sexta-feira, junho 02, 2006

 

NICOLAU NASONI


Posted by Picasa Nicolau Nasoni que nasceu em Florença no dia 2 de Junho de 1691 e faleceu no Porto no dia 30 de Agosto de 1773 foi um arquitecto italiano que desenvolveu muito do seu trabalho em Portugal, especialmente na cidade do Porto.
Devido ao trabalho do seu avô, que era empregado na casa Davanzatb, talvez como administrador de bens, Nasoni certamente manteve relações com fidalgos do Porto, vários dos quais eram padrinhos de seus numerosos irmãos - era o mais velho de de um rancho de nove.
Antes de se mudar para a Cidade do Porto, Nasoni viveu em Siena, Roma e, mais tarde, Malta, onde deu os primeiros passos em arquitectura.

Foi nesta ilha que assinou e pintou um tecto no palácio de Valeta, em 1724, obra dirigida ao frei D. António Manuel de Vilhena, Grão Mestre da Ordem de Malta.
Não é conhecida ao certo a data exacta em que este arquitecto chega à cidade do Porto.

Sabe-se apenas que em Novembro de 1725 iniciou um trabalho de pinturas na Sé do Porto.
Em 31 de Julho de 1729 casa-se nesta cidade com uma fidalga napolitana, D. Isabel Castriotto Rixaral, que morrerá um ano depois (1730), muito provavelmente devido a complicações no parto do seu único filho, de nome José, nascido alguns dias antes, a 8 de Junho.

O padrinho de José, um fidalgo portuense, empregou Nasoni na obra da casa e jardim da Quinta da Prelada.
Sob influência deste mesmo fidalgo, em 1731 é-lhe pedido para desenhar a Igreja dos Clérigos, que lhe deu trabalho para mais de 30 anos e o imortalizou.
Também em 1731 Nasoni volta a casar-se, desta vez com uma portuguesa, Antónia Mascaranhas Malafaia, da qual teve 5 filhos.
Um pouco no espírito da Renascença italiana, Nasoni dedicou-se a inúmeros trabalhos artisticos, desde pintura a ourivesaria, especialidade tradicional no Porto.

Tornou-se uma espécie de Miguel Ângelo para esta cidade, que em pouco tempo lhe soube reconhecer o devido valor.
A partir daí, realizou inúmeros trabalhos no Porto e Norte de Portugal, dos quais se destacam o Palácio do Freixo (Porto), a Igreja do Bom Jesus (Matosinhos), o Palácio de S. João Novo (Porto), corpo central do Palácio de Mateus (Vila Real) e, obviamente, a Torre dos Clérigos (Porto).
Morreu inexplicavelmente na pobreza a 30 de Agosto de 1773 e foi sepultado precisamente na Igreja dos Clérigos, não se conhecendo, porém, o local exacto onde se encontra o seu túmulo.
Não sobreviveu nenhum retrato deste artista que tanto fez pelo Porto.

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