sábado, junho 16, 2007

 

SEMELHANÇAS



Ahahahahahaha!
Quando o Papa Paulo VI veio a Portugal, vivíamos em "ditadura", sendo 1º ministro Salazar.
O Papa perguntou-lhe qual o motivo de ter tantos ministros, obtendo a seguinte resposta:
- Santidade, Jesus tinha 12 apóstolos, eu tenho 12 ministros.
Em 2008, quando o Papa Bento XVI visitar Portugal e perguntar ao 1º ministro para quê 40 Ministros e secretários de estado, este, certamente, responderá:
- Bem, Santidade... Ali Babá tinha 40 ladrões....

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MOURÃO FERREIRA


Escritor e professor universitário português, natural de Lisboa. Licenciou-se em Filologia Românica em 1951. Foi professor do ensino técnico e do ensino liceal e, em 1957, iniciou a sua carreira de professor universitário na Faculdade de Letras de Lisboa. Afastado desta actividade entre 1963 e 1970, por motivos políticos, foi professor catedrático convidado da mesma instituição a partir de 1990. Entretanto, mantivera nos anos 60 programas culturais de rádio e televisão. Em 1963 foi eleito secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores e, já nos anos 80, presidente da Associação Portuguesa de Escritores. Logo após o 25 de Abril de 1974, foi director do jornal A Capital. Secretário de Estado da Cultura em vários governos entre 1976 e 1978, foi também director-adjunto do jornal O Dia entre 1975 e 1976. Responsável pelo Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian a partir de 1981, dirigiu, desde 1984, a revista Colóquio/Letras, da mesma instituição. A sua carreira literária teve início em 1945, com a publicação de alguns poemas na revista Seara Nova. Três anos mais tarde, ingressou no Teatro-Estúdio do Salitre e no Teatro da Rua da Fé. Publicou as peças Isolda (1948), Contrabando (1950) e O Irmão (1965). Em 1950, foi um dos co-fundadores da revista literária Távola Redonda, que se assumiu como veículo de uma alternativa à literatura empenhada, de realismo social, que então dominava o panorama cultural português, defendendo uma arte autónoma. Em 1950, publicou o seu primeiro volume de poesia — Secreta Viagem. David Mourão-Ferreira colaborou ainda nas revistas Graal (1956-1957) e Vértice e em vários jornais, como o Diário Popular e O Primeiro de Janeiro. Foi poeta, romancista, crítico e ensaísta. A sua poesia caracteriza-se pelas presenças constantes da figura da mulher e do amor, e pela busca deste como forma de conhecimento, sendo considerado como um dos poetas do erotismo na literatura portuguesa. A vivência do tempo e da memória são também constantes na sua obra, marcada, a nível do estilo, por uma demanda permanente de equilíbrio, de que resulta uma escrita tensa, e pela contenção da força lírica e sensível do poeta numa linguagem rigorosa, trabalhada, de grande riqueza rítmica, melódica e imagística, que fazem dele um clássico da modernidade. Entre os seus livros de poesia encontram-se Tempestade de Verão (1954, Prémio Delfim Guimarães), Os Quatro Cantos do Tempo (1958), In Memoriam Memoriae (1962), Infinito Pessoal ou A Arte de Amar (1962), Do Tempo ao Coração (1966), A Arte de Amar (1967, reunião de obras anteriores), Lira de Bolso (1969), Cancioneiro de Natal (1971, Prémio Nacional de Poesia), Matura Idade (1973), Sonetos do Cativo (1974), As Lições do Fogo (1976), Obra Poética (1980, inclui as obras À Guitarra e À Viola e Órfico Ofício), Os Ramos e os Remos (1985), Obra Poética, 1948-1988 (1988) e Música de Cama (1994, antologia erótica com um livro inédito). Ensaísta notável, escreveu Vinte Poetas Contemporâneos (1960), Motim Literário (1962), Hospital das Letras (1966), Discurso Directo (1969), Tópicos de Crítica e de História Literária (1969), Sobre Viventes (1976), Presença da «Presença» (1977), Lâmpadas no Escuro (1979), O Essencial Sobre Vitorino Nemésio (1987), Nos Passos de Pessoa (1988, Prémio Jacinto do Prado Coelho), Marguerite Yourcenar: Retrato de Uma Voz (1988), Sob o Mesmo Tecto: Estudos Sobre Autores de Língua Portuguesa (1989), Tópicos Recuperados (1992), Jogo de Espelhos (1993) e Magia, Palavra, Corpo: Perspectiva da Cultura de Língua Portuguesa (1989). Na ficção narrativa, estreou-se em 1959 com as novelas de Gaivotas em Terra (Prémio Ricardo Malheiros), os contos de Os Amantes (1968), e ainda As Quatro Estações (1980, Prémio da Crítica da Associação Internacional dos Críticos Literários), Um Amor Feliz, romance que o consagrou como ficcionista em 1986 e que lhe valeu vários prémios, entre os quais o Grande Prémio de Romance da APE e o Prémio de Narrativa do Pen Clube Português, e Duas Histórias de Lisboa (1987). Deixou ainda traduções e uma gravação discográfica de poemas seus intitulada «Um Monumento de Palavras» (1996). Alguns dos seus textos foram adaptados à televisão e ao cinema, como, por exemplo, Aos Costumes Disse Nada, em que se baseou José Fonseca e Costa para filmar, em 1983, «Sem Sombra de Pecado». David Mourão-Ferreira foi ainda autor de poemas para fados, muitos deles celebrizados por Amália Rodrigues, tal como «Madrugada de Alfama». Recebeu, em 1996, o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.

