sábado, dezembro 17, 2005

 

AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE JOHN LOCKE


Posted by Picasa John Locke
1632 - 1704
Basta!
Um dos mais importantes filósofos ingleses.

Viveu num período conturbado da vida política inglesa.
Partiu para França, onde viveu cinco anos.
Conheceu Descartes.
Viveu na Holanda, onde se envolveu nas lutas religiosas, mas pugnou sempre pela tolerância e liberdade religiosa.
Escreveu Ensaios, depois de laboriosos estudos.
A sua última palavra foi apenas: Basta!

 

IMAGEM DO DIA


Posted by Picasa CAIXAS DA E.D.P.
uma idéia luminosa





















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ALENTEJANANDO


Posted by Picasa Dois alentejanos de Borba encontram-se na rua...
-Atão compadre que cara é essa?
-Ah Zé, tou aqui que na sei!
...Hoje faço 50 anos de casado!
-Eh Maneli parabéns, e atão o que é que vais dar à tua Maria?
-Olha... quando fizemos 25 anos de casados levei-a a Lisboa.
- Grande ideia ! E agora ?
-Agora se calhar...vou lá buscá-la

 

O SANTO DO DIA


Posted by Picasa São Lázaro de Betânia
Comemoramos no dia 17 São Lázaro de Betânia, na Judéia, irmão de Marta e Maria, uma família que Jesus amava e visitava com freqüência.
Em vida, Lázaro foi tocado pelo poder de Jesus que lhe restituiu a vida, fazendo-o sair do túmulo.
Não só a estrondosa ressurreição do túmulo, mas também o culto com que a Igreja o honrou no curso dos séculos.
O evangelista São João faz referências ao milagre.
Quando Jesus chegou, já fazia quatro dias que Lázaro estava no túmulo.
Betânia ficava a uns três quilômetros de Jerusalém.
Marta vendo que Jesus estava chegando, correu ao seu encontro dizendo: "Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas ainda agora eu sei: Tudo o que pedires a Deus, ele te dará".
Jesus respondeu: Teu irmão vai ressuscitar".
A narração com a insólita abundancia de detalhes, constitui um dos pontos salientes do quarto evangelho, pois a ressurreição de Lázaro assume, além de facto histórico, o valor de símbolo e de profecia, como a prefiguração da ressurreição de Cristo.
Mais tarde São Lázaro tornou-se bispo de Chipre.
Foi no século X que o imperador Leão VI transportou suas relíquias de Chipre para Constantinopla.
Oremos:
Senhor, quando todas as esperanças haviam se perdido Jesus devolveu a Lázaro, seu amigo, a vida, libertando-o de todas as amarras da morte.
Que hoje possamos ouvir no íntimo de nós a palavra que ele filho Jesus: "Lázaro, sai para fora! Desamarrem e deixem que ele ande. (João 11,43.44).
Ajudai-nos a crer com firmeza na realidade do céu e do inferno.

 

PAPA GREGÓRIO VIII


Posted by Picasa 174º. Papa da Igreja Católica Romana nascido em Benevento.
Foi eleito papa em Ferrara, em 25 de outubro 1187 e adoptou o nome de Gregório, que significa o que vigia. Conseguiu solucionar as discórdias entre a Igreja e o Império Germânico e ajudou os cristãos da Terra Santa, oprimidos pelos muçulmanos ao proclamar a Terceira Cruzada.
Proclamou a Terceira Cruzada, da qual participariam o imperador do Sacro Império Frederico I, Filipe II e Ricardo I Coração de Leão, constituindo a maior força cruzada já agrupada desde a Primeira Cruzada, organizada pelo papa Urbano II .
Reconciliou Frederico I Barba-Roxa com Roma e morreu em Piza, em 17 de dezembro de 1187, com menos de dois meses como papa e antes de chegar à Roma.
Foi enterrado na catedral de Pisa com todos as honras eclesiásticas possíveis, e sucedido por Clemente III.
O fracasso da Segunda Cruzada permitiu a reunificação das potências muçulmanas e suas tropas, sob o comando do rei muçulmano Saladino, obtiveram o controle do Egito e, finalmente, a invasão do reino cruzado de Jerusalém e a subjugação da maior parte das fortalezas dos latinos no território.
Esta Cruzada conseguiu retomar várias cidades mediterrâneas do controle de Saladino.
Quando Ricardo I partiu da Palestina, o reino latino havia sido restabelecido, perdurando, porém, em condições precárias por mais um século.
As Cruzadas posteriores não obtiveram, nem de longe, os êxitos militares da Terceira Cruzada. Por exemplo, já no papado de Inocêncio III, durante a Quarta Cruzada, portanto com apenas dois anos de duração, no meio de grandes dificuldades financeiras seus chefes concordaram em atacar Constantinopla, que foi saqueada sem piedade, descaracterizando toda sua finalidade cristã.

 

MARGUERITE YOURCENAR


Posted by Picasa Marguerite de Crayencour nasceu em Bruxelas em 1903 numa família aristocrática, de mãe belga , que morreu dias depois do seu nascimento, e de pai francês.
Desde muito cedo aprendeu inglês, latim e grego.
Em 1914 parte com o pai para Paris e, desde essa altura, a maior parte da sua vida vai vivê-la em viagens, sobretudo através da Itália e da Grécia.
Começou a escrever na adolescência e continuou a fazê-lo depois da morte do pai que a deixou numa situação financeira confortável.
Levou vida de nómada até ao eclodir da 2ª Guerra Mundial, altura em que se fixou nos Estados Unidos.
Naturalizou-se americana em 1947.
O nome Yourcenar é um anagrama imperfeito do seu nome original Crayencour.
As obras literárias de Yourcenar são notáveis pelo seu estilo clássico, a sua erudição e subtileza psicológica.
Nos seus livros mais importantes, recria eras e personagens do passado, meditando sobre o destino humano, a moralidade e o poder.
A sua obra prima Memórias de Adriano (1951) é um romance histórico sobre as memórias fictícias do imperador do século II .
Outro romance histórico, A Obra ao Negro (1968) é uma biografia imaginária de um alquimista e erudito do século XVI.
Yourcenar traduziu numerosos romances ingleses e americanos para a língua francesa.
Em 1981 torna-se a primeira mulher membro da Academia Francesa, instituído em 1635 por Richelieu.
Para se ser membro da Academia Francesa é necessário ter a nacionalidade francesa.
Yourcenar tinha-se tornado americana, no entanto, o Presidente da República Francesa concedeu-lhe a dupla nacionalidade em 1979.
Em Outubro de 1987, foi-lhe atribuído o Grande Prémio Escritor Europeu do Ano, em Estrasburgo, durante o I Festival Europeu de Escritores.
Não se assumindo como fazendo parte de nenhuma corrente literária, Marguerite Yourcenar é mundialmente consagrada como uma das maiores escritoras contemporâneas.
Faleceu no dia 17 de Dezembro de 1987.

 

LEOPOLDO II


Posted by Picasa Leopold Louis-Philippe Marie Victor de Saxe-Coburgo-Gotha Saxe que nasceu no dia 9 de Abril de 1835 e faleceu no dia 17 de Dezembro de 1909 foi Rei da Bélgica entre 1865 e a sua morte, sucedendo ao pai, o Rei Leopoldo I no trono da Bélgica.
É lembrado como o fundador do Estado Livre do Congo, projecto territorial belga assente na exploração do trabalho africano para extracção de borracha e marfim, que conduziu mais tarde ao estado do Zaire, hoje República Democrática do Congo.

