segunda-feira, junho 06, 2005

 

O MARQUÊS DE POMBAL



Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu a 13 de Maio de 1699, estudou em Coimbra, primeiramente direito, depois história.
Entre 1738 e 1749, fez carreira e actuou em missões diplomáticas, primeiro em Londres, depois em Viena, foi embaixador de Dom João V nas cortes inglesa e austríaca, embora sem significativo sucesso para Portugal, estas missões foram importantes para a formação política e econômica de Sebastião José de Carvalho e Melo.
Em 1750, com a subida ao trono de D. José, foi nomeado secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, e a sua grande capacidade de trabalho e de chefia revelou-se na forma como encarou o trágico terramoto de 1755 que destrói a cidade de Lisboa.
Com isto Pombal teve a oportunidade de reconstruir a cidade com feições mais modernas e racionais tirando-lhe a feição medieval, e a partir do momento que se tornou o homem de confiança de Dom José I, passou a implantar uma série de reformas na administração, nas finanças e no sistema militar com o fim de modernizar Portugal e suas colônias. Seu projecto de restaurar a economia portuguesa, provocadas sobretudo pela interrupção na exploração do ouro brasileiro, diminuiu a influência externa, particularmente da Inglaterra quando adoptou uma política de monopólios mais estreitos de comércio com a colônia, pois a metrópole até então servia apenas de entreposto dos produtos coloniais para o resto da Europa.
Reformou o ensino, anteriormente nas mãos dos Jesuítas, através de novos métodos pedagógicos e da criação de novas escolas como o Real Colégio dos Nobres, também se empenhou fortemente no reforço do poder régio, diminuindo o poder de algumas casas nobres, afastando todos os que se colocavam contra suas reformas.
Pombal foi um dos representantes do despotismo esclarecido que justificava o poder absoluto do monarca, não pelo direito divino, mas pelo princípio da racionalidade quando nenhuma contestação à autoridade do rei era tolerada, daí a expulsão da Companhia de Jesus de Portugal e seus domínios com o seqüestro dos seus bens em 13 de Janeiro de 1759, porque a sua influência na sociedade portuguesa e as suas ligações internacionais eram um entrave ao fortalecimento do poder régio, e um outro fato que também contribuiu para esta campanha de Pombal contra os jesuítas, foi a acusação de terem participado do atentado ao rei Dom José I em 1758, e com os jesuítas expulsos, seus colégios fechados e substituídos pelas "aulas régias", as missões passam a ser administradas por civis através do Diretório dos Índios, a idéia de Pombal era laicizar o ensino, mas a solução tornou-se mais negativa que positiva, pois a expulsão da Companhia de Jesus trouxe enormes prejuízos, tanto para os aldeamentos, como para a educação e ensino na colônia, feito até então pela Igreja, e no ano de 1759, recebeu o título de conde de Oeiras e o de marquês de Pombal. Com Pombal também, iniciou-se a primeira abertura de Portugal à cultura européia, recebendo influência tanto do Iluminismo, como das letras e filosofia, quando criou o grupo dos "estrangeirados", ou seja daqueles que se identificavam e estavam em sintonia como a nova mentalidade moderna européia.
Com a morte de Dom José I em 1777, e a ascensão de Dona Maria I, e devido aos vários abusos do poder que cometeu, o que lhe valeu a antipatia e a criação de inúmeros inimigos, à oposição ao marquês tornou-se muito activa e com isto Pombal pede demissão .
Devido à sua idade avançada, 80 anos, foi exilar-se em Pombal, onde faleceu em 8 de maio de 1782 no seu palácio do Pombal.




Posted by Hello

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