sábado, janeiro 27, 2007

 

MOZART


Posted by Picasa Wolfgang Amadeus Mozart nasceu Johannes Chrysostomus Wolfgang Gottlieb Mozart, no dia 27 de janeiro de 1756, em Salzburgo, Áustria. Seu pai, Leopold Mozart, era um músico de talento e excelente professor de violino. Ele trabalhava como segundo mestre de capela da corte do arcebispado (Salzburgo era um Estado papal), servindo directamente ao Príncipe-Arcebispo Siegmund von Schrattenbach, um homem culto e sensível às artes.A infância de Wolfgang foi encantadora. Desde muito cedo mostrou extraordinária vocação musical. Com quatro anos começou a ter aulas de música com o pai, e rapidamente aprendeu cravo e violino. Não tardou a compor pequenas peças, deslumbrando o pai e os amigos da família Mozart.Mas o que chamava realmente a atenção de todos era a perícia do menino ao teclado, e a carreira de virtuose que o pequeno Wolfgang poderia ter fez Leopold brilhar os olhos. Era uma oportunidade imperdível, tanto para mostrar os seus dons como educador como para mostrar a glória que era seu filho. E, com seis aninhos, o prodígio fez sua primeira tourne pela Europa.Wolfgang fez estrondoso sucesso nas cortes. Maravilhou a todos, soberanos, príncipes, cortesãos, com suas peripécias (muitas vezes mais acrobático-circenses que musicais). O garoto era um verdadeiro milagre e passou vários anos entre viagens com o pai e a casa em Salzburgo. Mas encontrava tempo para suas primeiras composições mais sérias, como a primeira ópera, La finta semplice, escrita em 1768 (quando tinha doze anos!).Com treze anos, Wolfgang foi nomeado Konzertmeister da corte, o que equivaleria ao cargo de primeiro-violino. Passou algum tempo em Salzburgo e partiu para a Itália, onde recebeu algumas honrarias e conheceu a música e, principalmente, a ópera italianas. Foi uma viagem reveladora, que marcou o amadurecimento de jovem, que começava a imprimir sua marca pessoal às composições, como as óperas Mitridate e Lucio Silla.Porém, quando voltou sofreu a linha dura do novo arcebispo de Salzburgo, Hieronymus Colloredo. De gênio ditatorial, Colloredo considerava os Mozart arrogantes e relaxados - ou vagabundos - demais. E apertou as rédeas nos dois músicos. Por quatro longos anos, ambos não saíram da corte (deram apenas umas "escapadas" à Viena), o que fez Wolfgang dar impulso às suas composições. Compôs copiosamente - quartetos de cordas, concertos, sinfonias, óperas...Foi no meio desse período fértil, repleto de peças encantadoras, feitas tanto para a corte como para nobres e burgueses da cidade, que Mozart decidiu largar essa vida servil. Em 1777, pediu demissão ao arcebispo Colloredo, que - máximo da humilhação - não aceitou e ainda devolveu a carta.Mesmo assim, Mozart seguiu com seus planos. Partiu em busca de emprego e oportunidade pela Europa, acompanhado pela mãe, já que Leopold ficara em Salzburgo, por conta de suas obrigações com Colloredo. O compositor, em suas andanças, tomou contacto com a orquestra de Mannheim, que o incentivou a escrever novas obras, mais livres que as compostas na corte. E conheceu a jovem cantora Aloysia Weber, por quem se apaixonou. Mas, no final das contas, foi rejeitado.Em 1779, a contragosto, Mozart teve que voltar a Salzburgo, que considerava insuportável. Passou mais dois anos preso na corte, "tocando para as mesas e cadeiras", como escreveu depois. Era um clima obviamente ruim, pela hostilidade de Colloredo e pela indiferença da corte, mas Mozart não parava de compor: são do período a Missa da Coroação, a Sinfonia Concertante, para violino e viola, a Posthornserenade, a ópera Idomeneu, entre outras obrasprimas.Colloredo, no entanto, tratava o compositor como um "empregado doméstico", usando as palavras do próprio Mozart. Em 1781, o arcebispo e a corte foram ao encontro de José II, o novo imperador da Áustria, em Viena. Mozart fez algum sucesso na cidade e obteve bom número de admiradores. Queria ficar, mas Colloredo queria enviá-lo a Salzburgo para entregar uma encomenda. O pedido foi prontamente recusado. Em maio, após outra negativa do compositor, Colloredo o chamou de crápula, cafajeste e vagabundo e o expulsou. Mozart pediu demissão, mas só teve "aceite" no dia 8 de junho, quando foi posto na rua aos pontapés pelo chefe de pessoal de Colloredo, o conde Arco. "Mas Mozart estava feliz. Conseguira a liberdade que desejava, e só restava conquistar o público vienense. O que ele conseguiu, pelo menos nos primeiros anos. Ele se tornou um virtuose (era mais respeitado como intérprete do que como criador, mal, aliás, que atingiu grande parte dos grandes compositores) conhecido e requisitado, e levava a vida com certa fartura.Casou-se em 1782 com Constanze Weber, irmã de Aloysia, uma musicista de talento apenas mediano, mas mulher afável e carinhosa. Os dois, apesar de não estarem exatamente apaixonados, conviviam muito bem. Neste clima, os primeiros anos vienenses de Mozart foram tranqüilos, mas ele não era exatamente uma pessoa tranqüila. A busca deste "eu", que sempre angustiou Mozart, levou-o à maçonaria. Ele entrou na ordem como aprendiz em 1784, e no ano seguinte já era mestre. Foi uma adesão séria, e realmente engajada, como atestam uma série de obras de inspiração maçônica, que datam desta época.A influência da maçonaria não se limitou a essas obras dedicadas à ordem. Em outras peças do período, Mozart atinge o ponto alto em matéria de profundidade e expressão pessoal. São obras às quais não foram impostas nenhuma amarra - nem a corte, nem a burguesia - e simbolizam a conquista da liberdade tão almejada pelo compositor. Era um homem livre, talvez o primeiro da História da Música.Wolfgang Amadeus Mozart morreu em 5 de dezembro de 1791.No final das contas, o Requiem, completado pelo discípulo Franz Xaver Süssmayr, acabou sendo composto para si mesmo.

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