos de choro, e se abraçava ao seu secretario, que, tendo também visto morrer a mulher que amava extremosamente, sabia compreender e sabia consolar aquela dor sincera e profunda. A morte pois desse amigo fiel e dedicado foi para o rei mais um golpe profundo e inesperado, porque Joaquim Pinheiro Chagas morreu na força da vida contando apenas cinquenta anos de idade. Em 1860 o desastroso resultado da realização de uma ideia sua muito querida, o estabelecimento de um depósito de recrutas em Mafra, causou-lhe também impressão profunda e dolorosa. As más condições em que este deposito foi organizado produziram o desastre, mas D. Pedro V sentiu-o profundamente, não só porque podia atribuir-se-lhe em parte a responsabilidade da morte de tantos recrutas que foram ali expirar naquele matadouro, como por ver desfeito em fumo um dos projectos, de que ele julgava que resultariam os frutos mais profícuos. Em Outubro de 1861 uma viagem que el-rei empreendeu ao Alentejo com os seus irmãos, D. Augusto e D. Fernando, teve os mais funestos resultados. Contraíram nessa província umas febres paludosas, que em breve tomaram um carácter profundamente grave. O infante D. Fernando faleceu em 9 de Novembro, e dois dias depois, a 11, falecia também el-rei na florescente idade de 24 anos. Foi então que se conheceu quanto ele era profundamente estimado e querido. O povo apenas teve notícia da grave doença d'el­-rei e de seus irmãos, agrupou-se aflitíssimo em torno do palácio. Primeiro houve só a angústia e ansiedade, depois começaram a brotar suspeitas de crime, e a morte do infante D. Fernando, o estado gravíssimo em que se achava o infante D. Augusto e o estado perfeitamente desesperado d'el-rei, mais confirmaram ainda as ideias de envenenamento. A morte d'el-rei veio redobrar a agitação da cidade. O enterro foi imensamente concorrido. Os dois irmãos d'el-rei, D. Luís e D. João, que andavam, viajando, regressaram apressadamente à pátria, e chegaram pouco depois da morte de D. Pedro V. Atacado por uma doença, com sintomas idênticos aos de seus irmãos, D. João também faleceu, no seguinte mês de Dezembro. Tudo isto deu origem aos tumultos do Natal, classificados por José Estevão na seguinte frase célebre: «É a anarquia da dor protestando contra o despotismo da morte.» O sentimento era geral e profundo em todo o país.
D. Pedro V foi duque de Saxe-Coburgo-Gotha, grão-mestre das ordens militares de Cristo, S. Bento de Avis e S. Tiago da Espada; grã-cruz das da Torre e Espada e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa; cavaleiro da ordem do Tosão de Ouro, de Espanha, e da ordem Suprema da Santíssima Anunciada, de Sardenha; cavaleiro de primeira classe, em brilhantes, da de Hohenzollern; grã-cruz das ordens do Cruzeiro do Sul, do Brasil; de Santo Estevão de Hungria, da Áustria; da Águia Negra, de Saxónia Real; do Leão Neerlandês, dos Países Baixos; do Falcão Branco, de Saxe-Weimar; da Legião de Honra, de França; de S. Fernando e Mérito, de Duas Sicílias. D. Pedro V respeitava os homens políticos importantes do seu tempo, e era grande respeitador de Alexandre Herculano, a quem visitava frequentes vezes, entretendo com o notável historiador discussões científicas; passava largas horas, quando estava em Mafra, a consultar crónicas e outros livros antigos daquela valiosa biblioteca. Dedicava-se à música, tocando excelentemente piano; era notável na esgrima, bom atirador, e desenhava com gosto e facilidade, possuindo o dom especial de caracterizar uma pessoa ao primeiro repente com três ou quatro traços, ficando do seu lápis muitas caricaturas notáveis pela graça e pela rapidez e firmeza do traço. A caça era um dos prazeres seus mais predilectos. Foi ele que aboliu por completo o beija-mão, etiqueta palaciana que era um dos restos legados pela soberania absoluta, e recusou-se a confirmar a pena de morte. Não queria ver os cidadãos, entre os quais era ele o primeiro, dobrarem o joelho na sua presença, porque essa vénia só pertence à Divindade como só a ela pertence tirar a vida aos homens. Entendia que a cerimónia do beija-mão era um acto de servilismo indigno de todo o homem que se preza, como entendia que à justiça humana unicamente compete corrigir os delinquentes, pela reclusão e pelo trabalho, para os restituir à sociedade, purificados e prestadios.
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DAVID COPPERFIELD


David Seth Kotkin nasceu em Metuchen, uma pequena cidade de Nova Jersey, nos Estados Unidos. Quando garoto ajudava no orçamento de casa fazendo mágicas em festas de criança com o pseudônimo de Davino.
Estudou canto e dança em Manhattan mas era desafinado e partiu para a carreira de ventríloquo. Copperfield estreou profissionalmente aos 12 anos e aos 19 passou a apresentar o programa de TV O mundo mágico de David Copperfield.
Ele foi dirigido na época pelo cineasta Orson Welles, que fazia uns bicos para sustentar seus filmes.
Copperfield foi o primeiro mágico a se apresentar na Broadway.
Nasceu no dia 16 de Setembro de 1956.
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JEAN PIAGET


Jean Piaget que nasceu no dia 9 de Agosto de1896 em Neuchatel na Suiça e faleceu no dia 16 de Setembro de1980 foi um renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil.
Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de raciocínio. Seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia.
Seu pai, um calvinista convicto, era professor universitário de Literatura medieval.
Piaget foi um menino prodígio. Interessou-se por História Natural ainda em sua infância. Aos 11 anos de idade, publicou seu primeiro trabalho sobre sua observação de um pardal albino. Esse breve estudo é considerado o início de sua brilhante carreira científica. Aos sábados, Piaget trabalhava gratuitamente no Museu de História Natural.
Piaget freqüentou a Universidade de Neuchâtel, onde estudou Biologia e Filosofia. Ele recebeu seu doutorado em Biologia em 1918, aos 22 anos de idade.
Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde trabalhou como psicólogo experimental. Lá ele freqüentou aulas lecionadas por Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clínica. Essas experiências influenciaram-no em seu trabalho. Ele passou a combinar a psicologia experimental - que é um estudo formal e sistemático - com métodos informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes.
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MARIA CALLAS


