quinta-feira, outubro 19, 2006

 

ANTONIO GRANJO


Posted by Picasa António Joaquim Granjo nasceu em 27 de Dezembro de 1881, em Chaves.
Era filho de pais humildes e trabalhadores, que, com muita dificuldade, vieram a propiciar a seu filho um futuro digno e promissor.
Fez os seus estudos primários em Chaves, parte desses no Colégio de S. Joaquim, sempre com as melhores classificações.
Ainda como estudante colaborou em vários jornais locais, como “A Alvorada” e “A Aurora”, nos quais expandiu a sua brilhante veia de versejador e ensaísta.
Embora fosse desejo de sua mãe ser um dia sacerdote - e até frequentou os dois primeiros anos do Curso de Teologia em Coimbra - acabou por formar-se em Direito, em 1907.
Nesse mesmo ano, durante a greve académica, foi entre todos os seus colegas escolhido para redigir o manifesto de protesto da Academia dirigido ao Governo. Publicou ainda em Coimbra o seu primeiro livro em prosa, intitulado “Delitos de uma Mocidade”.
Voltou a Chaves no ano de 1907 e abriu escritório de advogado, tornando-se um dos profissionais mais brilhantes de toda a província.
Defensor incansável do ideal republicano, realizou em Chaves uma intensa campanha de propaganda, prenunciadora da seguinte implantação da República.
Em 1909, aparecem os seus primeiros livros de versos: “Águas” e “Do Povo a sua Majestade Dª Amélia”. Funda o jornal “O Semanário”.
É o primeiro administrador do concelho de Chaves depois da implantação da República e eleito deputado (em 1911) na Assembleia Constituinte.
Funda o jornal “O Republicano” (Chaves, 1912).
Luta ao lado das forças governamentais durante as incursões monárquicas de 1911 e 1912, a que ficou ligado pela notável dedicação e valentia.
Adepto incondicional da entrada de Portugal na guerra de 1914-18, é incorporado nas fileiras e segue para França, combatendo nas trincheiras e tomando parte em várias acções.
Um ano mais tarde, escreve o livro “A Grande Aventura”, memória desse período.
Depois do regime Sidonista faz parte do Comité Revolucionário Republicano e colabora em Chaves, ao lado de Ribeiro de Carvalho, contra a Monarquia do Norte (1918/19).
Presidente da Câmara Municipal de Chaves de Fevereiro a Junho de 1919.
Abandona por imperativos partidários e nacionais, vindo a ocupar em Lisboa o seu lugar no Parlamento.
Deputado do Partido Evolucionista e depois fundador do Partido Republicano Liberal e membro do Directório desse partido.
Ministro da Justiça no Gabinete Domingos Pereira, distinguindo-se por uma brilhante acção legislativa.
Director do jornal “A República”, em Lisboa, por sucessão do Dr. António José de Almeida. Presidente de Ministério em Julho de 1920 e em Agosto de 1921.
Acção reformadora e pertinente na pacificação da vida política nacional.
Foi assassinado no Arsenal, em Lisboa, em 19 de Outubro de 1921.

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