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sexta-feira, junho 15, 2007

 

ALMADA NEGREIROS


Escritor e artista plástico, José Sobral de Almada Negreiros nasceu em S. Tomé e Príncipe a 7 de Abril de 1893.
Foi um dos fundadores da revista “Orpheu”(1915), veículo de introdução do modernismo em Portugal, onde conviveu de perto com Fernando Pessoa.
Além da literatura e da pintura a óleo, Almada desenvolveu ainda composições coreográficas para ballet.
Trabalhou em tapeçaria, gravura, pintura mural, caricatura, mosaico, azulejo e vitral.
Faleceu a 15 de Junho de 1970 no Hospital de S. Luís dos Franceses, em Lisboa, no mesmo quarto onde morrera seu amigo Fernando Pessoa.
As duas orientações de busca e criação de Almada Negreiros foram a beleza e a sabedoria.

Para ele "a beleza não podia ser ignorante e idiota tal como a sabedoria não podia ser feia e triste" (Freitas, 1985). Almada Negreiros foi um pintor-pensador.
Foi praticante de uma arte elaborada que pressupõe uma aprendizagem que não se esgota nas escolas de arte; bem pelo contrário, uma aprendizagem que implica um percurso introspectivo e universal. O tema principal de Almada foi o número, a geometria (sagrada) e os seus significados, declarando que a sabedoria poética e a sabedoria reflectida têm entre elas a fronteira irredutível do número.
Almada revela-se assim um neopitagórico sendo este seu lado a fonte mais profunda da sua inspiração e da sua criatividade e, segundo Lima de Freitas, a sua “loucura” central.
Vulto cimeiro da vida cultural portuguesa durante quase meio século, contribuiu mais que ninguém para a criação, prestígio e triunfo do modernismo artístico em Portugal. Na sua evolução como pintor, Almada passou do figurativismo e da representação convencional dos primeiros tempos, para a abstracção geométrica, matemática e numérica que caracteriza as suas últimas obras. A sua preocupação central foi a determinação do enigmático Ponto de Bauhütte. Essa procura ficou registada por vários textos, por numerosos traçados geométricos e por algumas pinturas a preto e branco que Almada foi acumulando, mas sem tornar público o fundo do seu pensamento. Antes de romper o quase segredo da sua busca, Almada realiza, para o Tribunal de Contas de Lisboa, um dos cartões para tapeçaria intitulado «O Número».

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quinta-feira, junho 14, 2007

 

CHE


Desde a juventude, Che coleccionara apelidos.
Enquanto jogador de Rugby, era conhecido como Fuser, uma contração de "El Furibundo" e seu sobrenome materno "Serna" - por seu estilo agressivo de jogo.
Em 1948, Che ingressou na Universidade de Buenos Aires onde estudou Medicina, incentivado em parte por sua própria doença.

Nessa época, realiza várias viagens pela América Latina, a mais famosa delas em 1952, com o seu amigo Alberto Granado, um bioquímico.
Guevara realiza um sonho: atravessar a América do Sul numa velha motocicleta Norton 500cc, conhecida pelo nome de La Poderosa II.
Nessa viagem, Guevara começa a ver a América Latina como uma única entidade econômica e cultural. Visita minas de cobre, povoações indígenas e leprosários, interagindo profundamente com a população, especialmente os mais humildes.
De volta à Argentina em 1953 acaba os estudos de Medicina e passa a se dedicar à política.
Guevara actuou como repórter fotográfico em uma carreira de êxito.

Cobriu o Pan-Americano de 1953 por uma agência de notícias Argentina no México. Em julho de 1953, inicia sua segunda viagem pela América Latina. Nessa oportunidade visita Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala.
Foi por causa da visão de tanta miséria e impotência e das lutas e sofrimentos que presenciou em suas viagens que o jovem médico Ernesto Guevara concluiu que a única maneira de acabar com todas as desigualdades sociais era promovendo mudanças drásticas.