Maria Kalogheropulos, conhecida por Maria Callas, extraordinário soprano, filha de um casal grego emigrado, que, embora vivendo com modéstia, não tinha grandes dificuldades económicas, teve o seu berço em Nova Iorque, em 1923.
Foi muito importante para o seu futuro ter começado a aprender piano. Em 1937 os pais separam-se e ela regressa à Grécia, juntamente com a irmã e com a mãe.
Entrou para o Conservatório Nacional de Atenas, somente com 15 anos. Nesse mesmo ano, ganha um prémio, que lhe é atribuído pela interpretação de "Santuzza", - "Cavalari Rusticana". Apesar de ter uma voz grave consegue atingir, brilhantemente e com facilidade, o registo agudo. Disto se apercebeu Elvira Hidalgo, famosa professora espanhola, que aconselha Maria a estudar a técnica da coloratura e a empenhar-se na disciplina do canto.
De 1942 a 1944 cumpre um contrato na Ópera de Atenas, devido a várias provas interpretativas, o que a iam consagrando.
Regressa aos Estados Unidos, para viver com o pai, recebendo um convite para cantar "A Gioconda", no anfiteatro de Verona, com o maestro Túlio Serafim, que se apercebeu das enormes qualidades da artista e a havia de acompanhar ao longo de muitos anos.
Com 23 anos casa com o riquíssimo Meneghini. Pisava já e dominava os palcos dos maiores teatros líricos do mundo. Tinha-se tornado imensamente rica, muito bela e sensual.
Vestia-se nos grandes costureiros e tinha um guarda-roupa deslumbrante.Após uma fase de enorme trabalho e cansaço aceita uma viagem de duas semanas com Onassis, no seu iate "Christina" e, acabado este cruzeiro, deixou partir o marido e ficou a viver com o magnata grego durante 9 anos.
Possuía uma voz potente e moldável. As suas interpretações sempre arrastaram e encantaram as multidões. Impôs uma personalidade vocal e teatral que influenciou a sua geração. Abandonou o palco em 1965. Dos muitos papéis que interpretou no género lírico e dramático e de inúmeros compositores, destacam-se: "Norma", de Bellini; do mesmo autor "Os puritanos da Escócia", no papel de Elvira; representou o personagem de Violetta em "La Traviata", de Verdi; "Medeia", de Cherubini; "Tosca", de Puccini; "Lucia de Lammermore", de Donizetti.
Isolada, no seu apartamento de Paris, Maria Callas morreu no dia 16 de Setembro de 1977, deixando perpetuado o eco de uma voz única, que soube transmitir, como nenhuma outra, toda a gama de emoções de que o ser humano é capaz.
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IMAGEM DO DIA



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B. B. KING


Riley King nasceu no dia 16 de setembro de 1925 no meio de uma plantação de algodão de Itta Bena, Mississípi.
O seu tio estava casado com uma piedosa predicadora que ao sair da igreja os visitava e tocava violão. Desde a infância se interessou por blues, country, gospel e jazz.
Nascido no berço do Blues não era de se estranhar que o jovem King se interessasse por música, carreira que era muito mais proveitosa à época do que colher algodão, única alternativa restante.
King começou a cantar com sua mãe que morreu quando ele tinha sete anos. Criado pelos seus avós, ganhou o seu primeiro violão aos quatorze anos e começou a cantar em grupos de gospel, sozinho pelas cidadezinhas e inclusive, em 1944, para os soldados enquanto fazia o serviço militar.
("Pode parecer chocante, mas foi quando me meteram no quartel que decidi cantar blues. Meus companheiros tiveram a febre dos spirituals.").
Os dois bês no seu nome correspondem ao apelido "Blues Boy" que lhe deram numa emissora de rádio quando estava começando. Os seus primeiros antecedentes artístico sencontram-se na Igreja: foi membro do coro da sua paróquia desde muito jovem. No entanto, trabalhou no campo durante anos até que foi para Mênfis, no Tenessee, onde foi companheiro do seu primo, o célebre bluesman Bukka White e seu relacionou com outros artístas do gênero.
Familiarizou-se com a guitarra seguindo o caminho de gente como T-Bone Walker, Lowell Fulson, desenvolvendo uma técnica própria.
Tocou com Johnny Ace e com Bobby Blue Bland antes de adoptar definitivamente a música como profissional em 1949.
Nesse ano gravou suas primeiras faixas em vinil. Durante o início dos anos 50 foi produzido por ninguém menos que Sam Philips, até então um produtor medíocre.
Em 1951 conseguiu pela primeira vez sucesso nacional nas paradas de r&b com a música Three O'Clock Blues.
Aproveitando a boa repercussão montou a banda Beale Streeters (com o vocalista Bobby Bland, o pianista Johnny Ace e o baterista Earl Forest).
Faleceu recentemente.

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ORAÇÃO DO CACHORRO


ÓH! SENHOR dos humanos, fazei com que meus donos sejam fieis aos seus semelhantes, como eu sou fiel aos meus donos!Fazei com que sejam sempre solidários com seus clientes, parceiros, colaboradores, amigos e suas respectivas famílias, como eu sou com eles!Fazei com que sejam sinceros como eu, e que possam ser depositários da confiança alheia como sou depositário da confiança deles!
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quinta-feira, setembro 15, 2005

 