 

PAPA CAIO


Posted by Picasa No Livro dos Papas, da Igreja, encontramos registrado que o Papa Caio, nasceu na Dalmácia, actual território da Bósnia, de família cristã da nobreza romana, ligada por parentesco ao imperador Diocleciano, irmão do padre Gabino e tio de Suzana, ambos canonizados.
Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283.
Governou a Igreja durante treze anos, num período de longa trégua nas perseguições anticristãs, que já vinham sendo bem atenuadas.
Também, ocorria uma maior abertura na obtenção de concessões para as construções de novas igrejas, bem como para as ampliações dos cemitérios cristãos.
Ele contou com a ajuda de seu irmão, padre Gabino e da sobrinha Suzana, que havia se consagrado à Cristo.
Antes de ser escolhido Papa, os dois irmãos sacerdotes tinham transformado em igreja, a casa em que residiam.
Lá, ouviam os aflitos, pecadores; auxiliavam os pobres e doentes; celebravam as missas, distribuíam a eucaristia e ministrados os sacramentos do baptismo e do casamento.
Isto porque, a Igreja não tinha direito à propriedade, pois não era reconhecida pelo Império.
O grande contratempo enfrentado pelo Papa Caio se deu no âmbito interno do próprio clero, devido a crescente multiplicação de heresias, criando uma grande confusão aos devotos cristãos. A última pela ordem cronológica, na época, foi a de "Mitra".
Esta heresia era do tipo maniqueísta, de origem asiática, para a qual Deus assumia em si a contraposição celeste da luz e da treva.
Esta e outras ele baniu por completo, criando harmonia entre os cristãos.
Através dos antigos escritos da Igreja, apesar do parentesco com o imperador, o Papa se recusou a ajudar Diocleciano, que pretendia receber a sobrinha dele como sua futura nora.
Segundo se verificou nos antigos escritos, este teria sido o motivo da ira do soberano, para o severo decreto que mandou matar todos os cristãos, começando pelos três parentes.
Papa Caio morreu decapitado em 22 de abril de 296.
A Igreja confirmou a sua santificação e o seu martírio, até pelo facto de que Diocleciano encerrou por completo as perseguições somente no ano 303.
As suas relíquias foram depositadas primeiro no cemitério de São Calisto.
Depois, em 631 foram trasladadas para a igreja que foi erguida no local da casa onde ele viveu, em Roma.
A Igreja o reverencia com o culto litúrgico marcado para o dia de sua morte.

 

IRMÃOS WRIGHT


Posted by Picasa Pioneiros da aviação norte-americana, Orville Wright nasceu em Dayton, Ohio em 1871, e Wilbur Wright, em Millville, Indiana em 1867.
Os dois irmãos, que possuíam uma oficina de bicicletas em Dayton, lançaram-se à construção de planadores, entusiasmados pelos ensaios realizados por Otto Lilienthal, na Alemanha, e Chanute e Langley, nos EUA.
Segundo um diário que então escreveram, os irmãos Wright voaram num aeroplano chamado “Flyer”, com motor de 12 c.v., a 17 de dezembro de 1903, em Kitty Hawk na Carolina do Norte. O diário regista três outros vôos com o mesmo aparelho, dos quais um de 59 segundos à velocidade de 50 km/h e um outro, a 5 de Outubro de 1905.
Os irmãos Wright tentaram vender sua aeronave ao Exército dos EUA em 1905; depois ao governo francês em 1906; e, posteriormente, a um grupo de industriais.

Não obtiveram sucesso.
Em 1907 foram à Europa, onde prosseguiram as negociações para a venda do invento.

Somente em 1908 realizaram experiências públicas de vôo no Velho Mundo.
Daí em diante, obtiveram grandes sucessos.
O Exército norte-americano aceitou, finalmente, o avião em 1909, mas só anos depois é que os irmãos Wright passaram a ser considerados pelo governo dos EUA como inventores do aeroplano.
A primeira morte ocorrida em um acidente aeronáutico, a do Tenente Thomas E. Selfridge, foi com um avião fabricado pelos Irmãos Wright.
Orville Wright faleceu em Dayton em 1948 enquanto que Wilbur, em 1912, na mesma cidade.

 

LOPES GRAÇA


Posted by Picasa A 17 de Dezembro de 1906, não longe da capital, em Tomar, nasce Fernando Lopes-Graça.
Sobre a sua pequena cidade natal escreverá que é onde «o monumento completa a paisagem; a paisagem é o quadro digno do monumento; e a luz é o elemento transfigurador e glorificador da união quase consubstancial da Natureza com a Arte.»
Cresce no seio de uma família da pequena burguesia.

O pai toma de trespasse o hotel que fora do padrinho.
Entre os trastes que mobilam a casa, um velho piano.
A brincar, o pequeno Fernando matraqueia o teclado.
É o acaso que se lhe proporciona estudar música a sério.
O tenente Aboim é hóspede no hotel paterno.
Entusiasmado com as habilidades da criança, insiste para que tenha lições com a filha do seu general.
A completar este cenário, aristocratas e republicanos digladiam-se entre os sonidos da Serenata Tomarense e a Banda do Regimento.

A populaça assiste à refrega entre as duas bandas rivais: Gualdim Pais, a «Música do pau teso», e a Nabantina, a «Música do cu aberto»; assim chamadas devido a estranhos ornamentos dos seus bonés.
A propósito do meio musical em que cresceu escreverá com humor Lopes-Graça: « Eu até entrei na música pelas mãos da tropa, e não pelas da Igreja ou da Nobreza, como nos belos tempos em que o músico era ungido do Senhor ou de Sais!».

Apesar de tudo, num café de Tomar, através de um radio-receptor, ouve pela primeira vez "O Mar" de Debussy, dirigido por Toscanini.
Descoberta decisiva nos caminhos futuros da sua formação e linguagem musical.
Aos 14 anos é pianista no Cine-Teatro de Tomar.

Contra o que é habitual toca Debussy e compositores russos contemporâneos, a solo ou integrado no quinteto que formou.
Em 1923 ingressa no Curso Superior do Conservatório de Lisboa.

São seus professores: Adriano Meira (Curso Superior de Piano), Tomás Borba (Composição) e Luís de Freitas Branco (Ciências Musicais).
Em 1927 inscreve-se na Aula de Virtuosidade de um antigo aluno de Liszt, José Viana da Mota, seu mestre e amigo.
Matricula-se no ano seguinte na Faculdade de Letras de Lisboa em Ciências Históricas e Filosóficas.

Apresenta-se pela primeira vez como compositor interpretando ele próprio as Variações sobre um tema popular português (1927) para piano solo.
Funda em Tomar o semanário republicano «A Acção».
Em 1929, com Pedro Prado, publica no Conservatório de Lisboa a revista «Música».
Em 1931 abandona a Faculdade de Letras de Lisboa como protesto contra certas medidas coercivas tomadas pelo Conselho Escolar durante uma greve académica.

Termina o Curso Superior de Composição com a mais alta distinção.
Obtém a 1ª classificação para o lugar de professor de piano e solfejo do Conservatório.
Não chega a tomar posse por motivos políticos.
É preso, desterrado para Alpiarça e escreve: «Revolução e Liberdade são sinónimos, são equivalentes. São leis imutáveis gravadas na face do Cosmo, eternas e divinas como ele.»

