quinta-feira, julho 28, 2005

 

EMPIRE STATE BUILDING



B-25 "MITCHELL"
O B-25 foi operado em Natal desde 1943 até 1966, pelo 1o Grupo de Bombardeio Médio, pelo 5o Grupo de Aviação e pela Esquadrilha de Adestramento da Base.
O B-25 simboliza a própria História da Base Aérea de Natal; gerações de Oficiais pilotaram esse notável avião, de grande versatilidade: Como aeronave de instrução, como aeronave operacional, transporte aéreo, e sobretudo, como avião de patrulha no desenrolar da 2a Guerra Mundial, em defesa do litoral brasileiro.
Pela imagem que o B-25 deixou e pela sua profícua utilização no âmbito da Força Aérea Brasileira, permito-me neste capitulo dedicado aos aviões voados na Base Aérea de Natal, dedicar-lhe um destaque todo especial, como homenagem e preito de saudade a esse valoroso avião que as novas gerações de aviadores não chegaram a conhecê-lo.
Nos primeiros meses de 1939, o Exército dos Estados Unidos solicitou dos fabricantes de aviões que apresentassem planos de um avião de bombardeio médio. Atendendo a esse pedido, os engenheiros da North American Aviation Company projetaram e apresentaram os planos do B-25 que foi resultado, puramente de idéias e cálculos trabalhados sobre pranchetas, sem protótipo e sem túneis aerodinâmicos.
Em agosto de 1940, o B-25 fez o seu teste de vôo, e para surpresa geral, os resultados advindos desse vôo de experiência excederam as expectativas gerais.
A partir de 1942, ele começou a ser produzido em escala industrial. Inúmeras modificações foram sendo introduzidas nas séries que se sucederam; suas características fundamentais, no entanto, foram mantidas em todos os modelos, de maneira que o B-25 representou uma verdadeira consagração da Engenharia Aeronáutica.

Uma característica notável do B-25 era a versatilidade do seu emprego na guerra; projetado e construído para atuar como bombardeio médio, foi largamente utilizado para ataques rasantes, bombardeios rasantes, campanha anti-submarina e até como avião-torpedeiro contra navios inimigos.
Na FAB, e especialmente na Base Aérea de Natal, o B-25 revelou-se um excelente avião de transporte de pessoal e carga, embora nunca oferecesse certas comodidades aos passageiros...
No espaço de 1958 a 1962, quem não se lembra dos B-25 5103, 5133, 5136 e 5071 os quais, guardadas as devidas proporções, eram sérios concorrentes aos aviões do CAN, na aerovia Verde-Uno?
E quem também não se recorda dos artifícios usados pelo Esquadrão de Suprimento e Manutenção, o ESM do então Maj Av Lauro Kluppel Junior, quanto ao aproveitamento total do espaço disponível do avião para que fossem "acomodados" mais passageiros? E ainda como requinte, foi instalado, pelo ESM, um pequeno "toalete" próximo à cauda do avião, deixando ainda vago um espaço reservado aos perus (aves galináceas domésticas que eram adquiridas por preços baixos na feira do Alecrim e transportadas, como presentes, aos familiares no Rio de Janeiro....)
Como chegou a ocorrer, em algumas ocasiões, ser o número dessas aves superior ao total de passageiros embarcados, o Maj Kluppel no interesse de preservar a limpeza da aeronave, passou a autorizar o embarque das apetitosas aves, somente quando devidamente enroladas em sacos de estopa...
O resultado não podia ter sido melhor: O avião era mantido limpo e os perus viajavam agasalhados contra o frio intenso nos altos níveis de vôo...
O B-25, além desse seu emprego em Natal, tem registrado ao longo de sua vida, outras façanhas notáveis: No princípio da 2a Guerra Mundial auxiliou eficientemente a evacuação de tropas aliadas, chegando a transportar 26 homens e respectivas bagagens a 1.220 quilômetros de distância.
De outra feita, em idêntica missão, conduziu 32 homens com os tanques principais e auxiliares totalmente abastecidos.
Durante o conflito mundial, em situações de emergência, o B-25 ultrapassou por diversas vezes a velocidade máxima permitida, 340 MPH (545 KMH), sem conseqüências desastrosas.
Em abril de 1942, realizou a mais longa missão de bombardeio da guerra, deslocando-se em esquadrilhas cerca de 3.200 quilômetros até uma base de onde castigou os japoneses com bombardeios constantes durante dois dias, regressando sem uma perda sequer.
O B-25 foi ainda um avião que ganhou as manchetes dos jornais quando ocorreu, em 28 de julho de 1945, o choque de uma aeronave desse tipo com o "Empire State Building", que era o edifício mais alto do mundo, com 102 andares. A colisão, provocada pela intensa cerração que cobria a cidade de Nova York, deu-se entre os 85a e 90a andares daquele edifício, perecendo toda a tripulação e diversas pessoas que se encontravam trabalhando nos escritórios do citado prédio
Posted by Picasa

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