URIEL



Há quanto tempo me deixaste, me abandonaste na areia ardente onde me deito, já no final da praia deserta? Consciente de como a tua ausência sempre me apunhala e mutila, lâmina a revolver-me o peito, remoendo na ferida que abre, na febre que provoca, tal como a aragem em brasa deste começo de tarde. Na grande inquietação transmitida pela tua ausência, ergo-me a procurar-te no momento em que sais da água, a lembrares a Vénus de Botticelli, enovelada ondulação do cabelo descobrindo a concha delicada das orelhas, o sol a encher-te de luz o verde dos olhos. Pelos ombros nervosos e ao longo das tuas costas, parecem escorrer pequenos diamantes em cascatas vagarosas, a tecerem uma teia tremeluzente em torno do corpo bronzeado: gotas lentas deslizam até às ancas, no retomar da queda a partir das pernas altas que o oceano mal dobou e eu polirei mais tarde com a minha língua. Sentindo nos lábios o sal da tua pele que dá guarida a novas inesperadas sombras, odores acres, ácidos e lívidos que não lembro e estranho. Conhecendo como conheço de ti o gosto macerado das uvas e o travo ruivo do pêssego. Clavículas como asas de anjo. Beleza cruel aprimorada pela imobilidade em que te deténs de súbito, a fazeres-me gemer de desejo, num anseio de posse que louvo e provo, no acerar inesperado da ponta aguçada da ameaça. "Beijar-te-ei sem pressa "- penso enquanto me imagino a beber-te o sabor do mar escondido na morna torpeza da tua nuca. Boca a descer em seguida num rodeio indolente, a tornear-te a cintura de cravo, afuselando o travo da tua barriga quando a ela chego e nela me detenho numa demora obsessiva que me impele a descer mais ainda pela penugem morena, tropeçando ou voando até às tuas virilhas. E aí desfaleço à mão vacilante da vertigem, que o anelo reabre, a exigir ser cumprido. A mesma vertigem que agora me invade ao ver-te emergir das ondas, com aquela hesitação quebradiça que desperta a ternura, mas que afinal é fruto da perversidade, a encobrir o susto, a insídia, a indizível apetência de negrume; indiferença distraída com que entras em mim, me colhes, me desfolhas enquanto te fito, e cada vez que me penetras enterras e retiras da minha existência a farpa, a faca, e escondes debaixo do travesseiro o veneno com que me injectas quando desmaio nos teus braços. Direito de sedução usado por ti com uma ambiguidade mestiça e revolvida, que de imediato ganha o traço e a demência duma insanidade recôndita, que muitas vezes se cruzam numa simulação de entrega, quando na verdade me matas, me enlouqueces, te afastas, partindo e regressando, indo e vindo numa cadência dúbia, para logo recuares, voltares a enredares-me, a algemar-me com a tecitura, meu amor, do encanto. Do teu encanto. Como eu te desentendo guardando-te! Agrura onde se aguçam tanto as rochas dos teus orgasmos como as pedras que me atiras e eu aceito, até me ofereço a elas neste emaranhado e entorpecente vício do teu corpo, à flor do pulso. Obsessão incontrolada de tocar-te, de arrebatar-te, de raptar-te. Adoecendo se me privas da tua presença, da tua preguiça, dos teus vagares, se me afastas dos teus limites, onde posso tomar-te e no mesmo movimento retomar-me, num acrescentado excesso do prazer de que me alimento. Sossobrando. Devorando o teu fulgor. Um dia hei-de confessar-te como amo as luas das tuas unhas, quanto dependo dos teus longos dedos e me apetecem os teus joelhos, como me excitam os teus quadris estreitos de lápis-lazuli, quanto cobiço o langor do teu hálito de amêndoa, como me sobressaltam os teus tornozelos, quanto aguardo a noite das tuas pestanas a descerem-te na face, numa lembrança de flores mascarinas. Destino que inventas na frieza, na indiferença, pois o que nos une é apenas iluminado pelo meu êxtase; sentimento ora vazio ora ameaçado pela tua presença, que me induz à escassez e à premonição, embora relutando diante da simples hipótese da tua perda. Na obstinação de amar-te, na determinação de ter-te, mas também em salvar-me, portanto em deter-te, em imobilizar-te. Ideia que me vem de repente: corda de linho e rendas a manietar-te nos lençóis enrodilhados, mancha nevada, ínvia, na quentura do quarto, onde detecto o teu suor de goivo no ar estagnado, no pano, nas paredes, nos desabrigados cantos obscuros. Enquanto no brasido da praia continuo a seguir-te, olhar tenaz na tua devassa, à medida que atravessas o extenso areal de Agosto, arrastando contigo o resto do refrigério das ondas, até chegares à minha beira atrasando o andar; atardando-te, provocando-me com a tua nudez simultaneamente delicada e sumptuosa, que exibes num misto de impudor e de inocência. E só tarde demais reconheço o ligeiríssimo sorriso de descuido a roçar o desprezo dissimulado na comissura dos teus lábios cheios, a desafiares-me. Repto petulante a que não me esquivo, e só então entendo o vento frio que se levantou no instante preciso em que a incendiada brancura do fim da manhã se revolve, te envolve e explode, criando, sem que dês conta, um cerco de lume à tua volta. Mas eu cego. Pelo tanto que desesperadamente me apeteces. Ligeiríssimo zunido de estio, de onde partem as vozes que surgem do nada, rodopiando insistentes, persistentes, na minha cabeça. E em obediência às suas ordens, eu vigio-te, eu marco-te, eu persigo-te. Ocultando-me melhor, quanto melhor atento na tua imagem, jamais te perdendo de vista, como se em vez de amante fosse detective. E nessa solitária mistura, sigo os teus cheiros, escuto os teus pensamentos, antecipo os teus ruídos, avanço na direcção dos teus passos, adapto os meus pés despidos às pegadas dos teus pés descalços. Soergo-me da areia onde me deito em desassossego, sento-me a tentar descobrir-te e, implacável, estilhaço a leve neblina que o calor entorna, e esqueço-me a reparar como flutuas quase adormecido no mar tranquilo, que te atordoa e te puxa, a fim de entregar-te à perdição das sereias. Mas de onde acabas por te afastar, relutante mas ágil, a esgueirares-te das nervuras da espuma, para surgires a contra-luz: corpo esguio, terno e hesitante, a aumentar sem piedade a minha sede. E quando te deténs sob a claridade equívoca, dou conta da rebentação das vagas miúdas, que numa ondulação mordida entre as tuas coxas delgadas, parecem esquivar-se a tocar o velo espesso, do qual conheço o cheiro intenso a bosque, a madeira verde e beladona esquiva. Equívoca. À noite implorar-te-ei: "Vem, minha rosa da Índia..." -, paixão da minha paixão, que a ti te aperfeiçoa e a mim me derruba; me empurra na demanda de tudo por tudo querer demasiado: "Nunca me abandones!"- rogo-te em seguida, na certeza de estar a acontecer o contrário; fingindo submeter-me, dar-me, para melhor litigar, procurar o poço do teu fundo, à descoberta das tuas catacumbas e cisternas, dos teus escombros, das tuas fundações e caves escuras. Sem impedir a sofreguidão que impele a dureza vingativa que me incita a armar-te ciladas, a usar armadilhas para te aprisionar, minha raposa prateada, meu lobo desalmado. Minha caça. Tu deslumbras-me e metes-me medo pelo imenso poder que manténs sobre mim, abrigando-me e apartando-me, recolhendo-me e largando-me, com uma futilidade caprichosa, cruenta, amando-me para me negares. No esquecimento de como a minha antiga natureza geniosa me leva à rebeldia e à desobediência, à ruptura, na pressa de desprender-me, de libertar-me, a ganhar terreno para melhor me esquivar, desatar os nós corredios que deste na minha sorte, mapa de traições e clausura. A iludir a avidez pela tua magreza, pela tua palidez sombria, pela tua doçura de madressilva, pelo bistre das tuas olheiras, do cansaço que ao apaziguar-te afinal te cede às escarpas íngremes da minha cobiça, que acaba por te tornar objecto único da turva tentação do meu anseio. Neste delírio, nesta alucinação, nesta desordem, neste rancor acrescido. A apropriar-me de ti através da morte, por não poder ser através da vida, enquanto te amordaço, te ato, amarro a nudez do corpo que lavo e aliso, embalo e acaricio. Exigente. Porque não pretendo somente a temperatura da tua pele, a tua carnação toldada, o licor da tua saliva, a melancolia de seda das tuas pálpebras, a ogiva das tuas lágrimas, a tua insustentável tristeza, a leviandade dos teus sonhos, a essência da tua nostalgia. Numa ambição desmedida, quero as tuas veias, a haste do teu pescoço quebradiço, quero a tua respiração opressa, o carmesim da romã do teu ventre, quero a imobilidade dos teus pulmões, a tua respiração silenciosa, quero o rubi derramado do teu sangue, o sopro vago da tua pulsação, quero a precariedade mórbida dos teus testículos, a rudeza almiscarada para sempre aquietada do teu pénis. "Dorme, minha orquídea brava" - murmuro em surdina, quando sem tremer deponho na palma côncava da minha mão o teu coração inerte. Com as suas pétalas escarlates, as suas folhas esmeralda, com as suas raízes de salitre. Um coração quebrado, que te arranquei do lado esquerdo do peito, por mim cortado, separado em duas meias partes.
Maria Teresa Horta
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MANUEL MARIA BARBOSA DU BOCAGE


