sexta-feira, junho 09, 2006

 

NERO


Posted by Picasa Nero Cláudio César Augusto Germânico ou Nero Claudius Caesar Augustus Germanicus que nasceu a 15 de Dezembro de 37 faleceu a 9 de Junho de 68, foi Imperador Romano entre 54 e 68.
Nascido em Âncio com o nome de Lúcio Domício Aenobarbo, era descendente de uma das principais famílias romanas, pelo pai Gneu Domício Aenobarbo e da família imperial Julio-Claudiana através da mãe Agripina, a Jovem, filha de Germânico e neta de César Augusto.
A ascensão política de Nero começa quando Agripina incentiva o marido, o imperador Cláudio, a adoptá-lo e escolhê-lo seu sucessor, após desmoralizar os partidários de Britânico, filho de Cláudio, e seduzir seu próprio filho a se casar com Octávia, concubina do imperador.

Quando Cláudio morreu em 54, provavelmente assassinado pela própria Agripina, Nero foi proclamado imperador sem oposição.
Segundo a historiografia tradicional, sua governação foi inicialmente boa, sob orientação de sua mãe, do seu perceptor o filósofo Sêneca e do prefeito pretoriano Burrus.
No entanto, aos poucos, a paranóia que marcara já a personalidade dos seus antecessores Tibério e Calígula, foi se instalando em Nero.
Desencadeou uma série de assassinatos, incluindo do próprio Britânico (em 55), da sua mãe Agripina (em 59, após várias tentativas) e de sua esposa (em 62).
Afastou-se de Sêneca e foi acusado de ter provocado, em 64, o grande incêndio de Roma, que destruiu grande parte da cidade, na esperança de reconstruí-la com esplendor.
A pretexto do desastre, Nero iniciou a primeira e intensa perseguição aos cristãos.
Para Massimo Fini, cuja versão é pelo menos improvável, as calúnias contra Nero foram inventadas por Tácito, Suetônio e historiadores cristãos.
Ao contrário do que se afirmava, Nero não promovia as lutas de gladiadores; promovia, isto sim, competições musicais e teatrais.
Nero considerava-se um artista e desejava ser tratado como tal.

Ficaram famosas as suas festas e banquetes em que obrigava a corte a ouvir os seus poemas e cantigas.
É também conhecida a sua entrega à libertinagem e a gabar-se de pretensos dotes artísticos e de cavalaria, instituiu os jogos chamados Juvenália e Neronis, e exibia-se nos teatros e nos circos como histrião.
Dentro do grupo dos seus libertinos amigos de então, contava-se Marco Sálvio Otho, futuro imperador.
Nero favoreceu cultos orientais estranhos à tradição romana e recorreu fartamente aos processos por traição para confiscar bens dos ricos e nobres como forma de compensar o tesouro dos seus excessos.
Sua crueldade e irresponsabilidade provocaram o descontentamento no meio militar e a oposição da aristocracia e o início da disseminação de revoltas em 65.
A sua resposta foi violenta e deu origem a nova onda de assassinatos e execuçoes da qual foram vítimas, entre outros, Sêneca e o poeta Lucano.
Em 68, a sua situação como imperador era insustentável.

Sérvio Sulpício Galba, o governador da província romana da Hispania, decidiu tomar a iniciativa e marchou contra Roma, à frente de um enorme exército.
O Senado seguiu o rumo dos acontecimentos e declarou Nero nefas e persona non grata, o que na prática o tornava num inimigo público, e reconheceu Galba como novo imperador.
Sem apoio de nenhum dos quadrantes de Roma, Nero foi obrigado a fugir.
Perseguido pela guarda pretoriana, acabou por se suicidar, auxiliado pelo seu secretário, a única pessoa que lhe permanecera fiel.
Nero foi o último imperador da Dinastia Julio-Claudiana.

A sua morte sugeriu um período de paz, mas por pouco tempo.
69 AD foi dominado pela guerra civil que ficou conhecido como o ano dos quatro imperadores.
A paz e estabilidade política chegariam apenas com Vespasiano e com a Dinastia Flaviana.

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