quinta-feira, dezembro 21, 2006

 

LEIAM E PASMEM...


Carta de um F* da P* e boa resposta do Embaixador de Portugal no Brasil.
Há dias, uma besta de um jornalista brasileiro de Porto Alegre, de seu nome Polibio Braga, publicou a seguinte notícia: Portugal não merece ser visitada e os portugueses não merecem nosso reconhecimento
"Por trás da notícia" 05.12.06 - 16:19 Portugal não merece ser visitada e os portugueses não merecem nosso reconhecimento.
Há apenas uma semana, em apenas quatro anos, o editor desta página visitou pela quinta vez Lisboa, arrependendo-se pela quarta vez de ter feito isto.
Portugal não merece ser visitado e os portugueses não merecem nosso reconhecimento.
É como visitar a casa de um parente malquisto, invejoso e mal-educado.
Na sexta e no sábado, dias 24 e 25, Portugal submergiu diante de um dilúvio e mais uma vez mostrou suas mazelas.
O País real ficou diante de todos.
Portugal é bonito por fora e podre por dentro.
O dinheiro que a União Europeia alcançou generosamente para que os portugueses saíssem do buraco e alcançassem seus sócios, foi desperdiçado em obras desnecessárias ou suntuosas.
Hoje, existe obra demais e dinheiro de menos.
O pior de tudo é que foi essa gente que descobriu e colonizou o Brasil.
É impossível saber se o pior para os brasileiros foi a herança maldita portuguesa ou a herança maldita católica.
alvez as duas.

Esta Nota mereceu a seguinte resposta do Embaixador de Portugal no Brasil:
Brasília, 8 de Dezembro de 2006 Senhor Políbio Braga :
Um cidadão brasileiro, que faz o favor de ser meu amigo, teve a gentileza de me dar a conhecer uma nota que publicou no seu site, na qual comentava aspectos relativos à sua mais recente visita a Portugal.
Trata-se de um texto muito interessante, pelo facto de nele ter a apreciável franqueza de afirmar, com todas as letras, o que pensa de Portugal e dos portugueses.
O modo elegante como o faz confere-lhe, aliás, uma singular dignidade literária e até estilística. Mas porque se limita apenas a uma abordagem em linhas muito breves, embora densas e ricas de pensamento, tenho que confessar-lhe que o seu texto fica-nos a saber a pouco.
Seria muito curioso se pudesse vir a aprofundar, com maior detalhe, essa sua aberta acrimónia selectiva contra nós.
Por isso lhe pergunto:
não tem intenção de nos brindar com um artigo mais longo, do género de ensaio didáctico, onde possa dar-se ao cuidado de explanar, com minúcia e profundidade, sobre o que entende ser a listagem de todas as nossas perfídias históricas, das nossas invejazinhas enraizadas, dos inumeráveis defeitos que a sua considerável experiência com a triste realidade lusa lhe deu oportunidade de decantar?
Seria um texto onde, por exemplo, poderia deter-se numa temática que, como sabe, é comum a uma conhecida escola de pensamento, que julgo também partilhar: a de que nos caberá, pela imensidão dos tempos, a inapelável culpa histórica no que toca aos resquícios de corrupção, aos vícios de compadrio e nepotismo (veja-se, desde logo, a última parte da Carta de Pêro Vaz de Caminha), que aqui foram instilados, qual vírus crónico, para o qual, nem os cerca de dois séculos, que se sucederam ao regresso da maléfica Corte à fonte geográfica de todos os males, conseguiram ainda erradicar por completo.
Permita-me, contudo, uma perplexidade: porquê essa sua insistência e obcecação em visitar um país que tanto lhe desagrada?
Pela quinta vez, num espaço de quatro anos ?
Terá que reconhecer que parece haver algo de inexoravelmente masoquista nessa sua insistente peregrinação pela terra de um "parente malquisto, invejoso e mal educado".
Ainda pensei que pudesse ser a Fé em Nossa Senhora de Fátima o motivo sentimental dessa rotina, como sabe comum a muitos cidadãos brasileiros, mas o final do seu texto, ao referir-se à "herança maldita católica", afasta tal hipótese e remete-o para outras eventuais devoções alternativas.
Gostava que soubesse que reconheço e aceito, em absoluto, o seu pleníssimo direito de pensar tão mal de nós, de rejeitar a "herança maldita portuguesa" (na qual, por acaso, se inscreve a Língua que utiliza).
Com isso, pode crer, ajuda muito um país, que aliás concede ser "bonito por fora" (valha-nos isso!), a ter a oportunidade de olhar severamente para dentro de si próprio, através da arguta perspectiva crítica de um visitante crónico, quiçá relutante.
E porque razão lhe reconheço esse direito?
Porque, de forma egoísta, eu também quero usufruir da possibilidade de viajar, cada vez mais, pelo maravilhoso país que é o Brasil, de admirar esta terra, as suas gentes, na sua diversidade e na riqueza da sua cultura (de múltiplas origens, eu sei).
Só que, ao contrário de si, eu tenho a sorte de gostar de andar por onde ando e você tem o lamentável azar de se passear com insistência (vá-se lá saber porquê!), pela triste terra dessa "gente que descobriu e colonizou o Brasil".
Em má hora, claro!
Da próxima vez que se deslocar a Portugal (porque já vi que é um vício de que não se liberta) espero que possa usufruir de um tempo melhor, sem chuvas e sem um "dilúvio" como o que agora tanto o afectou.
E, se acaso se constipou ou engripou com o clima, uma coisa quero desejar-lhe, com a maior sinceridade:
Cure-se !
Com a retribuída cordialidade do Francisco Seixas da CostaEmbaixador de Portugal no Brasil

Boa resposta do nosso embaixador.
Quanto ao pseudo-jornalista só pode ter mãe argentina!

Comentários:
À beira dos setenta anos de existência nunca tinha lido nada parecido com a porcaria que tal pseudo jornalista escreveu.
Decidi premiá-lo e arranjei-lhe uma mâe argentina.
Assim não será filho de puta...mas filha da argentina!
Talvez fique mais satisfeito...
 
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