O primeiro Colégio na Mealhada começou a funcionar em 1909, na residência do Reverendo Dr. António Antunes Breda, que se localizava na antiga Rua dos Carris.
Já nos finais dos anos 50 passa a funcionar um novo colégio, que substitui o primeiro, com a designação de Externato D. Afonso Henriques e que se situava num prédio quase em frente à estação da C.P. e onde o signatário andou a estudar até ao 5º ano dos liceus.
O aumento da frequência do Externato, a ausência de Laboratórios razoavelmente apetrechados, a exigência de novas pedagogias, etc., levou o Ministério da Educação Nacional a ameaçar com o encerramento do Colégio, caso não fosse apresentado urgentemente o projecto do novo edifício e iniciadas as obras.
Um conjunto de boas vontades, em que se salienta o Comendador Messias Baptista, o Padre Manuel de Almeida, o Major Carlos Gonçalves Ferreira e outros, congregadas à volta do Padre António Breda, conseguem unir esforços e reunir o capital necessário para se erguer o novo Colégio da Mealhada.
As obras começaram em 1961, apesar do cepticismo de muita gente.
No Jornal "Sol da Bairrada", de 29 de Junho de 1963, dá-se conta do testemunho do Major Gonçalves Ferreira: "...Mesmo já com alicerces e paredes erguidas, continuavam a dizer que aquilo não ia por diante, pois não havia dinheiro; os sócios não se entendiam e, amanhã, seria uma fábrica, talvez um hotel, mas nunca um Colégio...".
O projecto do edifício foi da autoria do Arquitecto José Augusto Alves de Moura Cardoso e ainda hoje é considerado um edifício bem concebido em termos arquitectónicos.
As instalações custaram cerca de 5000 contos (em 1962), levaram 3600 toneladas de pedra nos alicerces e ficaram com 1960 m2 de área coberta.
No dia 6 de Outubro de 1963 procedeu-se à inauguração do novo edifício, onde passou a funcionar o Instituto Liceal e Técnico de Sant'Ana, com a presença das seguintes individualidades:

Subsecretário da Educação Nacional;
Governador Civil de Aveiro, Dr. Manuel Louzada;
Presidentes das Câmaras da Mealhada, Anadia e Ovar;
Inspector dos Liceus de Coimbra e Figueira da Foz;
Professores, Sócios e Directores do Instituto.

Assistiram igualmente, segundo os jornais da época, alunos, familiares e povo em geral.
"Teve grandiosidade a festa da inauguração do Instituto de Sat'Ana da Mealhada" era o título de primeira página do jornal "Sol da Bairrada", em Novembro de 1963.
Pelo seu significado, vale a pena recuperar as últimas palavras usadas pelo jornal, na reportagem da inauguração: "O edifício, acabado de construir, ali ficou para, na imponência das suas linhas, dizer às gerações do futuro que os homens da geração de hoje souberam, num arrombo de entusiasmo, dar as mãos a fim de, na Mealhada, erguerem bem alto e donairoso um padrão imorredouro de glória, dedicado à causa do ensino."

A Reforma de Veiga Simão e as diligências de uma Comissão constituída por alguns homens bons da Mealhada, tornaram possível, na então vila, mediante despacho do Ministério da Educação Nacional, de 14 de Julho de 1972, a criação do Curso Geral e Complementar dos Liceus e ainda do Curso Geral de Administração e Comércio.
Tal desiderato muito deve à tenacidade do então Presidente da Câmara Municipal, Dr. António Dias Santos.
O ensino particular perdera mais um colégio, mas a Mealhada ganhava um estabelecimento de Ensino Liceal Público.

O Decreto-Lei nº 260-B/75, de 26 de Maio, cria, entre outras, a Escola Secundária da Mealhada que, neste caso, resultou da transformação das Secções dos Ensinos Liceal e Técnico já existentes.
As Escolas Secundárias de Águeda, Anadia, Aveiro, Cantanhede, Mira, etc., foram igualmente criadas no ano de 1975 de acordo com o referido Decreto-Lei.
A Escola Secundária da Mealhada iniciou as suas actividades com cerca de 500 alunos, 13 professores, 8 auxiliares e 1 funcionário administrativo.
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