sexta-feira, janeiro 05, 2007

 

UMBERTO ECO


Posted by Picasa Umberto Eco, nascido em 5 de janeiro de 1932 em Alexandria (Alessandria), Piemonte, Itália, é o autor mundialmente reputado de diversos ensaios universitários sobre a semiótica, a estética medieval, a comunicação de massa, a lingüística e a filosofia.
Ele é conhecido do grande público principalmente pelas suas obras romanescas.
Umberto Eco iniciou a sua carreira como filósofo sob a orientação de Luigi Pareyson, na Itália.
Seus primeiros trabalhos dedicaram-se ao estudo da estética medieval, sobretudo nos textos de Santo Tomás de Aquino.
A idéia principal defendida por Eco, nesses trabalhos, gira em torno da idéia de que mesmo os grandes filósofos medievais, que são acusados de não possuirem uma reflexão estética, dedicam-se ao tema, de um modo particular.
A partir da década de 1960, Eco se lança ao estudo das relações existentes entre a poética contemporânea e a pluralidade de significados. Seu principal estudo, nesse sentido, é A obra aberta (1962), que fundamenta o conceito de obra aberta, segundo o qual uma obra de arte amplia o universo semântico provável, lançando mão de jogos semióticos.
Ainda na década de 1960, Eco notabilizou-se pelos seus estudos acerca da cultura de massa, em especial os ensaios contidos no livro Apocalíticos e integrados (1964), em que ele defende uma nova orientação nos estudos dos fenômenos da cultura de massa, criticando a postura apocalíptica daqueles que acreditam que a cultura de massa é a ruína dos "altos valores" artísticos, e, também, a postura dos integrados, para quem a cultura de massa é resultado da integração democrática das massas na sociedade.
A partir da década de 1970, Eco passa a tratar quase que exclusivamente da semiótica. Ao longo da década, e atravessando a década de 1980, Eco escreve importantes textos nos quais procura definir os limites da pesquisa semiótica, bem como fornecer uma nova compreeensão da disciplina, segundo pressupostos buscados em filósofos como Kant e Peirce. São notáveis a colectânea de ensaios As formas do conteúdo (1971) e o livro de grande fôlego Tratado geral de semiótica (1975).
Como conseqüência de seu interesse pela semiótica e em decorrência do seu anterior interesse pela estética, Eco, a partir de então, orienta seus trabalhos para o tema da cooperação interpretativa dos textos por parte dos leitores. Lector in fabula (1979) e Os limites da interpretação (1990) são marcos dessa produção, que tem como principal característica sustentar a idéia de que os textos são máquinas preguiçosas que necessitam a todo o momento da cooperação dos leitores. Dessa forma, Eco procura compreender quais são os aspectos mais relevantes que actuam durante a actividade interpretativa dos leitores.
Além dessa carreira universitária, Eco ainda escreveu cinco romances, aclamados pela crítica e que o colocaram numa posição sui generis, na medida em que é um dos poucos autores que conciliam o trabalho teórico-crítico com produções artísticas, exercendo influência considerável nos dois âmbitos.
Eco descobriu o termo "Semiótica" nos parágrafos finais do Ensaio sobre o Entendimento Humano (1690), de John Locke, ficando ligado à tradição anglo-saxónica da semiótica, e não à tradição da semiologia relacionada com o modelo linguístico de Saussure. A teoria de Eco da obra aberta está dependente, em termos teóricos, da noção peirceana de semiose ilimitada.Nesta concepção do “sentido”, um texto será inteligível se o conjunto dos seus enunciados respeitar o saber associativo.
Ele é também titular da cadeira de Semiótica e director da Escola Superior de Ciências Humanas na Universidade de Bolonha.

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