quinta-feira, setembro 08, 2005
TRAVESSIA DA AMÉRICA

Suas ambições chocaram-se primeiro com a Atlantic and Pacific, que detinha uma concessão de Saint Louis ao Pacífico, e em seguida com a presença da Southern Pacific, que, sob a direção do mesmo Stanford, dominava toda a costa oeste.
A concessão da primeira foi adquirida a preço vil, e um acordo com a segunda permitiu à Atchison, Topeka and Santa Fé servir Los Angeles e Oakland.
Mais ao sul, a Southern Pacific, ao preço de resgates de concessões em falência e pressões sobre o Congresso e os Estados, conseguiu ligar Los Angeles a Yuma, El Paso, Houston e Nova Orleans.
Ao norte, entre os Grandes Lagos e Portland, o antigo jornalista Henry Villard, sustentado por doações de terras substancialmente mais generosas que as da Union Pacific, construiu a Northern Pacific através de Dakota e Montana até Portland que concluiu no dia 8 de Setembro de 1883.
Por fim, ao longo da fronteira canadense, James Hill, sem nenhuma subvenção de terras, mas graças a uma programação minuciosa e realista (fazendo vir imigrantes da Europa à medida que avançava a construção, de modo a criar novas vilas), concluiu em 1893 a Great Northern Railroad, entre Saint-Paul e Seattle.
Ao findar o século, cinco linhas transcontinentais ligavam o vale do Mississipi ao oeste, sem contar companhias menos importantes, como a Denver and Rio Grande ou a Bulington, que cobriam espaços mais limitados. Atravessar os EUA, estabelecer-se no oeste ou visitar os parques nacionais não era mais uma aventura.
Os índios haviam tentado, num e noutro ponto, opor-se à invasão de suas terras pelas vias férreas, sem outro resultado a não ser a deportação e o confinamento em reservas.
De fato, a travessia do continente não era mais uma aventura, mas continuava sendo uma grande experiência, lembrada com emoção por todos aqueles que haviam empreendido esse feito.
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