Hoje faz anos que nasceu no ano de 1928.

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quarta-feira, junho 13, 2007

 

RECADO AO MÁRIO LINO



ORIUNDO DUM COLEGA DE ARMAS MUITO AMIGO RECEBI ESTE RECADO ENDEREÇADO A UMA PESSOA QUE NÃO É DA MINHA ESFERA SOCIAL, DE MODO QUE RESOLVI INSERIR O MESMO NESTE BLOG, DANDO-LHE A PUBLICIDADE QUE ELE PRETENDERIA.

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HETERÔNIMOS



"Criei em mim várias personalidades. Crio personalidades constantemente. Cada sonho meu é imediatamente, logo ao aparecer sonhado, encarnado numa outra pessoa, que passa a sonhá-lo, e eu não."
"Só uma grande intuição pode ser bússola nos descampados da alma; só com um sentido que usa da inteligência, mas se não assemelha a ela, embora nisto com ela se funda, se pode distinguir estas figuras de sonho na sua realidade de uma a outra."
Nasceu no dia 13 de Junho de 1888 e faleceu no ano de 1935.

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SANTO ANTÓNIO


Esta imagem de Santo António está aqui bem perto de nós, pois encontra-se no Museu Militar do Buçaco.

Imagem protectora do Regimento de Infantaria n.º 19, que tinha o seu quartel em Cascais desde meados do século XVII.

A imagem do santo acompanhou o regimento de Cascais durante as campanhas da Guerra Peninsular, sendo por isso que ostenta ao peito a medalha da Guerra Peninsular. Santo António tinha o posto de tenente-coronel no regimento, servindo o seu soldo para ajuda aos soldados doentes.
A festa do Santo comemora-se em 13 de Junho.

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terça-feira, junho 12, 2007

 

DESTINOS


Posted by Picasa PARA ONDE ? nenhures...

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FIZERAM-NOS ACREDITAR...


Fizeram-nos a acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não os contaram que amor não é accionado nem chega com hora marcada.
Fizeram-nos acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: crescemos através de nós mesmos.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram-nos acreditar numa fórmula chamada "dois em um, duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso é que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram-nos acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram-nos acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que fazem pouco sexo são caretas, que os que fazem muito sexo não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram-nos acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo para nós.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando estiveres muito apaixonado por ti próprio, vais poder ser muito feliz eapaixonareste por alguém.

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segunda-feira, junho 11, 2007

 

CALÇADO


Sandália desenhada, idealizada e construída pela artista plástica Joana de Vasconcelos e confeccionada com dezenas de tachos com os respectivos testos, o que nos induz que esta encomenda se destinará a S.Bento e às Ministras, Secretàrias de Estado, Sub-Secretárias de Estado, Acessoras e por aí fora.
Não se pode dizer que seja um modelo fora de moda...

