quinta-feira, setembro 22, 2005

 

RONALDO


Ronaldo nasce em 22 de Setembro de 1976, em Bento Ribeiro, periferia do Rio de Janeiro.
Terceiro filho do casal Nélio Nazário de Lima, empregado da companhia telefônica TELERJ, e Sônia dos Santos Barata. Ele deve o seu nome ao Dr. Ronaldo Valente que assistiu o parto de sua mãe .
Chamando-se Ronaldo Luiz, logo é apelidado carinhosamente pelos irmãos Nelinho e Ione de "Dadado". Com cabelos encaracolados e sempre sorridente, “Dadado” é o mais vivaz das crianças da Rua General César Obino, onde no número 114 foi construída a casa da família Nazário de Lima.
Muito cedo começa a andar, brincar e seguir o ritmo da música que envolve a vida no Rio de Janeiro. Mas o pequeno Ronaldo não fala. Pronuncia as primeiras palavras com quase três anos, quando já é um espectador fascinado das “peladas” entre amigos que é um ritual nas festas de seu pai Nélio.
A escola chega muito cedo, “perturbando” os dias de sol e golos, crianças e partidas com os pés descalços no quintal de casa.

Livros e cadernos parecem um desrespeito ao pensamento fixo: ser igual ao Zico, o seu ídolo. Melhor correr atrás da bola nas poeiras de Bento Ribeiro, até chegar ao primeiro time: o Tennis Clube Valqueire.
Ronaldo ainda é pequeno como também é pequeno seu primeiro futebol: o futebol de salão.
No começo tenta ser goleiro, mas sempre reserva. Depois joga no ataque. Se diverte. Marca.
Numa partida do campeonato carioca dente-de-leite, com o pobre Valqueire, derrota o rico Vasco da Gama.
Na arquibancada o observa um olheiro do Social Ramos, que o transfere apesar das resistências da mãe Sonia.Duas horas de viagem em um ônibus de Bento Ribeiro: duas vezes por semana, uma grande mudança.
No entanto ainda joga futsal no Social Ramos. Mas o rapaz se sente preparado para a aventura do futebol de campo. Um dia decide fazer um teste no Flamengo. Não o notam. É descartado. E durante a volta pra casa, entristecido pela desilusão, dentro do ônibus lotado, roubam o seu relógio que tinha comprado com seu primeiro salário.
Que dia! Mesmo por causa do Flamengo!
Ronaldo supera a desilusão redobrando o entusiasmo. Aos treze anos joga futebol de salão com o Social Ramos e futebol de campo com o São Cristóvão, tornando-se artilheiro nos respectivos campeonatos. Depois dedica-se somente ao São Cristóvão.

Sabendo jogar, o rapaz que não dá sossego à mãe. Ela o queria com os livros nas mãos, e ele sempre com a bola nos pés. É um talento: intui o treinador do Brasil sub-17, e os procuradores Reinaldo Pitta e Alexandre Martins (que conseguem o seu passe por 7500 dólares).Ronaldo se presenteia com o tênis tão sonhado: um Nike, e se torna protagonista da seleção juvenil no campeonato sul-americano na Colômbia.
Os procuradores o promovem e encontram uma colocação melhor: ao preço de 50.000 dólares é transferido ao Cruzeiro, de Belo Horizonte, um clube importante de uma cidade industrial do estado de Minas Gerais, centro-oeste do Brasil.
Longe das praias do Rio, aprende o que é a vida de um jogador profissional. É feliz, sorri com os dentões simpáticos e é adoptado pelos veteranos do time. Nos momentos de saudade de seus pais, mesmo que separados, fazem-lhe companhia e seguem as suas apresentações no campeonato Mineiro e na Copa do Brasil. Os primeiros passos da carreira são rápidos e impressionantes. Os jornalistas locais o descrevem como puro talento e já em Dezembro de 1993, com apenas dezessete anos, Ronaldo realiza seu grande sonho: é convocado para a seleção principal, a mítica Seleção Canarinho e consegue um verdadeiro salário, que utiliza para comprar um Gol, (mesmo sem a idade pra carteira de motorista) e permite á sua mãe trocar de casa, deixando Bento Ribeiro.

Posted by Picasa

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