 

GOMES DA COSTA


Posted by Picasa Manuel de Oliveira Gomes da Costa que nasceu emLisboa no dia 14 de Janeiro de 1863 e faleceu no dia 17 de Dezembro de 1929, oficial do exército e político português, décimo presidente da República Portuguesa.
Enquanto militar, destacou-se nas campanhas de pacificação das colónias, em África e na Índia, e ainda na Grande Guerra.
Enquanto político, foi o líder que a direita conservadora encontrou para liderar a Revolução de 28 de Maio de 1926, com início em Braga (isto após a morte do general Alves Roçadas, que deveria ter sido o seu chefe).
Não assumiu de início o poder, que foi confiado a Mendes Cabeçadas, o líder da revolução em Lisboa; como os revolucionários julgassem a atitude deste um pouco frouxa, Gomes da Costa viria, após sucessivas reuniões conspirativas mantidas no quartel-general de Sacavém, a alcançar o Poder, após um golpe ocorrido em 17 de Junho de 1926.
No entanto, o seu governo não durou muito mais que o de Mendes Cabeçadas; em 9 de Julho do mesmo ano, uma nova contra-revolução, chefiada pelo general Óscar Carmona, derrubou Gomes da Costa, incapaz de lidar com os dossieres governativos.
Carmona, agora Presidente do Conselho de Ministros, enviou-o para o exílio nos Açores, e fê-lo Marechal do Exército português.

Em Setembro de 1927, regressou à Metrópole, tendo falecido em condições miseráveis, sozinho e pobre

 

