sábado, agosto 06, 2005

 

UMA CRÓNICA PARA MEDITAR


As férias são para gozar... não para morrer na estrada.
As pressas nunca deram bom resultado.
E a prova - se fosse preciso - aí está.
Começam as férias e aumenta o número de mortos nas estradas portuguesas.
É certo que a grande maioria dos portugueses está desejosa de ir de férias.
Entende, quem já foi de férias... e quem só agora vai.
Mas, na estrada, todos os cuidados são poucos para garantir que se chega são e salvo ao destino. Afinal, o importante é chegar... e bem.
Não foi o que aconteceu na madrugada de ontem a Auto–Estrada do Algarve.
Uma pessoa morreu e outra ficou ferida com gravidade, num acidente que envolveu três veículos ligeiros.
Segundo a fonte da BT, o acidente foi provocado por uma colisão entre os veículos ligeiros e deu–se cerca das 03H00. As justificações podem ser várias... mas serão sempre inaceitáveis, quando se perde a vida de uma pessoa. Nada pode justificar isso. Se foi sono, há que parar e descansar. Se foi excesso de velocidade, há que saber controlar o pé. Se foi uma manobra mal calculada, há que redobrar a atenção a nós e aos outros. As praias não fogem. Os parques de campismo e os hotéis não saem de lá. Poderão “fugir” os lugares de estacionamento. Mas com paciência, há sempre mais um buraquinho à espera para meter o carro.Se se vai de férias para recuperar do stresse do dia–a–dia, o que é que se ganha com conduções nervosas e apressadas?As regras do Código da Estrada mudaram, mas as mortes e os feridos graves continuam a mostrar que as alterações têm de ocorrer, sobretudo, ao nível da mentalidade e do comportamento dos condutores. Quem faz, normalmente, a viagem para o Algarve sabe do que se fala quando se apontam falhas graves no comportamento dos condutores, nomeadamente, dos portugueses. Mas os estrangeiros também não nos ficam atrás em (quase) nada.Há que ter a noção de que não interessam as competições por um lugar mais à frente na fila. Não interessa - ou não deve interessar - “correr” e fazer disparates que colocam as próprias vidas e as dos outros em risco para tentar chegar meia–hora mais cedo.Calma, senhores. Gozem a viagem, seja de noite ou de dia. Pensem que vão de férias e que para trás deixam as loucuras das cidades, dos empregos. Aproveitem bem.
E regressem “renovados”, com as baterias bem carregadas.
Todos merecemos isso.
Eduarda Macário in Diário das Beiras
Posted by Picasa

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