sábado, julho 09, 2005

 

KIM JONG II


Estima-se que cerca de dois milhões de norte-coreanos tenham morrido de fome e um terço da população dependa de ajuda externa para satisfazer a fome.
A Coreia do Norte é um país isolado do mundo e também um dos mais miseráveis.
Funcionários de organizações humanitárias e alguns jornalistas puderam entrar no país e verificaram de perto o cotidiano do regime comunista mais fechado que existe no mundo. Fotografaram uma terra de contrastes extraordinários.
Crianças morrem de fome e por inalação a poucos quilômetros de construções de luxo exagerado.
O maior mistério é saber como vive o presidente Kim Jong II, senhor absoluto daquele país.
O “Estimado Líder” como é chamado, herdou o poder de seu pai, Kim II Sung, o “Grande Líder”, no dia 9 de Julho de 1994, fundador da Coréia do Norte.
Mas parte deste mistério começa a ser desvendado quando torna público o depoimento de um de seus guarda-costas, Lee Young Kuk, que fugiu para a Coréia do Sul.
As indiscrições de funcionários são um risco para a intimidade de qualquer governante de qualquer parte do mundo.
No caso de ditadores como Kim, podem ser até devastadoras.
Foi um exilado nos Estados Unidos, que durante 22 anos tinha sido médico pessoal de Mão Tse-tung, quem revelou que o chefe da revolução chinesa jamais tomava banho nem escovava os dentes e recusou-se a ser tratado de uma doença sexualmente transmissível, apesar de saber que estava infectando muitas de suas amantes.
O ex-funcionário descreve o presidente da Coréia do Norte como um ditador mimado e alheio à miséria da população.
Ficava a maior parte do tempo dentro de seu palácio com sete andares, localizado na capital do país, Pyongyang.
Desfrutava também de mordomias que jamais os 22 milhões de norte-coreanos imaginam que possam existir.
A paranóia que cerca o ditador é percebida na seleção de todos os seus funcionários.
Lee Young Kuk foi recrutado em 1979 com apenas dezessete anos e passou por uma peneira que reuniu outros mil candidatos.
Ao ser selecionado entre os 120 que ririam integrar a segurança de Kim na época ainda na condição de príncipe herdeiro, Lee foi submetido a seis meses de treinamentos rigorosos.
Além de ficar proibido de se comunicar com a família e ter sua ficha de identidade retirada dos arquivos oficiais.
Sua função era acompanhar o ditador em eventos oficiais ou cuidar da segurança durante sua estada em uma das oito residências oficiais fora da capital, uma para cada província.
Um dos passatempos preferidos do presidente era nadar em sua piscina de ondas artificiais que mandou construir.
Seus movimentos eram sempre acompanhados por uma enfermeira e uma médica, que nadavam a seu lado.
Segundo Lee, o presidente bajulava dirigentes do partido e a alta cúpula militar com grandes festas regadas a uísque e muitas mulheres.
O apreciado Líder vive inquieto com medo de ser envenenado.
Recusa-se a comer, fumar ou beber qualquer produto estrangeiro.
A única exceção é o vinho francês.
Para evitar qualquer tipo de tentativa de conspiração, o regime proíbe mais de uma pessoa da mesma família de fazer parte do corpo de serviçais do ditador.
Essa norma acabou quando um primo de Lee foi contratado para ser o motorista de Kim.
Posted by Picasa

Comentários:
e a este nunca mais lhe cortam o pescoço...
 
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