quinta-feira, junho 02, 2005

 

TIMOR LESTE



A ilha de Timor é de origem vulcânica relativamente recente e apresenta sinais evidentes de fortes movimentos tectónicos. Timor-Leste é, por isso, muito acidentado com as principais formações de relevo localizadas na parte ocidental do território. Para Leste, o relevo é progressivamente adoçado aparecendo na região central algumas formações planálticas das quais emergem elevações com vertentes de grandes declives como o Mate Bian (2.315 m) e o Mundo Perdido (1.763 m); a parte leste é constituída predominantemente por um extenso planalto.
A cordilheira de Ramelau é a principal cadeia montanhosa do país, e o seu ponto mais elevado , o Tata Mai Lau, atinge 2.960 m. Entre Atsabe e Lete Foho, o monte Catedral tem 2.100 m de altitude e, entre Atsabe e Ainaro, o monte Darulau 2.300 m.Além destes, existem na região outros picos cuja altitude ronda os 2000 metros.
A cadeia montanhosa central serve de linha de separação das águas e nela nascem quase todas as ribeiras de Timor-Leste. Como a maior parte das ilhas situadas na zona intertropical e com as características fisiográficas assinaladas, os cursos de água desapareceram totalmente, ou quase, na estação seca formam por vezes torrentes muito impetuosas pelo paralelo 9ºS na faixa de junção de águas dos oceanos Índico e Pacífico, Timor-Leste apresenta duas estações bem demarcadas.Entre Outubro e Março vigora o semestre quente no Hemisfério Sul e o país é invadido por massas de ar com origem continental distante, sendo muito modificadas por um extenso percurso marítimo. É a moção de Noroeste que se constitui devido às grandes diferenças das temperaturas entre o continente asiático e as vastas regiões oceânicas. Este processo é reforçado pela convergência dos ventos permanentes de nordeste (alíseos) da circulação geral atmosférica no Hemisfério Norte e dá origem à estação das chuvas. Por outro lado, o semestre frio do Hemisfério Sul estabelece-se entre Abril e Setembro. Com a zona intertropical de convergência e migração para norte e com um contraste térmico entre os oceanos e continente asiático, inverso do semestre anterior, estabelece-se um anticiclone de origem térmica no continente australiano e o território de Timor-Leste é invadido por massa de ar continental, constituindo a moção de sueste que se torna bastante persistente associada aos ventos alíseos do hemisfério Sul.
Apesar de ter vegetação abundante, Timor-Leste apenas apresenta uma floresta primária cerrada, com cobertura espessa e orlas fechadas que a tornam quase impenetrável, na parte leste do território. De resto, o mangal é característico do litoral e emerge das próprias águas salgadas ou salobras; na costa Sul, mas pluviosa, a floresta é mais rica em géneros e espécies. Nas terras de média altitude as manchas de árvores, apresentam-se mais espaçadas, mas são vastas as formações de arbustos e de árvores de pequeno porte. Á medida que se sobe, as formações florestais apresentam-se isoladas e vão rareando. A floresta secundária, produto da acção do homem, cobre quase todo o país com formações densas de arbustos, pequenas árvores e trepadeiras rodeando bosques da floresta primária, tufos de bambus, casuarinas e eucaliptos, e, finalmente, as savanas e pastagens de grande importância em especial na parte leste.

Posted by Hello

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