quinta-feira, setembro 22, 2005

 

A LENDA DO GALO DE BARCELOS


Ao cruzeiro seiscentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico da cidade, anda associada a curiosa lenda do galo.
Segundo ela, os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, por não se ter descoberto o criminoso que o cometera.
Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito.

As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém o acreditou. Ninguém julgava crível que o galego se dirigisse a S. Tiago de Compostela em cumprimento duma promessa; que fosse fervoroso devoto do santo que em Compostela se venerava, assim como de São Paulo e de Nossa Senhora.
Por isso, foi condenado à forca. Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara.
Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou:
- É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem. Risos e comentários não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não, ninguém tocou no galo.
O que parecia impossível, tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou.
Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado.
O juiz corre à forca e com espanto vê o pobre homem de corda ao pescoço, mas o nó lasso, impedindo o estrangulamento.
Imediatamente solto, foi mandado em paz.
Passados anos, voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor à Virgem e a São Tiago.
Posted by Picasa

Comentários: Postar um comentário

« Voltar

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

FREE hit counter and Internet traffic statistics from freestats.com