sábado, abril 01, 2006

 

MUSEU DO AR


Posted by Picasa É praticamente tão antiga como a introdução da aeronáutica em Portugal, a ideia da criação de um museu sobre a aviação.
Os estatutos do aero clube Português previam-no desde a sua fundação, em 1909.

Porém, só mais tarde a ideia veio de novo a germinar e logo pelo interesse mostrado pelo almirante Gago Coutinho, que, por ordem do ministério da Marinha, começou a juntar todas as peças ofertadas que lhes tinham dado, a si e a Sacadura Cabral, destinadas a um futuro museu nacional da aviação.
Contudo, Gago Coutinho nunca preservaria totalmente na ideia, devendo-se a Pinheiro Correia, um outro grande vulto da Aeronáutica Portuguesa que participou no raid à Guiné em 1925, a iniciativa do projecto da criação de um museu aeronáutico, como o declarou ao Diário de Lisboa em 16/2/1938.
A partir de 1953, a causa de um museu aeronáutico ganha um novo paladino, o jornalista Mário Costa Pinto que no Jornal de Sintra clamava, numa carta aberta ao Ministro da Defesa, da necessidade de criação de um museu aeronáutico.
Eleito em 1954, presidente da direcção do aero clube de Portugal, Pinheiro Correia elegeu de imediato uma comissão para estudo e criação de um museu. Dela faziam parte, entre outros, Gago Coutinho, Carlos Bleck e o coronel Ribeiro de Almeida, fundador do Parque Militar de Aeronáutica em Alverca.

O interesse pela criação do museu ia ganhando peso e adeptos.
Em 1963, o general França Borges, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, após longa insistência de Pinheiro Correia, cede uma sala do palácio dos Pimentas, destinado ao museu da cidade, para a exposição de um acervo que mostrava a importância portuguesa na história aeronáutica.

Em Junho de 1965, o Despacho nº 629 emanado do Secretário de Estado da Aeronáutica, general Francisco Chagas, nomeia uma comissão consultiva, com vista à elaboração decisiva de projectos para a constituição do museu.
A comissão era dirigida pelo brigadeiro Fernando de Oliveira e dela faziam parte os coronéis Pinheiro Correia e Edgar Cardoso, este último um eminente historiador da aviação.
Finalmente, pelo Decreto-Lei nº 48248, de 21 de Fevereiro de 1968, o sonho estava realizado.

O Museu do Ar tinha sido criado.
O brigadeiro Fernando de Oliveira providenciaria o espaço físico para a instalação e estruturação do Museu em Alverca, utilizando instalações anteriormente pertencentes à OGMA.
A criação simultânea do Grupo dos Amigos do Museu do Ar, sob iniciativa do coronel Edgar Cardoso, permitiu que se iniciasse desde logo a recolha de ofertas para o Museu.
No dia 1 de Julho de 1969, Dia da Força Aérea Portuguesa o Museu do Ar era oficialmente inaugurado pelo Presidente da República, almirante Américo Tomás.

Dois anos depois, a 1 de Julho de 1971, o Museu do Ar estava definitivamente aberto ao público, estando presentes naquela data, o Secretário de Estado da Aeronáutica, brigadeiro Pereira do Nascimento e o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, general Tello Polleri, acompanhados pelo Director do Museu, o primeiro do seu historial, coronel Edgar Cardoso.
Nos primeiros anos o acervo do museu era relativamente reduzido, mas já contando com peças como o avião anfíbio "Widgeon", o Vampire, oferecido pela Força Aérea Sul-Africana, e réplicas do "Santa Cruz", do "Maurice Farman" e do "Caudron" G-3.

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