Manuel Maria Barbosa du Bocage nasceu em Setúbal, no dia 15 de Setembro de 1765. Neto de um Almirante francês que viera organizar a nossa marinha, filho do jurista José Luís Barbosa e de Mariana Lestoff du Bocage, cedo revelou a sua sensibilidade literária, que um ambiente familiar propício incentivou.
Aos 16 anos assentou praça no regimento de infantaria de Setúbal e aos 18 alistou-se na Marinha, tendo feito o seu tirocínio em Lisboa e embarcado, posteriormente, para Goa, na qualidade de oficial.
Na sua rota para a Índia, em 1786, a bordo da nau "Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena", passou pelo Rio de Janeiro, onde se encontrava o futuro Governador de Goa.
Nesta cidade, teve oportunidade de conhecer e de impressionar a sociedade, tendo vivido na Rua das Violas, cuja localização é actualmente desconhecida.
Em Outubro de 1786, chegou finalmente ao Estado da Índia. A sua estadia neste território caracterizou-se por uma profunda desadaptação. Com efeito, o clima insalubre, a vaidade e a estreiteza cultural que aí observou, conduziram a um descontentamento que retratou em alguns sonetos de carácter satírico.
Nomeado, na qualidade de segundo Tenente, para Damão, de imediato reagiu, tendo desertado. Percorreu, então, as sete partidas do mundo: Índia, China e Macau, nomeadamente. Regressou a Portugal em Agosto de 1790.
Na capital, vivenciou a boémia lisboeta, frequentou os cafés que alimentavam as ideias da revolução francesa, satirizou a sociedade estagnada portuguesa, desbaratou, por vezes, o seu imenso talento. Em 1791, publicou o seu primeiro tomo das Rimas, ao qual se seguiram ainda dois, respectivamente em 1798 e em 1804.
No início da década de noventa, aderiu à "Nova Arcádia", uma associação literária, controlada por Pina Manique, que metodicamente fez implodir.
Efectivamente, os seus conflitos com os poetas que a constituíam tornaram-se frequentes, sendo visíveis em inúmeros poemas cáusticos. Em 1797, Bocage foi preso por, na sequência de uma rusga policial, lhe terem sido detectados panfletos apologistas da revolução francesa e um poema erótico e político, intitulado "Pavorosa Ilusão da Eternidade", também conhecido por "Epístola a Marília".
Encarcerado no Limoeiro, acusado de crime de lesa-majestade, moveu influências, sendo, então, entregue à Inquisição, instituição que já não possuía o poder discricionário que anteriormente tivera. Em Fevereiro de 1798, foi entregue pelo Intendente Geral das Polícias, Pina Manique, ao Convento de S. Bento e, mais tarde, ao Hospício das Necessidades, para ser "reeducado". Naquele ano foi finalmente libertado. Em 1800, iniciou a sua tarefa de tradutor para a Tipografia Calcográfica do Arco do Cego, superiormente dirigida pelo cientista Padre José Mariano Veloso, auferindo 12.800 réis mensalmente.
A sua saúde sempre frágil, ficou cada vez mais debilitada, devido à vida pouco regrada que levara. Em 1805, com 40 anos, faleceu na Travessa de André Valente em Lisboa, perante a comoção da população em geral.
Foi sepultado na Igreja das Mercês. A literatura portuguesa perdeu, então, um dos seus mais lídimos poetas e uma personalidade plural, que, para muitas gerações, incarnou o símbolo da irreverência, da frontalidade, da luta contra o despotismo e de um humanismo integral e paradigmático.
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OS BEATLES NA CHINA



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ALEXANDER FLEMING


Sir Alexander Fleming nascido a 6 de agosto de 1881 e falecido a 11 de março de 1955 foi o descobridor da proteína antimicrobiana chamada lisozima e do antibiótico penicilina obtido a partir do fungo Penicillium notatum.
Fleming nasceu em Ayrshire, Escócia e morreu em Londres, Inglaterra.