ERICO VERÍSSIMO


Posted by PicasaErico Lopes Verissimo nasceu em Cruz Alta (RS) no dia 17 de dezembro de 1905, filho de Sebastião Verissimo da Fonseca e Abegahy Lopes Verissimo.Em 1909, com menos de 4 anos, vítima de meningite, agravada por uma broncopneumonia, quase vem a falecer. Salva-se graças à interferência do Dr. Olinto de Oliveira, renomado pediatra, que veio de Porto Alegre especialmente para cuidar de seu problema.Inicia seus estudos em 1912, freqüentando, simultaneamente, o Colégio Elementar Venâncio Aires, daquela cidade, e a Aula Mista Particular, da professora Margarida Pardelhas. Nas horas vagas vai ao cinema Biógrafo Ideal ou vê passar o tempo na Farmácia Brasileira, de seu pai.Aos 13 anos, lê autores nacionais — Coelho Neto, Aluísio Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, Afrânio Peixoto e Afonso Arinos. Com tempo livre, tendo em vista o recesso escolar devido à gripe espanhola, dedica-se, também, aos autores estrangeiros, lendo Walter Scott, Tolstoi, Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoievski.Em 1920, vai estudar, em regime de internato, no Colégio Cruzeiro do Sul, de orientação protestante, localizado no bairro de Teresópolis, em Porto Alegre. Tem bom desempenho nas aulas de literatura, inglês, francês e no estudo da Bíblia.Seus pais separam-se em dezembro de 1922. Vão — sua mãe, o irmão e a filha adoptiva do casal, Maria, morar na casa da avó materna. Para ajudar no orçamento doméstico, torna-se balconista no armazém do tio Americano Lopes. Os tempos difíceis não o separam dos livros: lê Euclides da Cunha, faz traduções de trechos de escritores ingleses e franceses e começa a escrever, escondido, seus primeiros textos. Vai trabalhar no Banco Nacional do Comércio.Continua devorando livros. Em 1923. Lê Monteiro Lobato, Oswald e Mário de Andrade. Incentivado pelo tio materno João Raymundo, dedica-se à leitura das obras de Stuart Mill, Nietzsche, Omar Khayyam, Ibsen, Verhaeren e Rabindranath Tagore.No ano seguinte, a família da mãe muda-se para Porto Alegre, a fim de que seu irmão, Ênio, faça o ginásio no Colégio Cruzeiro do Sul. Infelizmente a mudança não dá certo. O autor, que havia conseguido um lugar na matriz do Banco do Comércio, tem problemas de saúde e perde o emprego. Após tratar-se, emprega-se numa seguradora mas, por problemas de relacionamento com seus superiores, passa por maus momentos. Morando num pequeno quarto de uma casa de cômodos e diante de tantos insucessos, a família resolve voltar a Cruz Alta.Erico volta a trabalhar no Banco do Comércio, como chefe da Carteira de Descontos, em 1925. Toma gosto pela música lírica, que passa a ouvir na casa de seus tios Catarino e Maria Augusta. Seus primos, Adriana e Rafael, filhos do casal, seriam os primeiros a ler seus escritos.Logo percebe que a vida de bancário não o satisfaz. Mesmo sem muita certeza de sucesso, aceita a proposta de Lotário Muller, amigo de seu pai, de tornar-se sócio da Pharmacia Central, naquela cidade, em 1926. Em 1927, além dos afazeres de dono de botica, dá aulas particulares de literatura e inglês. Lê Oscar Wilde e Bernard Shaw. Começa a sedimentar seus conhecimentos da literatura mundial lendo, também, Anatole France, Katherine Mansfield, Margareth Kennedy, Francis James, Norman Douglas e muitos outros mais. Começa a namorar sua vizinha, Mafalda Halfen Volpe, de 15 anos.O mensário “Cruz Alta em Revista” publica, em 1929, “Chico: um conto de Natal” que, por insistência do jornalista Prado Júnior, Erico havia consentido. O colega de boticário e escritor Manoelito de Ornellas envia ao editor da “Revista do Globo”, em Porto Alegre, os contos “Ladrão de gado” e “A tragédia dum homem gordo”, onde, aprovadas, foram publicadas.Erico remete a De Souza Júnior, director do suplemento literário “Correio do Povo”, o conto “A lâmpada mágica”. Esse, segundo testemunhas, o publica sem ler, o que dá ao autor notoriedade no meio literário local.Com a falência da farmácia, em 1930, o autor muda-se para Porto Alegre disposto a viver de seus escritos. Passa a conviver com escritores já renomados, como Mario Quintana, Augusto Meyer, Guilhermino César e outros. No final do ano é contratado para ocupar o cargo de secretário de redação da “Revista do Globo”, cargo que ocupa no início do ano seguinte.Em 1931 casa-se, em Cruz Alta, com Mafalda Halfen Volpe. Lança sua primeira tradução, “O sineiro”, de Edgar Wallace, pela Seção Editora da Livraria do Globo. No mesmo ano traduz desse escritor “O círculo vermelho” e “A porta das sete chaves”. Colabora na página dominical dos jornais “Diário de Notícias” e “Correio do Povo”.Em 1932, é promovido a Director da “Revista do Globo”, ocasião em que é convidado por Henrique Bertaso, gerente do departamento editorial da “Livraria do Globo”, a actuar naquela secção, indicando livros para tradução e publicação. Sua obra de estréia, “Fantoches”, uma coletânea de histórias em sua maior parte na forma de peças de teatro. Foram vendidos 400 exemplares dos 1.500 publicados. A sobra, um incêndio queimou. Traduz, em 1933, “Contraponto”, de Aldous Huxley, que só seria editado em 1935.Seu primeiro romance, “Clarissa”, é lançado com tiragem de 7.000 exemplares. Seu romance “Música ao longe” o faz ser agraciado com o Prêmio Machado de Assis, da Cia. Editora Nacional, em 1934. No ano seguinte, nasce sua filha Clarissa. Outro romance, “Caminhos cruzados”, recebe o Prêmio Fundação Graça Aranha. O autor admite a associação desse romance a “Contraponto”, de Aldo Huxley, o que faz com que seja mal recebido pela direita e atice a curiosidade e a vigilância do Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul, que chegou a chamá-lo a depor, sob a acusação de comunismo. São publicados, ainda nesse ano, “Música ao longe” e “A vida de Joana d’Arc”. Realiza sua primeira viagem ao Rio de Janeiro (RJ), onde faz contacto com Jorge Amado, Murilo Mendes, Augusto Frederico Schmidt, Carlos Drummond de Andrade, José Lins do Rego e outros mais. Seu pai falece.Em 1936, publica seu primeiro livro infantil, “As aventuras do avião vermelho”. Lança, também, “Um lugar ao sol”. Cria o programa de auditório para crianças, “Clube dos três porquinhos”, na Rádio Farroupilha, a pedido de Arnaldo Balvé. Dessa idéia surge a “Colecção Nanquinote”, com os livros “Os três porquinhos pobres”, “Rosa Maria no castelo encantado” e “Meu ABC”. Lança a revista “A novela”, que oferecia textos canônicos ao lado de outros, de puro entretenimento. Nasce seu filho Luis Fernando. É eleito presidente da Associação Rio-Grandense de Imprensa.O DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, exige que o autor submeta previamente àquele órgão as histórias apresentadas no programa de rádio por ele criado, em 1937. Resistindo à censura prévia, encerra o programa. Outra reacção ao nacionalismo ufanista da ditadura Vargas se faz sentir na versão para didática da história do Brasil em “As aventuras de Tibicuera”.Um de seus maiores sucessos, “Olhai os lírios do campo”, é lançado em 1938. Publica, nesse mesmo ano, “O urso com música na barriga”, da “Colecção Nanquinote”.Erico passa a dedicar a maior parte de seu tempo ao departamento editorial da Globo, em 1939. Em companhia de seus companheiros Henrique Barroso e Maurício Rosenblatt, é responsável pelo sucesso estrondoso de colecções como a Nobel” e da “Biblioteca dos Séculos”, nas quais eram encontrados traduções de textos de Virginia Wolf, Thomas Mann, Balzac e Proust. Mesmo assim, com todo esse trabalho, arranja tempo para lançar, ainda da série infantil, “A vida do elefante Basílio” e “Outra vez os três porquinhos”, e o livro de ficção científica “Viagem à aurora do mundo”.Em 1940, lança “Saga”. Pronuncia conferências em São Paulo (SP). Traduz “Ratos e homens”, de John Steinbeck; “Adeus Mr. Chips” e “Não estamos sós”, de James Hilton; “Felicidade” e “O meu primeiro baile”, de Katherine Mansfield. Faz sua primeira noite de autógrafos na Livraria Saraiva. Passa três meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado americano, em 1941, proferindo conferências. As impressões dessa temporada estão em seu livro “Gato preto em campo de neve”. Ele e seu irmão Enio são testemunhas de um suicídio: uma mulher se atira do alto de um edifício quando conversavam na praça da Alfândega, em Porto Alegre. Esse acontecimento é aproveitado em seu livro “O resto é silêncio”.A censura no estado novo continuava atenta. A Globo cria a Editora Meridiano, uma subsidiária secreta para lançar obras que pudessem desagradar ao governo. Essa editora publica “As mãos de meu filho”, reunião de contos e outros textos, em 1942.No ano seguinte, publica “O resto é silêncio”, livro que merece críticas pesadas do clero local. Temendo que a ditadura Vargas viesse a causar-lhe danos e á sua família, aceita o convite para lecionar Literatura Brasileira na Universidade da Califórnia feito pelo Departamento de Estado americano. Muda-se para Berkley com toda a família.O Mills College, de Oakland, Califórnia, onde dava aulas de Literatura e História do Brasil, confere-lhe o título de doutor Honoris Causa, em 1944. É publicado o compêndio “Brazilian Literature: An Outline”, baseado em palestras e cursos ministrados durante sua estada na Califórnia. Esse livro foi publicado no Brasil, em 1955, com o título “Breve história da literatura brasileira”. Passa o ano de 1945 fazendo conferências em diversos estados americanos. Retorna ao Brasil. Em 1946, publica “A volta do gato preto”, sobre sua vida nos Estados Unidos.Inicia, em 1947, a escrever “O tempo e o vento”. Previsto para ter um só volume, com aproximadamente 800 páginas, e ser escrito em três anos, acabou ultrapassando as 2.200 páginas, sob a forma de trilogia, consumindo quinze anos de trabalho. Traduz “Mas não se mata cavalo”, de Horace McCoy. Faz a primeira adaptação para o cinema de uma obra de sua autoria: “Mirad los lírios Del campo”, produção argentina dirigida por Ernesto Arancibia que tinha em seu elenco Mauricio Jouvet e Jose Olarra.No ano seguinte, dedica-se a ordenar as anotações que vinha guardando há tempos e dar forma ao romance “O continente”. Traduz “Maquiavel e a dama”, de Somerset Maugham.”O continente”, primeiro volume de “O tempo e o vento”, é finalmente publicado, em 1949, recebendo muitos elogios da crítica. Recebe o escritor franco-argelino Albert Camus, autor de “A peste”, em sua passagem por Porto Alegre. No ano de 1951, é lançado o segundo livro da trilogia “O tempo e o vento”: “O retrato”. O trabalho não tão bem recebido pela crítica como o primeiro livro.Assume, em 1953, a convite do governo brasileiro, em Washington, E.U.A., a direcção do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana, na Secretaria da Organização dos Estados Americanos, substituindo a Alceu Amoroso Lima.No ano seguinte, é agraciado com o prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Lança “Noite”, novela que é traduzida na Noruega, França, Estados Unidos e Inglaterra. Visita, face às funções assumidas junto à OEA, diversos países da América Latina, proferindo palestras e conferências. De volta ao Brasil, em 1956, lança “Gente e bichos”, coleção de livros para crianças. Sua filha casa-se com David Jaffe e vai morar nos Estados Unidos. Dessa união nasceriam seus netos Michael, Paul e Eddie.Em 1957, publica “México”, onde conta as impressões da viagem que fizera àquele país.”O arquipélago”, terceiro livro da trilogia “O tempo e o vento”, começa a ser escrito em 1958. Tem um mal-estar ao discursar na abertura de um congresso em Porto Alegre. Consegue se refazer e disfarçar o ocorrido.Acompanhado de sua mulher e do filho Luis Fernando, faz sua primeira viagem à Europa, em 1959. Expõe sua defesa à democracia em palestras proferidas em Portugal e entra em choque com a ditadura salazarista. Lança “O ataque”, que reunia três contos: “Sonata”, “Esquilos de outono” e “A ponte”, além de um capítulo inédito de “O arquipélago”. Passa uma temporada na casa de sua filha, em Washington.Dedica-se, em 1960, a escrever “O arquipélago”.Em 1961, sofre o primeiro infarto do miocárdio. Após dois meses de repouso absoluto, volta aos Estados Unidos com sua mulher. Saem os primeiros tomos de “O arquipélago”. O terceiro tomo de “O Arquipélago” é publicado em 1962, concluindo o projecto de “O tempo e o vento”. O volume é considerado uma obra-prima. Visita a França, Itália e a Grécia.A mãe do biografado falece em 1963.Em 1964, seu filho Luis Fernando casa-se com Lúcia Helena Massa, no Rio de Janeiro, cidade para a qual ele se mudara em 1962. Dessa união nasceriam Fernanda, Mariana e Pedro. Insurge-se contra o golpe militar e dirige manifesto a seus leitores em defesa das instituições democráticas. Recebe o título de “Cidadão de Porto Alegre”, conferido pela Câmara de Vereadores daquela cidade.Ganha o Prêmio Jabuti – Categoria “Romance”, da Câmara Brasileira de Livros, em 1965, com o livro “O senhor embaixador”. Volta aos Estados Unidos.A convite do governo de Israel, visita aquele país em 1966. Vai aos Estados Unidos, mais uma vez, visitar seus familiares. Escreve “O prisioneiro”, que seria lançado em 1967. A Editora José Aguilar, do Rio de Janeiro, publica, em cinco volumes, o conjunto de sua ficção completa. Desse conjunto faz parte uma pequena autobiografia do autor, sob o título “O escritor diante do espelho”. ”O tempo e o vento”, sob a direcção de Dionísio Azevedo, com adaptação de Teixeira Filho, estréia na TV Excelsior, em 1967. No elenco, Carlos Zara, Geórgia Gomide e Walter Avancini. É agraciado com o prêmio “Intelectual do ano” (Troféu Juca Pato”), em 1968, em concurso promovido pela “Folha de São Paulo” e pela “União Brasileira de Escritores”.No ano seguinte, a casa onde Erico nascera, em Cruz Alta, é transformada em Museu Casa de Erico Verissimo. Lança “Israel em abril”.Em 1971, é editado o livro “Incidente em Antares”. Em 1972, comemorando os 40 anos de lançamento de seu primeiro livro, relança “Fantoches”, onde o autor acrescentou notas e desenhos de sua autoria.Amplia sua autobiografia, publicada em 1966, fazendo surgir suas memórias — sob o título de “Solo de clarineta” — cujo primeiro volume é publicado em 1973.O escritor falece subitamente no dia 28 de novembro de 1975, deixando inacabada a segunda parte do segundo volume de suas memórias, além de esboços de um romance que se chamaria “A hora do sétimo anjo”.

