sexta-feira, junho 16, 2006

 

GEORGES POMPIDOU


Posted by Picasa Georges Pompidou governou a França a partir do dia 16 de Junho de 1969 e o seu falecimento em exercício da função em 02 de abril de 1974.
Amador da Arte e fino conhecedor das Letras (autor de uma “Antologia da Poesia Francesa”), tem, ainda hoje, o respeito dos franceses que todos os anos comemoram sua morte com uma missa celebrada na Igreja “Saint-Louis-en-l’Ile”, em Paris.
Seu governo foi tido como um dos momentos em que o país respira melhor sem grandes preocupações com o amanhã.
Em 1970 aumentou o SMIC (salário mínimo francês) e o reembolso da Previdência Social.
A partir daí, o comércio prosperou, o problema de moradia diminuiu, e foram construídos muitos colégios.
O consumo de eletrodomésticos e de automóveis aumentou, devendo-se destacar a televisão, que continha melhor qualidade com relação às publicidades e dando vivacidade à cultura de massa.
A qualidade de vida melhorou, programas culturais colectivos foram estimulados em nome de uma velha “arte de viver juntos” que procurava harmonizar-se com a “modernidade ambiente”; 67% da população partia em férias e nos finais de semanas prolongados.
A trilogia trabalho-família-lazer soava fortemente impulsionando o optimismo.
Esse presidente que julgava as sociedades industriais ameaçadas a termo pela tentação autoritária havia decidido empreender todos os esforços pela modernização da França.
Era considerado um intelectual autentico, audacioso, pragmático, flexível, pouco ideológico, e destacava-se pela paixão e conhecimento da arte.
Deixou traços marcantes na sociedade e arquitectura francesas, tentando conciliar a tradição cultural com a arte moderna.
Um dos monumentos mais marcantes, erguido pelo presidente, foi o “Centre Georges Pompidou”, conhecido como “Beaubourg”, aos pés da Igreja Saint-Merri em Paris, que abriga um museu, uma grande mediateca, salas de cinemas, teatro, etc.
A idéia surgiu em 1970 sendo inaugurado em 1977.
Sua estructura é em aço e vidro, contrastando com a arquitectura existente ao seu redor.

As inúmeras salas são consagradas à Arte Moderna, mas sobretudo à Contemporânea, passando pelo fovismo, dadaísmo, até as abstracções francesas e americanas.
Considerado um grande eixo de pesquisa da Arte Moderna sobre a cor, a forma, o assunto, a “des-construção” da forma levando à abstracção, o modelo interno, a anti-pintura e a nostalgia da tradição, é um dos lugares mais visitados da capital francesa pelos amantes e profissionais da área.
A historia do cubismo é destacada pelos mestres de uma nova análise da forma, Braque e Picasso.

A abstracção geométrica é marcada pela radicalidade espiritual e serial de Brancusi, Malevich, Mondrian e Theo Van Doesburg.
O Instituto de Pesquisa Musical está associado ao Centro e oferece vários cursos, entre os quais o doutorado em musica e musicologia do século XX e em acústica, tratamento do sinal e informática aplicada à musica.
Um novo mundo passou, desde a época de Pompidou, a contrastar e a encontrar seu espaço físico e cultural no velho mundo.

O Grande Arco em “La Defense”, e a Pirâmide do Louvre também cooperam para essa nova tendência que embeleza a Cidade Luz.
A precursora Torre Eiffel, que em sua inauguração, foi tida como fruto de um grande mau gosto, garante o sucesso de uma inovação que, inicialmente, fere o tradicionalismo, mas, pouco a pouco, conquista uma posição de destaque e reconhecimento, provando que tudo tem seu tempo, seu valor e fazer a diferença pode enriquecer a humanidade.

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