Trabalhou como médico microbiologista no Hospital St. Mary de Londres até o começo da Primeira Guerra Mundial.
Durante a guerra foi médico militar nas frentes de batalha da França e ficou impressionado pela grande mortalidade nos hospitais de campanha causada pelas feridas de arma de fogo que resultavam em gangrena gasosa.
Finalizada a guerra, regressou ao Hospital St. Mary onde buscou intensamente um novo anti-séptico que evitasse a dura agonia provocada pelas infecções durante a guerra.
Os dois descobrimentos de Fleming ocorreram nos anos 20 e ainda que tenham sido acidentais demonstram a grande capacidade de observação e intuição deste médico escocês.

O descobrimento da lisozima ocorreu depois de que o muco de seu nariz, procedente de um espirro, caísse sobre uma placa de cultura onde cresciam colônias bacterianas.
Alguns dias mais tarde notou que as bactérias haviam sido destruídas no local onde se havia depositado o fluído nasal.
O laboratório de Fleming estava habitualmente em desalinho, o que resultou numa grande vantagem para sua segunda importante descoberta.

Em Setembro de 1928, Fleming estava realizando vários experiências em seu laboratório e ao inspeccionar suas culturas antigas antes de destruí-las notou que a colónia de um fungo havia crescido espontaneamente, como um contaminante, numa das placas de Petri semeadas com Staphylococcus aureus.
Fleming observou outras placas e comprovou que as colónias bacterianas que se encontravam ao redor do fungo (mais tarde identificado como Penicillium notatum) eram transparentes devido a uma lise bacteriana.
A lise significava a morte das bactérias, e no caso, das bactérias patogênicas (Staphylococcus aureus) crescidas na placa. Ainda que tenha reconhecido imediatamente a importância deste seu achado, seus colegas o subestimaram.
Fleming comunicou sua descoberta sobre a penicilina no British Journal of Experimental Pathology em 1929.
Fleming trabalhou com o fungo durante algum tempo, mas a obtenção e purificação da penicilina a partir dos cultivos de Penicillium notatum resultaram difíceis e mais apropriadas para os químicos. Mas a comunidade científica da época achava que a penicilina só seria útil para tratar infecções banais e por isto não lhe deu atenção.

No entanto, o antibiótico despertou o interesse dos investigadores norte-americanos, que durante a Segunda Guerra Mundial tentavam imitar a medicina militar alemã que possuía as sulfamidas.
Os químicos norte-americanos Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey descobriram um método de purificação da penicilina que permitiu sua síntese e distribuição comercial para o resto da população
Fleming não patenteou sua descoberta, pois achava que assim seria mais fácil a difusão de um produto necessário para o tratamento das numerosas infecções que castigavam a população.
Por seus descobrimentos, Fleming compartilhou o Premio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1945 conjuntamente com Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey.
Fleming foi membro do Chelsea Arts Club, um clube privado para artistas fundado em 1891 por sugestão do pintor James McNeil Whistler. Conta-se como anedota que Fleming foi admitido no clube depois de realizar "pinturas com germes" e que estas pinturas consistiam em pincelar o lenço com bactérias pigmentadas, as quais eram invisíveis no início, mas que surgiam com intensas cores uma vez incubadas e crescidas. As espécies bacterianas que utilizava eram:
Serratia marcescens – cor vermelha
Chromobacterium violaceum – cor púrpura
Micrococcus luteus – cor amarela
Micrococcus varians - branca
Micrococcus roseus – cor rosa
Bacillus sp. – alaranjada
Alexander Fleming morreu em 1955 de um ataque cardíaco.

Foi enterrado como herói nacional na cripta da Catedral de São Paulo em Londres.
Seu descobrimento da penicilina, no dia 15 de Setembro de 1928, significou uma mudança drástica para a medicina moderna, iniciando a chamada "Era dos antibióticos".

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TOMMY LEE JONES


Tommy Lee Jones nas ceu no dia 15 de Setembro de 1946 em San Saba, Texas, nos Estados Unidos.
Nascido em San Saba, pertence à 18ª geração de uma família de texanos. Fiel à tradição, começou a trabalhar em campos de petróleo.
Na Harvard University, dividia o quarto com o actual vice-presidente dos EUA, Al Gore. Campeão de pólo, estreou no teatro em "A Patriot for Me" (69) e no cinema em "Love Story" (70).
Foi um dos mais activos coadjuvantes do cinema norte-americano na década de 70, estabelecendo uma reputação que lhe daria a chance de interpretar o assassino Gary Gilmore em "A Canção do Carrasco" (83), adaptação para a TV do best-seller de Norman Mailer:
o papel lhe valeu o Emmy de melhor actor.
Foi só na década de 90, entretanto, que alcançou a consagração no cinema, com o Oscar e o Globo de Ouro de melhor actor coadjuvante por "O Fugitivo" (93).
Dois anos antes, já havia sido indicado para o Oscar na mesma categoria por "JFK - A Pergunta que Não Quer Calar", de Oliver Stone, no papel do empresário gay Clay Shaw.
Stone o chamaria também para estrelar "Entre o Céu e a Terra" (93) e para outro marcante papel secundário em "Assassinos por Natureza" (94).
Jones estreou na direcção com o telefilme "The Good Old Boys" (95), um faroeste produzido para a TNT e também estrelado por ele.
Divorciado de Katherine Lardner, é casado com Kimberlea Gayle Cloughley.

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IMAGEM DO DIA


MOMENTOS PAVOROSOS !
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OLIVER STONE


Oliver Stone, nascido em 15 de Setembro de 1946 em Nova Iorque é um realizador estadunidense que estudou nas universidades de Yale e de Nova Iorque.
Ganhou dois óscares de melhor realizador com os filmes Platoon (serviu na guerra do Vietnam onde ganhou a Estrela de Bronze de Honra ao Mérito ) e Born on the fourth of July.
Uma característica dos filmes de Oliver Stone reside no uso de câmaras e formatos de filme diferentes, que podem ir do VHS ao filme de 8mm ou 70mm.
Stone escreveu ou participou em todos os filmes que dirigiu, à excepção de “U turn” de 1997. Para além disso ajudou nos argumentos de “Midnight Express”, “Conan the Barbarian”, “Scarface”, “Year of the dragon”, 8million ways to die” e “Evita”.
Alguns críticos acusam Stone de ser um teórico da conspiração, e que os seus filmes manipulam os espectadores, mas apesar disso muitos consideram também que que Stone é um dos melhores realizadores de Hollywod, e também o mais controverso.
Já esteve preso duas vezes em sua vida: aos 21 anos, por porte de maconha no México, e em 1999 por porte de haxixe.
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AGATHA CHRISTIE


