sábado, novembro 26, 2005
CASABLANCA


Em plena Segunda Guerra Mundial, enquanto cidades são invadidas pelos alemães, duas pessoas conseguem viver um romance intenso e inesquecível em Paris.
O que torna a história mais interessante é a impossibilidade deste amor continuar.
O roteiro e os diálogos do filme dirigido por Michael Curtiz, em 1942, são perfeitos nesse sentido.
llsa, interpretada pela bela actriz sueca lngrid Bergman, apaixona-se por Rick, o charmoso galã Humphrey Bogart, mas, em vez de fugir com ele de Paris, manda-lhe um bilhete de despedida na estação de combóio.
Ele parte sem entender o que havia acontecido.
Tudo isso é contado em flashback.
Anos depois já em Casablanca, no Marrocos francês, ela aparece com seu marido, o herói Victor Laszlo, interpretado pelo actor Paul Henreid, justamente no Rick's Bar, do qual o personagem de Bogart é dono.
Eles estão à procura de um meio de fugir para a América.
O sofrimento de Rick ao vê-la é inevitável e ela fica novamente dividida entre seus dois amores. O final é realmente surpreendente.
Mas o sucesso do filme, que até hoje continua ganhando muitos fãs de todas gerações, explica-se pela fórmula bem-doseada de romance, humor, intriga e suspense.
O pano de fundo para o romance vivido por Rick e llsa não poderia ser mais tenebroso, com os estrondosos canhões nazis que invadiam Paris.
Logo no começo do filme, dois soldados alemães são assassinados no combóio e as suspeitas da polícia recaem sobre os traficantes de vistos de saída.
Um deles é detido em pleno Rick's Bar e morto ao tentar escapar.
0 clima volta a ficar tenso quando o líder da resistência francesa Victor Laszlo desafia os nazis cantando o hino da França, La Marseillaise.
No final do filme, o capitão Renault joga a garrafa de água Vicky no lixo num claro protesto contra o protecionismo francês.