quinta-feira, agosto 11, 2005

 

ABRAHAM STOCKER


Escritor irlandês nascido em Dublin, no histórico subúrbio de Clontarf, em novembro de 1847 e morto em Londres a 20 de abril de 1912. Chamava-se Abraham como seu pai (um oficial público civil e protestante na secretaria do Castelo de Dublin), mas sempre preferiu ser chamado de Bram.
Bram Stoker passou os primeiros oito anos de sua vida confinado à cama por uma doença misteriosa que os médicos não puderam diagnosticar. A sua relação com a mãe, Charlotte Thornley, era excepcionalmente íntima e Sra. Stoker partilhou com o filho seu conhecimento e amor por contos de fadas, histórias de fantasmas e apavorantes narrativas da epidemia de cólera de 1832 que ela havia testemunhado.
Aos dezesseis anos, tendo superado a enfermidade, Bram ingressou no Trinity College de Dublin, onde realizou seus estudos, diplomando-se em Matemática (Bacharel em Ciências, com louvor, 1870). Em 1866, iniciou uma carreira de funcionário público que transcorreu toda na Irlanda. Como burocrata, a serviço da Justiça, escreveu um manual intitulado "Deveres dos amanuenses e escrivães nas audências para julgamento de pequenas causas e delitos na Irlanda". Desempenhou também cargos universitários e pertenceu a sociedades científicas e literárias, colaborou em periódicos, foi cronista, jornalista, contador, diretor de um jornal vespertino, agente teatral, secretário particular e administrador do Royal Lyceum Theatre, de Londres, para o famoso ator shakespeariano Henry Irving.
Sir Henry Irving, ator shakespeariano que serviu de modelo para a descrição de Drácula.
Foi aliás Sir Henry Irving - "de voz sibilante e terrível" - quem inspirou a Bram Stoker a figura do diabólico Conde-vampiro dos Székes Transilvanos (grupo étnico que se localizou na Transilvânia, "a terra situada além das densas florestas" romenas, a partir do século VII ou no fim do século IX, como querem alguns, oriundo de tribos húngaras ou búlgaras), "descendentes de Átila e Hunos", "altiva raça que cruzou o Danúbio para bater o turco em sua própria terra" e "rechaçou de volta a suas origens os magiares, os lombardos, os avares e os turcos". Irving recompensou o seu fiel discípulo e colaborador fazendo uma leitura dos diálogos de Drácula no palco do Lyceum Theatre. Um ano após a publiçação de Drácula (em maio de 1897), a carreira de Stoker entrou em declínio. Um incêndio no Lyceum destruiu a maior parte do guarda-roupa, adereços e equipamentos do teatro, que fechou em 1902. Irving morreu em 1905 e a saúde de Bram piorava sensivelmente. Naquele ano teve um derrame e, logo a seguir, contraiu a doença de Bright que afeta os rins. Foi com grande dificuldade que Stoker escreveu seus últimos livros. O homem que escreveu Drácula faleceu aos sessenta e quatro anos, esgotado e empobrecido por longos anos de luta contra a sífilis, sem ter podido gozar o notável sucesso de sua criação. Drácula continua sendo a obra literária mais freqüentemente adaptada para o cinema e seus personagens as figuras mais retratadas na tela, além de Sherlock Holmes e do Dr. Watson. Em 1987, a Horror Writers of America instituiu um conjunto de prêmios anuais em seu campo de atuação que foi batizado com o nome de "Bram Stoker Award".
Posted by Picasa

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