terça-feira, fevereiro 06, 2007

 

SANTA JOANA


Posted by Picasa Princesa de Portugal, filha do rei D. Afonso V e da rainha, sua mulher, D. Isabel, nsceu em Lisboa no dia 6 de Fevereiro de 1452 e faleceu no convento de Aveiro a 12 de Maio de 1490. O nascimento desta princesa causou o maior entusiasmo e alegria, por não haver sucessor, e logo no berço foi jurada em cortes por princesa herdeira do reino, titulo que pela primeira vez se dava em Portugal. O nome de Joana, que recebeu no baptismo, fora em memória de S. João Evangelista, a que sua mãe consagrava cordial afecto. Desde muito criança mostrou tendências para a vida religiosa. Tinha 15 anos quando faleceu a rainha sua mãe, e D. Afonso V logo lhe deu casa com a mesma grandeza e fausto, e por mordomo, primeiramente a Fernão Telo de Menezes, do seu conselho, e depois a D. João de Lima, 2.º visconde de Vila Nova da Cerveira. A princesa continuou na sua vida religiosa, tornando-se digna da admiração de todos pelas suas elevadas virtudes, e pela forma com que ao decoro da sua pessoa unia os rigores da maior austeridade, porque no público ostentava pelas galas a pompa e fausto senhoril, e no interior ocultava por baixo delas a estamenha grosseira, o cilício e outros instrumentos de penitencia. Não faltava nas festas e nas danças com o semblante alegre, mas não perdia um só momento de se entregar com humildade ao jejum, à oração, e sobretudo às muitas esmolas que repartia com largueza, e por sua própria mão aos pobres. Chegou a ter por divisa, pela sua grande devoção, e a mandar pintar uma coroa de espinhos em todas as salas do seu paço, fazendo-a gravar em sua prata, e esmaltar em todas as suas jóias. Alguns príncipes desejaram tê-la por esposa; Luís XI, rei de França, pediu-a em casamento para o delfim seu filho; Maximiliano, rei dos romanos, filho do imperador Frederico III; Carlos III, rei de Inglaterra; porém a santa princesa todos rejeitou, porque o seu maior desejo era consagrar-se a Deus.Em 1471, voltando D. Afonso V da tomada de Arzila e de Tanger; determinou Santa Joana cortar por tudo que se oferecesse contra a sua vocação, e tomar o hábito de religiosa. Esperou o pai, vestida ricamente e adornada com as melhores jóias, beijou-lhe reverente a mão, declarou sua vontade, requereu como paga do mesmo triunfo que ele ganhara, instou, e conseguiu, ainda que contra vontade de D. Afonso, o que ela mais desejava, a entrada no claustro.Passou primeiro ao mosteiro de Odivelas para a companhia de D. Filipa de Lencastre, sua tia; sentindo, porém, abraçar-se em desejos de mais austera observância, resolveu recolher-se no convento de Jesus de Aveiro da ordens de S. Domingos, por ter fama de grande austeridade, preferindo-o ao de Santa Clara, de Coimbra, que seu pai lhe apontava. Fez a sua entrada solene no referido convento de Aveiro com a mesma, D. Filipa, sua tia, a 3 de Agosto de 1472. Desejosa de professar, passados dois anos e meio depois da sua entrada, a 25 de Janeiro de 1475, vestiu o hábito com todas as cerimónias da religião.Santa Joana foi senhora da vila de Aveiro e seu termo, menos a jurisdição que não quis nunca, e de todas as rendas, direitos reais dízimos de pescado, com a sisa e imposição do sal da mesma vila; e dos lugares de Mortágua, Eixo, Requeixo, a quinta de Vilarinho e de Balsaime, com todos os seus reguengos de que se lhe fez mercê a 19 de Agosto de 1485, como consta do Arquivo Real.

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