sexta-feira, agosto 25, 2006

 

EMÍLIO SALGARI


Posted by Picasa O veronês Emilio Salgari foi, ao longo de um século, leitura iniciática e obrigatória para gerações de jovens ávidos de aventuras exóticas.
Em Itália, a sua vasta obra foi mais lida que a de Dante – de estudo obrigatório nos liceus – e ainda hoje, quase um século após a sua morte, permanece como um dos 40 autores italianos mais traduzidos.
Não sendo, decididamente, um grande autor – foi sempre ignorado pela crítica –, é um clássico sucessivamente reeditado ou transposto para o cinema.
Fenómeno de longevidade, concitou recentemente o interesse de estudiosos das paraliteraturas.Salgari aprendeu os rudimentos da arte de navegar num navio-escola de cabotagem do Adriático, passando a utilizar abusivamente o título de «capitão» ao longo da vida.
A sua autobiografia, relato de supostas aventuras nos mares do Oriente, ter-lhe-ia inspirado a galeria de heróis destemidos que enchem os quase 90 romances de sua autoria e os 50 apócrifos publicados após a sua morte pelos seus filhos Omar e Nadir, bem como por Luigi Motta.
É pacífico, porém, que Salgari jamais sulcou outros mares que os da sua febril imaginação e nunca conheceu outros piratas senão os sucessivos editores que o exploraram ao longo de uma vida de indizíveis privações e que o levariam a um suicídio digno da aura de exotismo que toda a vida cultivou: cometeu um arremedo de hara-kiri, no dia 25 Agosto de 1911.

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