Agatha Mary Clarissa Miller nasceu no dia 15 de Setembro de 1891, em Ashfield, Inglaterra. O pai morreu era ela muito pequena. Embora tendo uma infância feliz o temperamento era o de uma criança tímida e muito unida à família.
A sua irmã Magda lia-lhe muitas histórias de Conan Doyle, Poe e Leroux, os grandes génios da intriga e, um dia, incita-a a escrever uma história onde, apenas no final, se descubra o nome do assassino.
Estudou em casa e recebeu uma educação conservadora e tradicional. O perigo e os desportos agradam-lhe imenso e esta combinação marcar-lhe-á o carácter.
Devido a não estar escolarizada não pode frequentar a universidade. Por isso, considerando-se uma pessoa inculta luta por encontrar uma profissão, para impor-se na sociedade. Escolhe a música e decide estudar piano em Paris, para onde vai viver.
Torna-se numa extraordinária aluna e profissional do piano.Era uma linda rapariga, alta, magra e ruiva. Tinha inúmeros pretendentes. De entre todos elegeu aquele por quem nutria grande paixão: Archie Christie, com quem casou próximo do início da I Guerra Mundial.
Começa, então, a trabalhar como enfermeira e em farmácia, aprendendo o manejo de drogas e venenos, que se tornaram de enorme utilidade como escritora.
Fica separada do marido e sente uma profunda tristeza. Precisa de relaxar e resolve escrever uma novela de mistério.Ao regressar da guerra o marido não lhe dedica o carinho e a atenção de que ela tanto carece.
Têm, entretanto, uma filha. Em 1926 já tinha publicado seis novelas, mas o marido estava enamorado de uma amiga do casal e decide pedir-lhe o divórcio, o que muito a magoou, não lho concedendo.
Perante o abandono e porque amava Archie, enlouquece, abandonando a sua roupa interior e o carro junto de uma estrada e desaparece durante onze dias.
Um médico certifica que sofreu amnésia. Depois de muitas amarguras recupera o equilíbrio, sobretudo graças ao apoio dos seus amigos e a um tratamento psiquiátrico.Numa digressão pelo Oriente, em Bagdad, conhece o arqueólogo Max Mallowan, mais novo que ela catorze anos, apaixonando-se mutuamente e com quem acaba por casar e de que resulta um matrimónio repleto de alegrias ao longo do resto da vida.
Agatha Christie desaparece em 1976, um ano depois de ter publicado a sua derradeira novela.
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BOCAGE



Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;

Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;

Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,

Eis Bocage em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.
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ANÚNCIOS ANTIGOS



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WILLY MESSERSCHMITT


O Messerschmitt Me 262 foi o primeiro avião a jacto a entrar em operação no mundo. Além de possuir a potência dos turbojactos, ele também apresentava muitos avanços em seu desenho revolucionário.
Embora visto como uma das últimas super-armas alemãs da Segunda Guerra Mundial, o M 262 começou a ser projectado antes do início do conflito.
Mesmo tendo entrado em operação tardiamente e nunca disponível em quantidade suficiente e necessária, ele foi efectivamente empregado pela Luftwaffe numa variedade de missões tais como: caças diurnos, caças-bombardeiros, reconhecimento e caças noturnos, provando ser uma máquina de guerra formidável, numa fase onde a velocidade era a principal característica exigida para um caça, porém não chegando a ter uma influência decisiva no término da guerra.
O projecto do revolucionário Me 262 teve inicio no Outono de 1938 e recebeu a designação P.1065.

Na realidade, ele começou a ser desenvolvido não como um avião para o qual fosse necessário projectar um novo tipo de motor, mas um avião que fosse capaz de utilizar duas turbinas P.3302 de 585 kp que estavam em desenvolvimento na BMW e na Junkers.
O desenho coube ao Dr. Woldemar, que desde os primeiros esboços sempre encarou o aparelho como um caça, embora o RLM não o tivesse mencionado nas suas especificações originais.
Em Março de 1940, a Messersschmitt recebia formalmente o pedido para construir quatro P.1065, então renomeado Me 262.
A combinação de um excelente desenho e momentos de profunda inspiração, aliados a um lance casual do destino, resultou num projecto harmonioso, um aparelho de vanguarda que decididamente revolucionou e expandiu as fronteiras do conhecimento aeronáutico.

Um exemplo disto são suas asas, cujas curvas características (enflechadas), tornaram-se a tendência mundial das décadas futuras.
O F-86 Sabre (norte-americano) e o MiG-15 (soviético), que combateram na "Guerra da Coréia" e serviram na Força Aérea de seus países até quase o final dos anos cinqüenta, tiveram seus projectos baseados nos alemães, mais precisamente no Messer-schmitt P.1101 e no FockeWulf Ta 183 respectivamente e são provas reais disso.
As asas enflechadas do Me 262 surgiram algum tempo depois de iniciado o projecto.

Embora isto tivesse acontecido por acaso - um redesenho da fuselagem tinha forçado o deslocamento do centro de gravidade mais para trás do que fora inicialmente previsto (um dos primeiros desenhos mostrava os motores montados nas junções das asas com a fuselagem), e as asas tiveram que ser inclinadas ligeiramente para trás para compensar este deslocamento; só mais tarde é que se descobriu que isso tinha fortuitamente melhorado o comportamento aerodinâmico do aparelho.
A construção dos protótipos dos novos motores a reação estava planeada para finais de 1939 sofreu diversos atrasos e só um ano mais tarde é que seria entregue a primeira turbina, mas que se constatou ser capaz de um realizar apenas metade da potência esperada.

Só em Novembro de 1941 é que seriam entregues as primeiras turbinas BMW 003 (o novo nome das P. 3302). Algum tempo depois, a Junkers completaria os ensaios nas suas turbinas Jumo 004, capazes então de 900 kp.
O primeiro vôo experimental ocorreu em 04.04.1941 com o Me 262 V1 (PC+UA) que usava um motor convencional Junkers Jumo 210 de 690 hp, pois o planeado turbojato BMW 003 não estava pronto na época.

