sábado, julho 09, 2005

 

VINICIUS DE MORAES


Noventa e dois anos estaria fazendo Vinícius de Morais neste ano da graça de 2005, em 19 de outubro.
Entre os dez melhores poetas brasileiros de todos os tempos, de Castro Alves a Manuel Bandeira, de Jorge de Lima a Carlos Drumond de Andrade, passando por João Cabral de Mello Neto até Manuel de Barros e mais recentemente Carlos Nejar, certamente Vinícius de Morais está entre eles com méritos, com louvor.
Diplomata, compositor, cronista, literato, cantor e, claro Poeta, Vinícius de Morais foi multimídia muito antes desse termo ter sido inventado, tornando-se o mais pop poeta brasileiro por conta de suas parcerias de lastro na fauna notívaga da MPB que iam de Tom Jobim a Chico Buarque de Hollanda, se firmando, claro, com Toquinho com o qual fez dupla dinâmica de louvações ao amor total e pleno.
Diplomata da Poesia e da Bossa Nova, Vinícius compôs as mais belas páginas musicais do cancioneiro popular de nosso tempo, além de ter sido um poeta que, moderno ainda assim foi romântico, e, romântico belamente cantou suas musas e aventuras amorosas de grosso calibre em Ipanema e outras praias do Rio de Janeiro, seu hábitat em potencial.
Vininha seu apelido para os íntimos, ou Poetinha para o meio literomusical, Vinícius de Morais era boêmio pela própria natureza, cantou a Garota de Ipanema e foi personagem de si mesmo, dando encanto e simpatia à nossa cultura enriquecida com seu lastro-lavra.
Amou e foi amado.
Cantou o amor, a mulher companheira, foi um verdadeiro seresteiro pós-moderno que cativava um público tão fiel quando, num simples banquinho, com seu boné e a vaidade natural, ao lado do excelente violonista Toquinho, fazia o povo cantar junto seus sucessos que marcaram época, marcaram presença, tornando a nossa Música Popular Brasileira ainda mais musicalmente rica, mais gostosamente popular e profundamente brasileira com tantas misturas.
Morando fora do Brasil, era referencial de nossa cultura em altíssimo nível, valorizando suas raízes do afro ao carnaval, do samba ao ritmo manemolente de nossa riqueza híbrida com envergadura altamente criativa de mestiçagem por atacado.
Escreveu peças de teatro, elaborou monólogos, o poema “Porque Hoje é Sábado” acabou virando expressão de cunho popular, também roteirizou filmes e brindou seu público leitor com crônicas e belíssimos sonetos da eterna fidelidade ao amor. De potencial único como letrista, ao mesmo nível de nossos maiores e melhores craques-letristas de MPB de primeiro time, Vinícius de Morais deu envergadura à poesia propriamente dita, porque colocou música em seus poemas espetaculares, valorou as letras de música assim, e mostrou então que uma coisa cabe na outra e ambas, nele, se completavam como arroz e feijão ou feijoada e caipirinha.
Vinícius de Morais, um dos dez maiores poetas brasileiros, ganhou nome pelos seus cantares de amar de acontecências, adquiriu fama internacional nesse fulcro, sempre por ter uma ternura toda especial no olhar as mulheres como flores-fêmeas e pregando um grandioso amor que fosse infinito enquanto durasse na sabedoria das entregas.
Faleceu no dia 9 de Julho de 1980.

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