sábado, julho 30, 2005

 

MAIORCA


Uma vila com história e vitalidade colectiva.
Coincidindo com as “Festas de Maiorca”, organizadas pelo Fórum por Maiorca e que vão no quarto ano consecutivo, o Diário das Beiras fez uma viagem pela história da freguesia. Viagem, essa, que também fala do presente e perspectiva o futuro. Por seu turno, uma entrevista feita ao presidente da Junta de Maiorca, José Ligeiro, serve como guia das potencialidades e das carências da freguesia.A vila de Maiorca situa–se na margem esquerda de um afluente do Rio de Foja. A origem da povoação perde–se nos anais do tempo. A atribuição do foral a Maiorca remonta a 1194. Sabe–se, ainda, que a rainha D. Dulce, esposa de D. Sancho I, doou a vila em couto ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. A marca mais vincada da sua história (relativamente) recente é o facto de ter sido sede do concelho com o mesmo nome, até 1853.Maiorca terá sido habitada por gregos, romanos e árabes, sendo certo que foram encontrados vestígios da civilização romana - os cinco arcos romanos, mais conhecidos por cinco portas. Sobre o seu nome, uma lenda diz que a população do vizinho Montemor–o–Velho se orgulhava do seu nome - Monte Maior. Por pura rivalidade, os maiorquenses ripostavam com “maior, cá”.Uma coisa é sabida: independentemente das origens, os habitantes de Maiorca sentem orgulho de ser maiorquenses, sobretudo da sua história, património e tradições. Daí as “Festas de Maiorca” se afirmarem como as festas feitas pelo povo e para o povo. Mas, como bons anfitriões que são, os forasteiros são sempre bem recebidos.Regressar ao mapaA hospitalidade dos habitantes de Maiorca é fruto que se cultiva há séculos, devido à sua condição de zona de passagem. Palco privilegiado de contacto com pessoas oriundas de outras localidades do país e de intercâmbio cultural. Porém, desde que o IP4 abriu ao trânsito, Maiorca perdeu importância no contexto rodoviário regional e nacional.Desistir é morrer e os maiorquenses não abdicam da vitalidade colectiva. Aos poucos, a freguesia está a refazer–se do choque de ter sido retirada do mapa rodoviário principal, criando pretextos para que Maiorca passe a ser um motivo para ir e não para apenas passar. O Parque do Lago é a primeira prova da capacidade de regeneração do orgulho colectivo.A recuperação da zona histórica, os futuros campos de golfe da Quinta do Foja e a transformação do Paço de Maiorca em unidade hoteleira de luxo, hão–de encarregar–se do resto. Entretanto, os anfitriões já deverão ter uma praça nova no antigo recinto da feira. Se tudo correr como os maiorquenses pretendem, a sua localização - perto de Montemor e da Figueira - fará com que Maiorca conquiste um lugar de destaque no mapa do turístico de qualidade.
JotÁlves in Diário das Beiras

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