Foram realizados apenas testes aerodinâmicos e na estrutura da aeronave. Em 25.03.1942, num vôo experimental com propulsão mista, o PC+UA comandado pelo piloto de testes Fritz Wendel decolou com um motor a hélice Jumo 210 no nariz, mais as duas turbinas BMW 003 nas asas. Pouco depois da descolagem, as turbinas falharam, uma após a outra e Wendel viu-se em grandes dificuldades para aterrar em segurança no aeródromo de Augsburg.
O Me 262 V1 fez seu primeiro vôo com propulsão totalmente a jacto em 02.03.1943. Uma segunda fase de vôos experimentais seria iniciada empregando apenas as turbinas Jumo 004 (Me 262 V3) e em 18.07.1943 o quinto protótipo produzido (Me 262 V5) voaria com roda na biquilha.

No dia 23.07.1943 o caça seria apre-sentado a Hermann Göring e em 26.11.1943 ao próprio Adolf Hitler. Seria nesta última apresentação que ocorreria a decisão que viria atrasar todo o desenvolvimento do projecto e a sua entrada em produção.
Com efeito, Hitler impressionado com as características do avião e convencido da absoluta necessidade de encontrar um sucessor para o estafado bombardeiro de mergulho Ju 87 Stuka insistiu que o Me 262 fosse transformado num bombardeiro.
Esta decisão atrasaria durante um ano a entrada em acção do avião e certamente contribuiu para que a derrota alemã chegasse mais cedo.
Foi construido o primeiro avião deste modelo por Willy Messerschmitt que viria, lógicamente a ser o seu padrinho e faleceu no dia 15 de Setembro de 1973.
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DESPORTO CANINO



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JEAN RENOIR


Jean Renoir nasceu em Paris, em 15 de setembro de 1894. Seu pai, o célebre pintor impressionista Pierre-Auguste Renoir, queria que o filho se tornasse ceramista, mas Jean se inclinava para a carreira militar.
Depois da primeira guerra mundial, na qual foi gravemente ferido, pretendeu cumprir o desejo paterno, mas no início da década de 1920 redescobriu a antiga paixão juvenil pelo cinema.
O primeiro filme que realizou foi La Fille de l'eau (1924; A filha da água), que mais tarde renegou como ingênuo e mal realizado.
Fortemente influenciado, no início da carreira, por Erich von Stroheim, Renoir procurou encontrar, dentro do realismo poético, uma linguagem própria: de Nana (1926) a Le Crime de monsieur Lange (1935), passando por La Petite Marchande d'allumettes (1928; A pequena vendedora de fósforos), La Chienne (1931; A cadela) e Toni (1934), é o cineasta do quotidiano, eminente francês, que compreende e ama a gente simples.
Entre 1935 e 1940 Renoir realizou algumas de suas obras-primas: La Vie est à nous (1936), Le Bas-fond (1936), o lírico e corajoso La Grande Illusion (1937; A grande ilusão), sobre pioneiros da primeira guerra mundial, La Bête humaine (1938; A besta humana) e sobretudo La Règle du jeu (1939; A regra do jogo), obra de grande beleza, mas só conhecida em sua versão integral a partir de 1965.

Depois seus filmes ganharam um tom dramático: os grandes temas são a denúncia da hipocrisia e das convenções, a sátira às classes dirigentes.
Em 1940, com a invasão da França pelos alemães e depois que o êxito de seus filmes o havia elevado à condição de líder do cinema de seu país, transferiu-se para os Estados Unidos.

Em Hollywood, fez Swamp Water (1941; O segredo do pântano) e The Southerner (1946; O sulista). Depois rodou na Índia The River (1951; O rio), em torno da magia do Ganges, e, de volta à França, dirigiu Le Carrosse d'or (1952; O coche de ouro), apoteose de cor e ritmo rodada na Itália, e Eléna et les hommes (1956; As estranhas coisas de Paris), um dos poucos filmes do cineasta lançado no Brasil.
Renoir morreu em Los Angeles, Estados Unidos, em 12 de fevereiro de 1979.
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ÀGUIAS


De vez em quando lá nos dão...uma alegria !
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DE PEQUENINO É QUE SE TORCE O PEPINO



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quarta-feira, setembro 14, 2005

 