 

SIMON BOLIVAR


Posted by Picasa Simon Bolívar nasceu no dia 24 de julho de 1783 em Caracas, na Venezuela.
De família aristocrata, descendente de espanhóis, ele tornou-se órfão aos 9 anos.
Ainda muito jovem, visitou diversos países europeus, e foi enviado em 1799 a Madrid, na Espanha, para completar sua educação.
Aos 18 anos, Bolívar casou-se com Maria Teresa de Toro e, em 1802, o casal foi a Caracas, aonde, após seis meses de matrimônio, a jovem veio a falecer.
Em 1804, Bolívar retornou à Europa, visitando a França e a Itália.
Ele ficou extremamente impressionado com Napoleão Bonaparte, que havia sido coroado imperador, e o jovem Bolívar então passou a sonhar em ter a glória semelhante.
Quando Bolívar foi a Roma, fez seu famoso juramento, no Monte Sacro, de libertar a América do Sul.
Em 1808, Napoleão Bonaparte invadiu a Espanha, depôs a dinastia Bourbon e nomeou seu irmão José como rei espanhol.
Todas as colônias espanholas recusaram-se a reconhecer a autoridade de Bonaparte.
Alguns continuaram aderindo à família real espanhola, enquanto outros decidiram perseguir a independência.
A revolução contra o domínio espanhol teve início na Venezuela, em 1810, com a deposição do governante espanhol.
Uma declaração formal de independência foi feita em 1811, e no mesmo ano, Bolívar tornou-se oficial do exército revolucionário.
Porém, em 1812, tropas espanholas retomaram o poder na Venezuela.
O líder da revolução venezuelana, Francisco Miranda, foi preso e Bolívar deixou o país.
Nos anos seguintes ocorreram diversas guerras.

As vitórias venezuelanas eram seguidas por derrotas esmagadoras, mas Bolívar nunca desistiu. Em dezembro de 1819, foi proclamada a República da Colômbia.
E, em 1821, Bolívar finalmente libertou a Venezuela na Batalha de Carbobo e um de seus mais talentosos oficiais, Antonio José de Sucre, libertou o Equador na Batalha de Pichincha, em maio de 1822.
Enquanto isso, o patriota argentino José de San Martin libertava a Argentina e o Chile, e iniciava a libertação do Peru.
Bolívar chegou ao Peru em 1823 e prevaleceu sobre o governo real espanhol na Batalha de Junin, em agosto de 1824.
Mas foi Sucre que assegurou uma vitória total, ao esmagar as tropas espanholas em Ayacucho, em dezembro de 1824.
A guerra pela independência estava vencida.
Após as vitórias militares, Simon Bolívar encontrava-se numa posição extraordinária.
Ele era presidente da Colômbia, ditador do Peru e presidente da recém-formada Bolívia, região que havia sido chamada de Alto Peru nos tempos coloniais.
O novo país foi assim chamado em sua homenagem.
Após realizar seu sonho de libertar seu país e outras nações sul-americanas do controle espanhol, o objectivo seguinte de Simon Bolívar foi de o de se tornar um líder e estadista sul-americano.

Bastante impressionado com os Estados Unidos da América, Bolívar planeou realizar uma federação das nações da América do Sul.
De fato, Venezuela, Colômbia e Equador já constituíam a República da Grande Colômbia, sob a presidência de Bolívar.
Mas diferentemente dos Estados Unidos, as tendências de independência nacional no continente não podiam ser ignoradas.
Quando Bolívar convocou o Congresso das Nações da América Hispânica, em 1826, apenas quatro países compareceram.
No entanto, ao invés de mais países se unirem à Grande Colômbia, o oposto ocorreu: a república começou a se repartir.

Para agravar a situação, uma guerra civil irrompeu na Colômbia em 1826.
Bolívar tentou evitar uma separação definitiva das regiões em conflito.
Ele conseguiu que ocorresse uma reconciliação temporária e convocou uma nova assembléia constituinte em 1828, mas não concordou com as deliberações do corpo legislativo e assumiu poderes ditatoriais temporariamente.
A oposição a Bolívar começou a crescer repentinamente e em 25 de setembro de 1828, ele escapou por pouco de uma tentativa de assassinato.
Bolívar não conseguiu manter a confederação dos países da América do Sul.

Por volta de 1830, Venezuela e Equador já haviam deixado a união, e Bolívar, percebendo que suas ambições políticas eram uma ameaça à paz regional, renunciou em abril do mesmo ano. Quando faleceu, em 17 de dezembro de 1830, ele estava deprimido, pobre, e havia sido exilado de seu país de origem, a Venezuela.
Ele morreu de tuberculose em Santa Marta, na Colômbia.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

 

WILLIAM SOMERSET MAUGHAM


Posted by Picasa William Somerset Maugham nasceu a 25 de janeiro de 1874, em Paris, quando seu pai era procurador da embaixada britânica, lá vivendo até os dez anos.
Em 1927 fixou residência na Riviera Francesa, onde veio a falecer no dia 16 de Dezembro de 1965.

Frequentou a King's Scool de Canterbury, e formou-se em medicina no ano de 1897, no St. Thomas Hospital; nunca, porém exerceu a profissão. Estreou na literatura com O Pecado de Liza (1897), livro que não teve muito sucesso, pois feriu a mentalidade vitoriana de então.
Suas primeiras peças ao contrário, tornaram-no popular.
Em 1915 escreveu Servidão Humana , considerado sua obra prima e no qual, a par de traduzir as experiencias juvenis como médico, deu livre expressão a seu pontos de vista sobre a vida e o homem em sociedade.
Autor de uma extensa obra, que inclui contos, novelas, romances, peças teatrais, ensaios e narrativas de viagens, Maugham é considerado um mestre da narrativa curta e da comédia de costumes e conceituado como um dos maiores escritores da lingua inglêsa.
Os problemas religiosos e morais são frequentes em seus livros, como em O Véu Pintado (1925) e O Fio da Navalha (1944) que como também Servidão Humana foi tema de filme em Hollywood, este último em 3 versões (1934 - Leslie Howard e Bette Davis 1946 - Paul Henreid e Eleanor Parker 1964 - Laurence Harvey e Kim Novak, respectivamente, nos papéis de Philip Carey e Mildred Rogers) .
Entre suas obras mais conhecidas estão Um gosto e seis vinténs (1919), inspirada na vida de Gauguin, e Histórias dos Mares do Sul .