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TIMOTHY McVEIGH



Timothy McVeigh, autor da explosão de Oklahoma, morre em silêncio e frustra muitos sobreviventes e familiares de vítimas.
Aos 33 anos, Timothy McVeigh, arquitecto e executor do mais terrível atentado terrorista ocorrido em território americano, morreu a dormir.
Responsável pela explosão do prédio Alfred Murrah na Cidade de Oklahoma, em 1995, que resultou na morte de 168 pessoas, entre elas 19 crianças abrigadas numa creche, McVeigh sucumbiu a uma injecção letal.
A sentença foi cumprida ao amanhecer da segunda-feira 11 de Junho, na prisão federal de Terre Haute, pequena cidade do Estado de Indiana, no meio oeste americano.
Amarrado a uma espécie de maca, um McVeigh dopado e já inconsciente recebeu mais duas substâncias que lhe paralisaram a respiração e os batimentos cardíacos.
Cerca de 30 testemunhas, entre sobreviventes do atentado, parentes de vítimas, jornalistas e advogados, assistiram à morte do condenado. Na Cidade de Oklahoma, capital do Estado, outros 232 familiares de gente assassinada por McVeigh acompanharam seus minutos finais por um circuito fechado de TV.
Ele sofreu uma execução “eficiente e digna”, conforme recomenda o protocolo de 56 páginas produzido pelo órgão oficial encarregado de administrar prisões e penas de morte.
Desde que os Estados Unidos reinstituíram a pena capital, em 1976, cerca de 700 pessoas foram executadas. O método preferido nos últimos anos tem sido a injecção letal.
A morte limpa e asséptica compôs um contraste chocante com os corpos dilacerados e banhados em sangue das vítimas de Oklahoma. O Alfred Murrah, prédio do governo federal, ruiu sob o impacto de 3.500 quilos de explosivos acondicionados numa carrinha alugada por McVeigh.
No 2º andar funcionava uma creche baptizada de Crianças da América.
No tribunal, apesar das evidências, McVeigh recusou-se a confessar formalmente o crime. Só muito mais tarde, em entrevista a dois repórteres do jornal Buffalo News, admitiu que explodira o edifício.
Sem vestígios de remorso, contou que o atentado fora um acto de guerra contra o governo federal, que qualificava de “opressivo e tirânico”.
A morte das crianças teria sido um “dano colateral”. “Nas acções militares, esse dano é inevitável”, explicou.
Antes mesmo de embarcar em 1991 para o Golfo Pérsico, onde agiu como atirador de blindados, McVeigh professava teses muito caras à extrema direita americana.
Voltou para casa com uma medalha no peito. Deixou o Exército para aproximar-se de milícias e grupos racistas brancos americanos. Convenceu-se então de que o governo, por intermédio do FBI, a polícia federal, e de outros órgãos oficiais, conspirava para transformar os Estados Unidos num estado policial. A prova do conluio seria o esforço das autoridades em restringir o porte de armas de fogo – um direito sagrado do cidadão, de acordo com as milícias.
Milicianos direitistas gostam de vestir roupas militares e são apaixonados por armas e caçadas. O caldo de cultura que abastece seu ódio ao governo resulta de uma mistura de revistas e textos medíocres que advogam desde o nazismo até a superioridade dos brancos sobre as demais raças. O livro de cabeceira de McVeigh era Os Diários de Turner, obra publicada em 1978 por William L. Pierce, ex-membro do Partido Nazista americano.
Trata-se da história de um conspirador que, entregue à luta contra restrições ao porte de armas, dinamita a sede do FBI em Washington, capital do país. McVeigh concebeu o atentado de Oklahoma como uma vingança ao cerco do governo federal a um grupo religioso que se recusava a entregar suas armas às autoridades, em 1993.
O assédio ocorreu em Waco, no Texas, e resultou na morte de mais de 80 pessoas. A bomba que derrubou o edifício Alfred Murrah explodiu exactamente no segundo aniversário do drama de Waco.
Abstraídos extremistas de direita, as justificativas de Timothy McVeigh não sensibilizaram os americanos. Ao contrário: a divulgação de detalhes do crime induziram até adversários da pena de morte a capitular diante do que lhes parecia um caso extraordinário. Nunca foi tão ecumênico o “sim” a uma execução. Sobreviventes da explosão, apesar de tudo, seguiram insatisfeitos. Esperavam de McVeigh um pedido de desculpas, ao menos um gesto de arrependimento. Outros desejavam que ele experimentasse algum sofrimento visível na hora final. Mas o terrorista, que preferiu morrer em silêncio, partiu sem dor. E reafirmou a ausência de pena por quem sofrera pelo terror em Oklahoma.
jp

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domingo, junho 10, 2007

 

DIA DE PORTUGAL


Após a Implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, foram desenvolvidos trabalhos legislativos, “e logo em 12 de Outubro saiu um decreto que estipulou os feriados nacionais”. Alguns feriados “desapareceram, nomeadamente os ditos feriados religiosos, uma vez que o objectivo da República era justamente laicizar a sociedade e subtraí-la à influência da igreja”, explica Conceição Meireles, professora de História Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
“Os feriados que ficaram consignados por este decreto de 12 de Outubro de 1910 foram o Primeiro de Janeiro, que era o dia da Fraternidade Universal; o 31 de Janeiro, que evocava a revolução – aliás, falhada - do Porto, e que portanto era consagrado aos mártires da República; o 5 de Outubro, vocacionado para louvar os heróis da República; o Primeiro de Dezembro, que era o Dia da Autonomia e o Dia da Bandeira; e o 25 de Dezembro, que passou a ser considerado o Dia da Família, tentando também laicizar essa festa religiosa que era o Natal”.
O decreto de 12 de Junho dava “aos municípios e concelhos a possibilidade de escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais e municipais. Daí a origem dos feriados municipais”, lembra a especialista. “Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões”, uma vez que a data é apontada como sendo a da morte do poeta que escreveu “Os Lusíadas”.
E porquê um dia em honra de Camões?
“Camões representava justamente o génio da pátria, representava Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial”. Era essencialmente este o significado que os republicanos atribuíam ao 10 de Junho, isto “apesar de ser um feriado exclusivamente municipal no tempo da República”, lembra Conceição Meireles.Com o 10 de Junho, “os republicanos de Lisboa tentaram evocar a jornada gloriosa que tinham sido as comemorações camonianas de 1880, uma das primeiras manifestações das massas republicanas em plena monarquia”.

jpn

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