sexta-feira, setembro 23, 2005

 

SIGMUND FREUD


O pai de Freud, Jacob, nasceu em 1815, em Tismênica, pequena cidade de 6.000 habitantes, na Galícia Oriental (Polônia) que na época era província do Império Austro-Húngaro. As gerações anteriores a ele chamavam-se Freide. Em algum momento houve, pois, uma mudança de nome.
Sua mãe, Amalie Nathason, da mesma província, nasceu em 1835.
O avô materno de Jacob era comerciante ambulante e costumava levar o neto em suas viagens -muitas delas a Freiberg-, o que lhe deve ter permitido obter uma visão mais alargada do mundo, fora da cultura estritamente judaica.
Já crescido, Jacob comerciava lã entre a Galícia e a Morávia. Foi de Tismênica que ele se mudou para Freiberg, onde Sigmund Freud veio a nascer.
Aos 16 anos, em 1832, e ainda na primeira cidade, desposou Sally Kaner e com ela teve dois filhos: Emanuel, que nasceu em 1832 e Felipe, dado à luz em 1836.

Sally faleceu em 1852, após o que Jacob parece ter vagado pela Europa e ter tido um breve casamento com uma moça por nome Rebeca da qual se tem poucas notícias.
Posteriomente (1855), casou-se outra vêz, agora com Amalie (num terceiro matrimônio), a qual viria a ser mãe de Freud.
Nesta época Jacob já era avô porque seu filho Emanuel já tivera o primeiro filho, John, nascido em 1854. Uma filha, Paulina, nasceria em 1856 e outra, Berta, em 1859.
Freud já nasceu, então, como tio.
Ele veio ao mundo às 18:30 h. do dia 6 de maio de 1856, uma terça feira, na pequena cidade rural de Freiberg, no nordeste da Morávia, próxima a Ostrau, onde voltou uma única vez, aos 16 anos. Freiberg - hoje Pribor, na Republica Tcheca - situava-se, então, no Império Austro-Húngaro.
Morreu a 23 de setembro de 1939, em Maresfield Gardem, 20, em Londres.

Quando de seu nascimento a Austro-Hungria era uma vasta extensão territorial e incluia parte o que hoje é a Hungria, parte do norte da Itália e parte da Iugoslávia.
Freiberg era, então, parte desse império, que fica a 240km de Viena, cidade para a qual a família de Freud se mudou em outubro de 1859, quando ele tinha pouco mais de 3 anos de idade, depois de passar alguns meses em Leipzig.
Freud viveu na capital do Império quase toda a sua vida, só deixando a cidade em 1938, um ano antes de morrer, quando os alemães já entravam em Viena, por intervenção de William C. Bullitt, (embaixador dos Estados Unidos em Paris e, depois, em Berlin).
Freud produziu seus trabalhos em língua alemã, que se falava então, (e se fala ainda), na Aústria, facto que motiva questões ligadas às traduções deles.
Bruno Bethelheim, P-B Pontalis e outros, escreveram sobre o facto e mostraram que as nuançes de certas palavras alemãs nem sempre correspodem às empregadas pelos tradutores, falseando, muitas vezes, as idéias do autor. De fato, o idoma alemão é mais intimista do que outros, o inglês, por exemplo, mais técnico e pragmático.
Viver em Viena não foi sem conseqüências. Em fins do século passado e início deste, a cidade disputava com Paris a liderança mundial no campo das ciências e das artes. O que significa dizer que lá estavam os luminares de então.
Na medicina foram, quase todos, professores de Freud.
Ele foi, então, o primeiro filho do terceiro casamento de seu pai, do qual nasceram sete outros irmãos, dos quais apenas ele e o caçula (dez anos mais novo), eram homens. O segundo, Julius, morreu quando Freud contava dezenove meses de idade. Seu sobrinho era um ano e meio mais velho que ele.
Fiel à sua época, Freud referia-se à sua família como um livro do qual ele e o irmão, Alexander, constituiam a capa, a proteger as irmãs (Ana, Rosa, Marie, Adolphine e Paula).

Quando nasceu, sua mãe tinha vinte e um anos e era, pois, muito mais nova que seu pai, já com quarenta.
Muitos autores acham que esta peculiar constituição famíliar agiu de modo altamente instigante para a mente da criança, contribuindo para as bases de sua personalidade e suas inquirições futuras.
Freud parece ter sido um menino muito devotado ao estudo e à leitura. Durante sete anos foi o primeiro de sua turma e gaduou-se no Gymnasium com louvor, aos 17 anos.
Lia desde muito pequeno mas sua aversão à música era proverbial.
Teve uma babá que o levava à missa católica mas ele nunca formou uma convicção religiosa. Conservou, no entanto, hábitos judeus. Aos 30 anos de idade, seu pai presenteou-o com uma Bíblia, que ele parece ter lido com um marcante interesse científico.
Em sua juventude era inclinado à especulação, que foi depois substituída por apaixonada defesa do empirismo e que retornaria ao fim da vida.
Posted by Picasa

Comentários:
"FREUD EXPLICA!!"
 
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