 

MARIZA


Posted by Picasa Nasceu em Moçambique no dia 16 de Dezembro de 1973, mas vive em Portugal desde os três anos. Mariza é uma moçambicana com a alma moldada na Mouraria - “vivi num bairro típico de Lisboa e sempre cantei o fado, eu sei o que é, entendo-me nele” -, foi neste bairro que ouviu os primeiros fadistas, muitos, tantos que não se recorda de todos os nomes e os seus rostos esfumam-se na memória, mas estas “reminiscências sobrevivem no meu cantar”. Assim, aos cinco anos aprendia letras através de autênticas bandas desenhadas feitas pelo pai e participava já, ocasionalmente, em sessões de Fado.
Este envolvimento fadista existiu desde sempre, mesmo se a sua voz se fez ouvir noutros ritmos, mas a distância de Lisboa trouxe-a ao fado mais convicta do que nunca e esse empenhamento foi notado quando em 2001 edita o seu primeiro álbum, “Fado em mim”. Os títulos dos seus álbuns explicam sempre a sua atitude e forma de estar. Em “Fado em mim” sente-se tanto fado, tanto sentimento, tanto passado e tanto futuro que se antevê um soltar amarras. Um álbum, tripla platina em Portugal, que a impulsiona para a cena internacional que lhe reconhece o talento. A imprensa estrangeira não hesita e atesta que nasceu uma nova estrela. Plateias de vários países acolhem-na entusiasticamente.
A sua energia em palco não passa despercebida. Logo, em 2002, no Festival de Verão do Quebeque é distinguida com o First Award – Most Outstanding Performance. Mariza encara o palco como a sua “sala de estar onde recebo os amigos” e o público sente esse acolhimento. Actua no Central Park de Nova Iorque, no mítico Hollywood Bowl, no Festival Womad, esgota o Centro Cultural de Belém, em Lisboa e a Purcell Room no Royal Festival Hall, em Londres.
Nesse mesmo ano a BBC Radio 3 considera-a Melhor Artista Europeia na área de World Music, Mariza tinha já conquistado os britânicos aquando da sua actuação no programa de Jools Holland, considerada uma das melhores, razão pela qual foi incluída no DVD comemorativo do lendário programa da BBC TV. Em Março de 2003 recebe o galardão das mãos de Michael Nyman, no Hackney’s Ocean que fez silêncio para a ouvir cantar. Acha uma ousadia e uma tremenda responsabilidade o facto de a considerarem a nova diva do fado, a sucessora da Amália, voz de Portugal. Mas, se os seus curtos cabelos louros e os longos vestidos coloridos teimam em distanciá-la da típica imagem de fadista, a verdade é que basta ouvi-la cantar uma só nota para entender a razão de todas as comparações. Mariza (com "z", por teimosia do pai) teve um percurso muito pouco tradicional até atingir o topo da escalada musical. Na Mouraria, onde o fado parece ecoar pelas estreitas ruas carregado pela brisa, as notas entraram-lhe no sangue. E foi lá que ficaram até surgirem numa torrente despretensiosa de liberdade. Mariza faz questão de explicar que foi o fado que a escolheu. Mas talvez essa sua certeza advenha do facto de, como ela própria o diz, "o fado ser um sentimento e não propriamente uma música". E é com convicção que afirma que quando canta consegue sentir tudo. E é provavelmente essa simplicidade ao cantar que cativa todos aqueles que a ouvem. Quando os seus guitarristas começam a tocar, ela ainda não está no palco. Tocam com muita energia, abruptamente. Ainda mal se vê no palco, já a sua voz se ergue forte, então ela aparece, alta, sob a saia longa. É uma nova estrela do fado, é claro. O público apercebe-se disso imediatamente. Mantém o contacto com o público durante o tempo todo. E se as pessoas batem palmas com pouca força, ela fitando o público, lentamente eleva a palma da mão à orelha num movimento de escuta. Logo os aplausos se tornam mais fortes. Ela sorri. Há uma inegável força e um genuíno êxtase na sua voz quando actua. Na primavera de 2003 é lançado o seu segundo álbum, “Fado Curvo”, e, se o fado tal como destino não é uma linha recta, logo “o fado não está encerrado em limites”. Mariza confirma todos os prognósticos feitos. A crítica alemã volta a distingui-la com a Deutscheschalplatten. O álbum atinge o 6º lugar no Top Billboard de World Music. “Tratar o fado com respeito e dignificá-lo” são os lemas que a fadista cumpre. O álbum junta aplausos da crítica e público tanto em Portugal como no estrangeiro. A fadista esgota o Queen Elizabeth II Hall, em Londres, a Alte Oper de Frankfurt, o Centro Cultural de Belém, o Théâtre de La Ville, em Paris, entre outros palcos em sucessivas digressões pela Europa e América do Norte.
Em Portugal os jornalistas estrangeiros reconhecem-lhe “a excelência na divulgação da cultura portuguesa, na sua manifestação mais característica: o fado” e consideram-na Personalidade do Ano 2003. Este mesmo papel é reconhecido no MIDEM em 2004 ao receber o European Border Breakers Award. Ano em que edita o seu primeiro DVD registando o espectáculo realizado na Union Chapel, em Londres. Em 2004, ano olímpico, Mariza integra o álbum oficial dos jogos, “Unity”, onde interpreta com Sting o tema “A thousand years”. Mariza realiza concertos nos quatro continentes com assinalável êxito e salas esgotadas. Abre a temporada do Walt Disney Concert Hall com a Filarmónica de Los Angeles, actua no Teatro Albeniz, em Madrid, 20.000 pessoas aplaudem-na entusiasticamente no Rock in Rio, em Lisboa, sobe ao palco do Teatro Grec em Barcelona, em Aveiro é aplaudida por 30.000 pessoas, é convidada de honra do Festival Internacional da Canção do Cairo, volta a Lisboa onde actua em Monsanto para 22.000 pessoas, participa nos festivais de World Music de Chicago e de Jazz de São Francisco, canta no Centro Cultural de Macau e na Casa da Música em Moscovo.
Hoje, já com um percurso notável e sem nunca ter imaginado que tal lhe pudesse acontecer, não concebe fazer mais nada. Tem tanto prazer a cantar que, por vezes, acha que tem de ser ela a agradecer às pessoas, e não o contrário.
O novo álbum, “Transparente”, é, para Mariza, “um virar de página” mantendo inalterável a sua paixão por cantar as palavras dos poetas, de que se apropria, pela emoção que coloca na forma como as interpreta. “Transparente” resulta assim, um cadinho de sentimentos descobrindo-se mais a fadista, este álbum torna-se como que revelador de Mariza. É nos versos dos poetas que vai procurar palavras suas que canta numa música antiga que renova constantemente “porque o fado não é limitado, é certo que há uma linha de água e por isso há que tratá-lo com todo o cuidado e dignidade”.
Este ano, foi escolhida pelo Reino da Dinamarca para ser uma das embaixadoras internacionais da obra e do espírito de Hans Christian Andersen. A notabilidade alcançada pela fadista tanto em Portugal como e no estrangeiro foi uma das razões da escolha para além de no fado, tal como na obra de Hans Christian Andersen, haver uma melancolia de forma poética que se tornou universal.
A voz de Mariza solta-se-lhe para o fado, afinal a canção que a embala desde os tempos de menina, oráculo feito no Zambeze de quem nasceu para cantar.

 

PAPA JOÃO XII


Posted by Picasa Nasceu em Roma.
Filho de Alberico, foi eleito em 16 de dezembro de 955. Após a morte do pai, tornou-se governante temporal de Roma, aos 20 anos de idade.
Nada sabia sobre o governo do país e da Igreja.
Temerário e audaz, reivindicou os direitos temporais da Igreja.
Reconstruiu o Sagrado Império, coroando Oton I da Alemanha, do qual sofreu mais tarde a deposição, devido sua vida imoral.
Oton colocou na cadeira papal um leigo, Leão.
Com o decreto de Oton I, foram criados os "bispos-condes". Morreu assassinado em 14 de maio de 964.

