sábado, junho 18, 2005

 

FELICIANO DE CASTILHO


Nasceu em em Lisboa no dia 28 de Janeiro de 18oo e faleceu, também na capital, no dia 18 de Junho de 1875.
Fidalgo da Casa Real, por sucessão a seus maiores, cavaleiro da antiga ordem da Torre e Espada; oficial da imperial ordem da Rosa do Brasil, bacharel formado em Cânones pela Universidade de Coimbra, comissário geral de instrução primária pelo método português, que ele criou; sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, membro do Real Conservatório, vogal do Conselho de Instrução Pública e do antigo conselho dramático; sócio da Sociedade Jurídica de Lisboa, e da Literária Portuense, do Instituto Histórico de Paris, da Academia das Ciências e Belas Letras de Ruão, da dos Ardentes de Viterbo, da Academia de História de Madrid, e da Arcádia Romana, com o nome de Memnide Eginense, escritor e poeta, etc.
Era filho do Dr. José Feliciano de Castilho, médico da Real Câmara e lente de prima da Universidade e de sua mulher, D. Domicilia Máxima de Castilho.
Era uma criança enfezadinha, que afinal começava a tomar prometedoras proporções, quando adoeceu gravemente, manifestando sérios sintomas de tísica, receando-se muito que não pudesse salvar-se.
Resistiu, porém, e já lia e escrevia quando nos 6 anos o sarampo o prostrou novamente no leito, tomando um carácter gravíssimo; ainda teve a fortuna de resistir, mas com a infelicidade de ficar privado da vista, tornando-se inúteis todos os meios empregados pela medicina, especialmente por seu pai, para o livrar da terrível cegueira.
Custa a acreditar que, aprendendo somente pelo que ouvia ou lhe diziam, Castilho pudesse alcançar tão grande erudição, o conhecimento superficial dumas poucas de línguas, e a ciência da língua portuguesa tanto a fundo, que não é fácil determinar aquilo em que mais primava, nem decidir-se se o poeta era maior que o prosador.
Acompanhado por seu irmão Augusto Frederico de Castilho, quase da mesma idade, com ele estudou humanidades, se instruiu no conhecimento dos poetas latinos, que foram sempre os seus estudos predilectos, e com ele se matriculou na Universidade de Coimbra, na faculdade de Cânones, em que ambos se formaram.
Foi discípulo do padre José Fernandes, latinista de primeira ordem e poeta muito apreciável, a quem deveu os elementos necessários para adquirir o conhecimento profundo da língua latina, que sempre o distinguiu. 0 seu talento poético começou a desenvolver-se, sendo ainda criança; versejava com a máxima facilidade, e os seus primeiros versos tinham já o cunho melodioso e bocagiano; que foi o característico da sua poesia.
Tinha 16 anos, quando escreveu e publicou um Epicedio na morte da augustissima senhora D. Maria I rainha fidelissima. Esta poesia causou a maior surpresa, por ser firmada por um poeta de tão tenra idade, e sobretudo cego.
0 paço agradeceu a homenagem à memória da soberana, concedendo-lhe uma pequena pensão, que teve apenas o carácter dum aplauso e dum incitamento.
Posted by Hello

Comentários:
Um belo texto!

E, um visual novo... para o Verão. Muito bonito. Gostei!

Um abraço e bom fim de semana :)
 
muito amáveis...tanto a menina marota como o chronos...obrigado
 
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