O PÃO-DE-LÓ


O Colégio contratou para professor de música o senhor Macedo, mestre de banda em Aguiar da Pena. Dele se apregoava que era pessoa idónea tanto para dirigir orquestra como charanga, e inexcedível de batuta em punho quando regia uma missa a instrumental. Viera das bandas do Porto, mas qual fora o seu passado ninguém investigara, nem houvera ensejo de ele o dizer. Aparecera na vila inculcado aos filarmónicos da terra, que careciam dele, por um patrício com loja de tamanqueiro na Rua Escura. Estipulados os honorários, ali pegou de estaca com mulher e um filho já espigadote. Os directores do Colégio – dizia o P. e Sulpício, o mais melómano dos prefeitos, que inspirados pela Virgem do Heptacórdio – assoldadaram-no pois, e um tufão de jucundidade varreu a bisarma taciturna, sua pedra, abóbadas e horizontes esquálidos. Muitos alunos correram pressurosamente a inscrever-se na aula de música, mediante uma espórtula tão insignificante que não houve papá ou tutor que a não suportasse de bom grado. O senhor Macedo vinha no sábado à tardinha, dava uma primeira lição, e despedia no domingo depois da segunda lição, salvo os dias em que a banda tinha compromisso em festividade ou arraial. Nessa eventualidade trocava os dias com a quarta e quinta-feira. Os alunos, diante deste móvel calendário, no sábado de tarde, durante o recreio, que era a hora crucial para a chegada do mestre, postavam-se aos dois grandes janelões, virados para a serra da Estrela, de olhos no caminho, ao longe, um pouco além do Miradouro, onde ele devia surgir. No Inverno, estava-se a mil metros de altitude, com o frio que inteiriçava a terra, não se pensava em abrir a vidraça, e, muito menos nos dias de codo, quando as árvores se transformam em andores cintilantes de pedrarias. E os rapazinhos comprimiam o nariz contra os vidros, dando cotovelada e espremendo-se para caberem todos. – Está a chegar à nascente – dizia um. – Está nada! É um cabreiro com o rebanho – opunha outro. A distância era grande até a lomba do caminho, e seria preciso ter olhos de lince para distinguir-se dali silhueta humana. Mas cada um deles se entregava a este jogo de curiosidade mental, espreitando por óculo de ver ao longe, calibrado pela fantasia. E amassagavam mais o focinho deslavado contra os rectângulos de vidro, que tinham de varrer com a mão, de quando em quando, embaciados pelo hálito de tantas bocas. Diante deles, até a guarita branca do Miradouro, estendia-se profundo e extenso um horizonte gris e parado de Dezembro. As águas do Longa cortavam com seus filetes brancos e ténues como retrós, tão perto estavam da madre, reluzindo ora aqui ora além por entre os amieiros, a paisagem baça e siderada. Corvos muito grandes e muito negros, que davam a ideia de retingidos a tinta de nanquim, cruzavam a espacidão côncava, animados dum impulso irreal. A Ocidente, uma coluna de fumo, estorgada, fogueira de pastores, subia, subia no ar, dissolvia-se sem cocar nem franjado. Os alunos não se cansavam de olhar. Pois havia alguma dúvida que dum instante para o outro ia descoser da vaguidão do horizonte o vulto tropiqueiro do cavalinho que trazia o senhor Macedo, ou as abas a fraldejar do seu capindó, se vinha a pé? E empinocavam-se uns sobre os outros, pois que o posto de observação era estreito para todos. Choviam os protestos. Trabalhava, por vezes, o sopapo. Uns que tais despegavam-se do cacho às upas.Se o mestre vinha a cavalo, abalavam todos para a portada, e as boas-vindas eram tanto para ele como para o garraninho vermelho, pequenote, de grande cauda vassoiruda e compridas clinas despenteadas, olhos grandes a rir e a dizer para todos: cá estou, amigos, cá estou! Os seus olhos, com efeito, eram lagos de doçura. Abraçavam-no uns pelo pescoço, enquanto outros lhe puxavam o rabo e davam palmadinhas nas ancas. Este ou aquele descobria que, mirando-se no espelho risonho das suas pupilas, era mais pequenino, ágil e mais bonito, e punham-se de joelhos diante dele, porque baixara logo a cabeça e reatava as suas meditações. Em tudo o cavalinho permanecia quieto e benevolente com a petizada, como se estivesse divertido ou hipnotizado.Mas eles breve se saciavam do enlevo, que não sofria renovamento. Uma fífia de flauta ou de violino fazia-os galgar de cambulhada para a sala de música. E dali a pouco a serra coroava-se dum diadema dionisíaco de sons. Às vezes – os tais dias de função nas aldeias –, o viso do caminho a sul escurecia sem despontar o senhor Macedo. Resvés das urzes, ao alto da balsa, onde quanto ao professor de geografia, o P. e Sulpício, o Longa tinha a nascente, um fuminho adensava-se, como se a terra vestisse a sua samarra de noite. O lume de água apagava-se mesmo nos meses pluviais, quando era um candelabro. No Verão, mal luminescia. -Mas, ó padre Sulpício – não perdia ensejo de contestar o P.e Barros, que era marrão – o senhor averiguou bem que ali é que nasce o Longa? Ou decretou? Sim, ele havia decretado contra os ventos e marés da opinião estabelecida que ali nascia o Longa. O senhor Flora, professor de primeiras letras, que era dali natural, sustentava que o Longa nascia no chafariz dos Chantres, ao fundo do lugar. A madre era aquele depósito valente de água, que brotava de duas bicas, com fartura cabonde para abastecer a população. Nos meses tórridos ou meses de inverno pegado, o jorro era inalterável, alimentado por canalículos de granito, que não podiam transportar mais água nem menos, dada a compressão do grande maciço de pedra da serra (pena-penha) sobre a rede subterrânea hidrográfica. O P.e Sulpício, bom homem e grande ratão, sustentava que com certos rios e ribeiros do planalto havia que desconfiar da origem. Geograficamente, qual era ela? A que vinha de mais longe. Ora, tendo contornado a povoação, pelo lado da Senhora da Pena Esquecida, descobrira um fio de água que vinha saltante e cantante lançar-se no arroio proveniente do chafariz dos Chantres. Medira-o até a confluência, e inclinara-se a que fosse aquele o verdadeiro manancial do rio que atravessa montes e vales, rega milharais e hortejos, faz moer centenas de moinhos e azenhas, produz gordos robalos e trutas, lampreias de Ponte Mariz em diante, e enguias em barda para a foz, e forma a ria especiosa que torna Ulmeiro a Veneza de Portugal. Havendo, porém, perlustrado o terreno com os discípulos durante vários passeios dominicais, acabara por descobrir, perto do Miradouro de Aguiar da Pena, uma fontainha vivaz, borbulhão miraculoso que nunca secava, mais longo em profundidade geográfica que as outras nascentes, e tivera de reconvir que era aí que devia considerar-se a origem do Longa. Na aula de geografia, acontecia perguntar: – Menino, onde nasce o Longa? Para o arreliar diziam apenas: – Na serra da Pena...Se o quisessem ver sorrir e de bom humor acrescentassem: – ...junto do Miradouro de Aguiar da Pena.Um pinheiro manso, extático, marcava-lhes no ar, às vezes nebuloso, um alvo menos fugidio aos olhos. Levantava-se ali como um gigante, dos contos antigos, a guardar um vau. Nos dias claros, reflectia-se na bacia de água, que se cavara ao pé, e os pastores vinham sentar-se à sua sombra a britar os pinhões. Macedo era um homem seco de carnes, bronzeado e alto, que se poderia julgar um dos frades de Zurbarán, liberto da coca do capuz. A pele estalava-lhe, recalcada sobre os ossos da face, atando os queixos que, com o bigode caído à Vercingetorix, lhe dava um ar nada comum, o seu tanto tumular. Ria pouco, de humor muito desigual, não obstante ser homem de bom fundo. Umas vezes mostrava-se-nos sombrio de todo, sem chegar a ser brusco, outras vezes a sua efusão, com os padres mormente, expandia-se franca e satisfeita, prevalecendo ao recato monacal, adoptado na Casa. Para os colegiais, a sua presença significava um dia de salvatério à ferrugenta grilheta do hic, haec, hoc, do emprego do nome predicativo, e da crónica do vasto e aborrecido orbe terráqueo. A música era o rubi, o grande rubi sobre que rodava toda a engrenagem da libertação, e por isso, não falando no mais, todos romperam a solfejar e cada um a preparar-se para tanger seu instrumento.

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