 

AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE VATEL


Posted by Picasa Vatel
1631 - 1671

Não quero sobreviver a esta afronta!
Famoso chef francês.
Ficou famoso ao serviço de Foucquet e, depois, do príncipe de Condé.
Não foi exactamente um cozinheiro como se diz, mas sim o responsável por todas as compras e organização das refeições de quem servia.
Para agradar ao rei Luís XIV, o príncipe de Condé encomendou a Vatel um grande banquete para o qual, além do rei, foram convidadas 600 pessoas.
O banquete iria durar três dias.
No segundo dia, Vatel, percebendo que o peixe que esperava de madrugada, devido às marés, não pudera ser pescado, e antevendo o fracasso do banquete, encostou a sua espada à porta do quarto e, precipitando-se sobre ela, pôs termo à vida, afirmando: Não quero sobreviver a esta afronta!.
O rei e a corte admiraram a sua atitude e continuaram o banquete.

 

IMAGEM DO DIA


Posted by Picasa

 

GLENN MILLER


Posted by Picasa Nascido no estado Norte Americano de Iowa em 1904, o compositor, arranjador e trombonista Glenn Miller, começou sua carreira em 1926, ao ingressar na banda de Ben Pollack.
Em1938, após tocar em diversas big bands, organizou sua própria orquestra, que logo alcançou notoriedade, com transmissões ao vivo nas rádios americanas e através das actuações nos tradicionais Glen Island Casino, em Nova York, e Meadowbrook, em Nova Jersey.
Em 1942 ingressou no exército americano, onde montou a banda "Army Air Force Band".
Em 16 de Dezembro de 1944, Glenn Miller morreu em um desastre de avião quando se dirigia com a sua banda da Inglaterra para Paris, onde actuaria para as tropas aliadas.

 

O ASSASSÍNIO DE RASPUTINE


Posted by Picasa Em Novembro de 1916, Rasputin escreveu uma curiosa missiva à sua filha Maria, parecendo adivinhar que o seu final estava próximo. Dizia o seguinte: «Sinto que devo morrer antes do 1º de Janeiro de 1917... Seu eu for morto por assassinos comuns, e principalmente pelos meus irmãos camponeses russos, tu, Czar da Rússia, não tenhas medo, permanece no trono e governa.
Mas se eu for morto pelos nobres, e se eles derramarem o meu sangue, as suas mãos ficarão manchadas, e por vinte e cinco anos não conseguirão reinar...»
A profecia realizou-se plenamente.

Grigori Rasputin foi assassinado no dia 16 de Dezembro de 1916.
O vidente sentia que a sua morte aconteceria antes do ano novo.
O projecto do seu assassínio foi elaborado por um dos mais poderosos homens do Império e, conforme anunciou na sua profecia, tanto o Czar como a sua família foram eliminados num prazo de dois anos.
Nicolau II e todos os seus familiares foram trucidados na noite de 16 para 17 de Julho de 1918. Ao extermínio de Romanov seguiram-se tempos de catástrofe para todos os nobres do país inteiro.
Vinte e cinco anos depois, teria início a Segunda Guerra Mundial.

 

SANTO DO DIA


Posted by Picasa Santo Ádon
Santo Ádon, era de origem nobre, nasceu mais ou menos por volta do ano 800.

Em seus méritos tem o de ter oferecido aos cristãos um Martirológio, isto é, um calendário de santos distribuídos para cada dia do ano, que fosse de proveito tanto para os historiadores futuros , como aos devotos.
Esta obra serviu também de modelo, não obstante as muitas falhas, aos outros Martirológios que seguiram, de modo particular o Romano.
No próprio Martirológio, Ádon deixou seu nome, não no elenco dos santos, mas no prefácio, para definir-se não academicamente e sim com toda a humildade "pecador e humilde bispo de Viena".
O documento mais importante sobre a vida deste santo e uma carta que o seu velho abade Lupo escreveu a Geraldo, conde de Viena, para propor-lhe a candidatura episcopal de Ádon, seu discípulo e companheiro.
Ádon havia ingressado ainda muito jovem na abadia de Ferrieresen-Gâtinais, diocese de Sens, onde teve como companheiro Servato Lupo, o futuro abade.
As etapas de sua vida são o mosteiro de Plum em Lorena, Grenoble, Lião, onde foi benévolamente acolhido por São Remígio, que lhe confiou a Paróquia de São Romano.
A carta que o abade Lupo escreveu ao Conde Geraldo afirma que Ádon é o homem talhado para aquela diocese, sendo em todo sentido digno por probidade de vida e pela profunda cultura teológica.
São Ádon foi considerado um dos mais ilustres bispos da França medieval, corajoso, piedoso e activíssimo, tomou parte em vários sínodos, restaurou a disciplina eclesiástica, exerceu notável influência sobre a política do seu tempo e foi um defensor da liberdade da Igreja.
Santo Ádon morreu no ano 875.

 

NOVA YORK


Posted by Picasa Um incêndio de grandes proporções atinge a catedral de Saint John, em Manhattan, Nova York.
Uma coluna de fumaça negra sai da igreja, que é considerada uma das maiores do mundo.
Segundo o corpo de bombeiros, a extensão dos danos ainda não é conhecida, mas a gravidade do fogo levou a decretar alarme número cinco, o mais grave.
Imagens mostradas pela rede de televisão CNN mostram a fachada da catedral intacta, entretanto as primeiras informações dão conta que o telhado teria desabado.
O fogo começou por volta das 7h (hora local), uma hora antes da primeira missa programada para hoje.
Quando os bombeiros chegaram, a fumaça já ocupava todo o salão da catedral.
"O primeiro alarme soou às 6h42 (8h42 em MS), e estávamos aqui três ou quatro minutos depois", disse o bombeiro Gary Grillo.
"Começou na loja. É muito grave. É tudo que eu sei até agora", disse uma autoridade do corpo de bombeiros de Nova York.
Ainda não há indicação sobre a causa do fogo nem registo de vítimas.
A fumaça enchia a imensa catedral e saía por suas grandes portas.
Parte do telhado também estava em chamas.
Cerca de 200 bombeiros combatem o fogo, que teria começado numa loja de lembranças da catedral.
A loja fica numa das estrutura que ainda não foram finalizada e os bombeiros temem que possa haver desabamento.
A catedral fica na rua 112, em Manhattan, e sua construção, iniciada em 1892, ainda não terminou. Uma vez finalizada, será a maior catedral do mundo, afirma o Instituto Americano de Arquitectos.
A igreja também abriga um enorme órgão, que estava muito próximo ao local atingido pelo fogo. Sua situação ainda não estava clara.

 

LUDWIG VAN BEETHOVEN


Posted by Picasa Ludwig van Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, em Bonn, Alemanha.
Mas sua ascendência era holandesa: o nome de sua família é derivado do nome de uma aldeia na Holanda, Bettenhoven (canteiro de rabanetes), e tem a partícula van, muito comum em nomes holandeses - não confundir com o nobiliárquico alemão von.
O avô do compositor, também Ludwig van Beethoven, contudo, era originário da Bélgica, e a família estava há poucas décadas na Alemanha.
Vovô van Beethoven era músico.

Trabalhava como Kappelmeister (diretor de música da corte) do eleitor de Colônia e era um artista respeitado.
Seu filho, Johann, que viria a ser o pai de Ludwig, menos talentoso, o seguiu na carreira, mas sem igual êxito.
Depois da morte do pai, entregou-se ao alcoolismo, o que traria muitos problemas emocionais ao filho famoso.
Johann percebeu que o pequeno Ludwig (que fora baptizado assim em homenagem ao avô) tinha talento incomum para música e tratou de encaminhá-lo à carreira de músico do eleitor.

