sexta-feira, abril 14, 2006

 

GUERRA DAS MALVINAS


Posted by Picasa Em 19 de março de 1982 foi realizado um desembarque ilegal de um grupo de sucateiros argentinos, da empresa de Constantino Davidoff, nas Ilhas Geórgias do Sul (em Leigth), do Arquipélago das Malvinas/Falklands, que tem a sua soberania contestada pelo Reino Unido e Argentina desde o século XIX.
O transporte do grupo de sucateiros foi realizado no navio da Armada Argentina ARA "Bahia Buen Suceso", sob as ordens do Almirante Jorge Isaac Anaya - então membro da Junta Militar de Buenos Aires, dirigida pelo General Leopoldo Galtieri - como etapa preliminar de um Plano Secreto elaborado pelo Governo argentino para reconquistar o Arquipélago, que se encontrava sob o domínio colonial do Reino Unido.
Essas ilhas localizam-se no extremo sul do Oceano Atlântico.

Chamadas Falkland pelos britânicos e Malvinas pelos argentinos, são objecto de uma briga de duzentos anos entre Londres e Buenos Aires, que reivindicam sua jurisdição.
A maioria dos habitantes da ilha fala inglês e é formada de súditos britânicos.
Em 2 de abril de 1982, o general Galtieri, chefe da junta militar que governa a Argentina, anuncia que seu país tomou posse das ilhas Malvinas.
A vitoriosa invasão, ocorrida seis anos após o golpe de Estado, suscita o patriotismo dos argentinos e os ajuda a esquecer temporariamente seu ódio pela ditadura militar.
A notícia provocou uma ebulição patriótica na Argentina.
Milhares de pessoas saíram às ruas para celebrar o feito, confraternizando em toda a parte com os oficiais e soldados.
Os militares argentinos acreditavam que o governo inglês aceitaria o facto consumado, não indo além de reclamações diplomáticas.
Não foi o que ocorreu.
Londres reage de imediato à invasão argentina.
A primeira-ministra Margareth Tatcher corta relações diplomáticas com a Argentina.
Os Estados Unidos e as Nações Unidas tentam mediar a disputa.
Mas Tatcher, sentido-se obrigada a defender uma possessão imperial (afinal o Reino Unido era a terceira potência militar e nuclear do mundo), enviou uma task force, uma força tarefa, para recuperar as ilhas, mobilizando a Marinha Britânica, que parte para as ilhas a 10 mil quilômetros de distância de sua pátria.
Em 14 de abril de 1982, a Inglaterra envia tropas às Malvinas.
O povo argentino não teme a chegada dos navios britânicos e dá sólido apoio aos seus soldados.
A frota britânica aproxima-se da costa das ilhas, mas é fortemente atingida pelos aviões caça argentinos.
Os britânicos afundam o destróier argentino Belgrano com trezentos e cinqüenta marinheiros a bordo, mas seu navio de guerra Sheffield é atingido pelos mísseis franceses Exocet, lançados pelos aviões argentinos.
A resistência argentina é surpreendente e os dois lados sofrem muitas perdas.
A reconquista das ilhas prova-se mais difícil do que os britânicos previam.
A Inglaterra gastou 2 bilhões de dólares no conflito.

O destaque ficou para os caças-bombardeiros Harrier, aviões que levantam vôo e aterram verticalmente, como se fossem helicópteros.
Em 14 de junho, os argentinos capitulam.
O saldo de mortos é de setecentos e doze soldados argentinos e duzentos e cinqüenta e cinco soldados britânicos.
A vitória militar britânica dá a Margareth Tatcher uma enorme popularidade.
Em Buenos Aires, a notícia da rendição argentina fez desabar o mundo.
Do dia para a noite, os altos oficiais das três patentes deixaram de ser vistos como heróis para serem apontados como um bando de aventureiros irresponsáveis que jogaram o país numa guerra para o qual não estavam preparados.
A desmoralização dos militares permitiu finalmente que a democracia e o poder civil fosse restaurado.
Os britânicos mantiveram as ilhas.


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