Mas fe-lo de forma desastrosa.
Obrigava o filho a estudar música horas e horas por dia, e não raro lhe batia.
A educação musical de Beethoven tinha aspectos de verdadeira tortura.
Desde os treze anos Ludwig ajudou no sustento da casa, já que o pai afundava-se cada vez mais na bebida.

Trabalhava como organista, cravista ensaiador do teatro, músico de orquestra e professor, e assim precocemente assumiu a chefia da família.
Era um adolescente introspectivo, tímido e melancólico, freqüentemente imerso em devaneios e "distrações", como seus amigos testemunharam.
Em 1784, Beethoven conheceu um jovem conde, de nome Waldstein, e tornou-se amigo dele.

O conde notou o talento do compositor e o enviou para Viena, para que se tornasse aluno de Mozart.
Mas tudo leva a crer que Mozart não lhe deu muita atenção, embora reconhecendo seu gênio, e a tentativa de Waldstein não logrou êxito - Beethoven voltou em duas semanas para Bonn.
Em Bonn, começou a fazer cursos de literatura - até para compensar sua falta de estudo geral, já que saíra da escola com apenas 11 anos - e lá teve seus primeiros contatos com as fervilhantes idéias da Revolução Francesa, que ocorria, com o Aufklärung (Iluminismo) e com o Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), correntes não menos fervilhantes da literatura alemã, de Goethe e Schiller.

Esses ideiais tornariam fundamentais na arte de Beethoven.
Apenas em 1792 que Beethoven haveria de partir definitivamente para Viena.

Novamente por intermédio do conde Waldstein, dessa vez Ludwig havia sido aceite como aluno de Haydn - ou melhor, "papai Haydn", como o novo pupilo o chamava.
A aprendizagem com o velho mestre não foi tão frutífera quanto se esperava.
Haydn era afectuoso, mas um tanto descuidado, e Beethoven logo tratou de arranjar aulas com outros professores, para complementar seu estudo.
Seus primeiros anos vienenses foram tranqüilos, com a publicação de seu opus 1, uma colecção de três trios, e a convivência com a sociedade vienense, que lhe fora facilitada pela recomendação de Waldstein.

Era um pianista virtuoso de sucesso nos meios aristocráticos, e soube cultivar admiradores. Apesar disso, ainda acreditava nos ideiais revolucionários franceses.
Então surgiram os primeiros sintomas da grande tragédia beethoveniana - a surdez.

Em 1796, na volta de uma tourne, começou a queixar-se, e foi diagnosticada uma congestão dos centros auditivos internos.
Tratou-se com médicos e melhorou sua higiene, a fim de recuperar a boa audição que sempre teve, e escondeu o problema de todos o máximo que pôde.
Só dez anos depois, em 1806, que revelou o problema, em uma frase anotada nos esboços do Quarteto no. 9: "Não guardes mais o segredo de tua surdez, nem mesmo em tua arte!".
Antes disso, em 1802, Beethoven escrevou o que seria o seu documento mais famoso: o Testamento de Heilingenstadt.

Trata-se de uma carta, originalmente destinada aos dois irmãos, mas que nunca foi enviada, onde reflete, desesperado, sobre a tragédia da surdez e sua arte.
Ele estava, por recomendação médica, descansando no aldeia de Heilingenstadt, perto de Viena, e teve sua crise mais profunda, quando cogitou seriamente o suicídio.
Era um pensamento forte e recorrente.
O que o fez mudar de idéia? "Foi a arte, e apenas ela, que me reteve. Ah, parecia-me impossível deixar o mundo antes de ter dado tudo o que ainda germinava em mim!", escreveu na carta.
O resultado é o nascimento do nosso Beethoven, o músico que doou toda sua obra à humanidade. "Divindade, tu vês do alto o fundo de mim mesmo, sabes que o amor pela humanidade e o desejo de fazer o bem habitam-me", continua o Testamento. Para Beethoven, sua música era uma verdadeira missão. A Sinfonia no. 3, Eroica, sua primeira obra monumental, surge em seguida à crise fundamental de Heilingenstadt.
No terreno sentimental, outra carta surge como importante documento histórico: a Carta à Bem-Amada Imortal. Beethoven nunca se casou, e sua vida amorosa foi uma colecção de insucessos e de sentimentos não-correspondidos. Apenas um amor correspondido foi realizado intensamente, e sabemos disso exatamente através dessa carta, escrita em 1812. Nela, o compositor se derrama em apaixonadíssimos sentimentos a uma certa "Bem-Amada Imortal":
"Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser! Podes mudar o facto de que és inteiramente minha e eu inteiramente teu? Fica calma, que só contemplando nossa existência com olhos atentos e tranqüilos podemos atingir nosso objectivo de viver juntos.

Continua a amar-me, não duvida nunca do fidelíssimo coração de teu amado L., eternamente teu, eternamente minha, eternamente nossos".
A identidade da "Bem-Amada Imortal" nunca ficou muito clara e suscitou grande enigma entre os biógrafos de Beethoven. Maynard Solomon, em 1977, após inúmeros estudos, concluiu que ela seria Antonie von Birckenstock, casada com um banqueiro de Frankfurt - seria, portanto, um amor realizado, mas ao mesmo tempo impossível, bem beethoveniano. Ludwig permaneceria solteiro.
Em 1815, seu irmão Karl morreria, deixando um filho de oito anos para ele e a mãe cuidarem. Porém Beethoven nunca aprovou a conduta da mãe dessa criança - também Karl - e lutou na justiça para ser seu único tutor. Foram meses de um desgastante processo judicial que acabou com o ganho de causa dado ao compositor. Agora Beethoven teria que cuidar de uma criança, ele que sempre fora desajeitado com a vida doméstica.
Nos anos seguintes, Beethoven entraria em grande depressão, da qual só sairia em 1819, e de forma exultante.

A década seguinte seria um período de supremas obras-primas: as últimas sonatas para piano, as Variações Diabelli, a Missa Solene, a Nona Sinfonia e, principalmente, os últimos quartetos de cordas.
Foi nessa actividade, cheio de planos para o futuro (uma décima sinfonia, um réquiem, outra ópera), que ficou gravemente doente - pneumonia, além de cirrose e infecção intestinal.

No dia 26 de março de 1827, morreria Ludwig van Beethoven - segundo a lenda, levantando o punho em um último combate contra o destino.

 

VESÚVIO


Posted by Picasa Monte Vesúvio é um vulcão do tipo composto que expele material em fluxo intenso.
Está localizado em Nápoles na Itália e tem a altura a altura de 1.281 metros.
Sua mais intensa erupção foi no dia 16 de Dezembro do ano de 79, quando o vulcão entrou em erupção e a lava quente cobriu as cidades de Pompéia e Herculano com uma camada de dois metros de espessura.

Em seguida, o vulcão lançou cinzas e pedras que formaram outra camada de dez a quinze metros.
Entre 20 mil e 30 mil habitantes morreram sufocados pelas cinzas ou sob os tectos das casas que desabavam.
Antes da tragédia, o Vesúvio estava inactivo há já quase 1500 anos.

Escavações na região só foram iniciadas em 1709.
Elas revelaram paredes de edifícios e até pinturas inteiras.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

 

ALENTEJANANDO


Posted by Picasa Dois alentejanos, aproximando-se a hora do almoço discutem onde seria o melhor sítio para almoçar.
Diz um deles:
- Olha, aquele chaparro parece um bom sítio!
- Tu estás tolo! - diz o outro
- Estás a ver a estrada!
Os gajos vem lançados na curva e depois vêem bater no chaparro!- Então onde vamos comer?
- Vamos comer no meio da estrada!
E foram!
Um homem que vinha de carro, ao ver dois homens no meio da estrada, não tem mais nada, desvia-se e vai bater no chaparro.
Diz então o segundo alentejano:
- Tás a ver compadre! Olha se a gente lá tivesse os dois!

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